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[REVIEW] Trine 4: The Nightmare Prince – Lutando Contra os Pesadelos

Um guerreiro, uma arqueira e um mago se envolvem em altas confusões em busca de um principe pra lá de atrapalhado. E juntos, terão que lidar com pesadelos que até Deus duvida. Porém, será que esse jogo é bom, ou será que ele é só mais um sonho ruim? Pra saber, vem comigo nesse review!


Ficha Técnica

Título: Trine 4: The Nightmare Prince

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho: 3.6 GB

Desenvolvedora/Publicadora: Frozenbyte / Modus Games

Jogadores: 1 – 4 (Local e Online)

Em Português: Sim (Legendas)

Gênero: Plataforma, puzzles, aventura

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre


História

Trine 4: The Nightmare Prince traz de volta o trio Zora (a ladra), Amadeus (o mago) e Sir Pontius (o guerreiro). Juntos eles devem trazer de volta o principe Selius que fugiu da academia Astral atormentado pelos seus pesadelos que passaram a ganhar vida.

Sim, plot é simples e raso, se concentrando apenas numa caçada de gato e rato em que o principe sempre estará à frente dos heróis. Também não existem grandes evoluções ou construções de personagens, ou seja, a trama se concentra muito mais na missão dada do que em outros aspectos narrativos. Isso fica ainda mais aparente quando, em certos momentos da jornada, novos personagens nos são apresentados na mesma velocidade com a qual eles são esquecidos pelo roteiro, o que é uma pena, pois você percebe que eles foram colocados ali apenas para dar um item ou mover a história de maneira extremamente conveniente.

Apesar de simples e de problemas no roteiro, isso não comprometeu a minha vontade de jogar este jogo ou de terminá-lo, pois há outros aspectos que compensam muito e que destacarei nas linhas a seguir.

Jogabilidade

Aqui o jogo tem o seu brilho. A jogabilidade nos remete muito a um clássico da Blizzard chamado The Lost Vikings (lançado para o Super Nintendo).

Você conta com três personagens com habilidades distintas entre si e que devem unir seus dons para resolver puzzles e conseguir êxito em sua missão. Você consegue alternar entre eles a qualquer momento usando os botões R e L.

Amadeus (o mago) possui a habilidade de conjurar objetos (cubo, bola, etc) e movimentá-los usando a magia. Zora (a ladra), por sua vez, consegue usar sua corda para se pendurar em determinados lugares ou puxar itens, bem como usar seu arco e flecha para derrotar os inimigos ou realizar ações com objetos do cenário. Por fim, o Sir Pontius (o guerreiro) consegue dar espadadas, se defender com seu escudo, além de possuir outras habilidades que demandam a força bruta.

Escudo rebatendo projéteis.

Cada personagem possui uma árvore de habilidades que você libera gastando “pontos de habilidade”. Cada upgrade tem um custo específico. Entretanto destaco que eu pouco utilizei as habilidades “compradas”, mas elas existem para os jogadores que quiserem utilizá-las.

Os puzzles são bem variados e utilizam muito bem todas as mecânicas e dons dos personagens. Nenhum deles, entretanto, te exigirá um pós-doutorado para conseguir achar a solução, mas eu realmente me senti extremamente feliz e recompensado a cada momento em que conseguia resolver um dos desafios. É neste ponto que o jogo é uma verdadeira delícia de jogar.

Se os quebra-cabeças me deixaram extremamente satisfeito, o mesmo não posso dizer do sistema de batalhas. Os desenvolvedores optaram por um sistema de arena em que plataformas e inimigos (criaturas do pesadelo do príncipe) surgem do nada e te trancam em um espaço confinado.

Todavia, essas aparições de plataformas do nada foi uma oportunidade perdida de utilização do próprio ambiente para testar do jogador, o que acabou representando a perda da tática que existia no primeiro Trine (único que eu tinha jogado até então). Infelizmente, isto fez com que o cenário que poderia ser rico e desafiador para o combate se tornasse uma genérica e apática arena.

Além disso, o mago ficou inútil na batalha e isso foi um completo desperdício. Até mesmo a Zora nas primeiras fases é pouco efetiva, tornando-se útil somente após a obtenção de flechas elementais. Isso me deixou bastante frustrado, uma vez que, ao perder o Sir Pontius, eu basicamente ficava fugindo dos inimigos esperando que ele ressuscitasse (sim, eles ressuscitam após um tempo). Um outro aspecto a se considerar é a pouquíssima variedade de inimigos e eles são extremamente genéricos.

Felizmente, os combates não são tão frequentes assim e o jogo dá foco mesmo aos puzzles. Em contrapartida, as batalhas contra os chefes são icônicas e muito bem construídas. Alguns até testam um personagem específico com o qual você deve jogar durante toda a batalha, o que é bem interessante. Porém, o mago, mais uma vez, ficou restrito a puzzles na ”batalha” contra o seu boss, ou seja, não há luta alguma.

Boss Battle

Multiplayer

Não consegui testar este modo, mas é possível juntar até quatro amigos para jogar cooperativamente. Neste caso, cada jogador conta com os três personagens à disposição, podendo  inclusive ter quatro magos simultaneamente na tela, o que pode ser bem estranho e facilitar muito o jogo.

Entretanto, a diminuição da dificuldade com certeza deve ser recompensada pelas boas risadas que vocês darão. Eu, particularmente, preferia que fosse um multiplayer com até 3 jogadores em que cada um controlaria um personagem específico. Porém, repito: não testei este modo, pois não achei partidas online.

Obra de Arte em forma de Jogo

O jogo é dotado de uma beleza gráfica ímpar. Os cenários são vivos, com cores bastante marcantes e um visual que faz você querer tirar foto a todo momento. Seja no modo portátil, seja no modo dock, o jogo é impecável neste aspecto.

Outro item de destaque é a trilha sonora do jogo. Suas músicas são calmas e tranquilas, te deixando bem a vontade para resolver os desafios tranquilamente. Chega a ser relaxante e reconfortante ouvi-las. Apesar das músicas se repetirem ao longo da jornada, não me incomodou nem me deixou cansado de escutá-las.

Por fim, os efeitos sonoros também são bem feitos e bem colocados no jogo.

Veredito

Após um Trine 3 bastante questionado e criticado, a Frozenbyte finalmente volta às origens da franquia e trouxe de volta a câmera 2.5D, o que foi uma decisão bastante acertada.

Os puzzles são bem pensados e a beleza (musical e visual) deste jogo são estonteantes. Infelizmente os problemas elencados nos parágrafos acima (especialmente os de batalha) tiram a perfeição deste jogo. Porém, mesmo com estas ressalvas, ainda assim considero a jornada bastante gratificante para os jogadores que gostam de puzzles.

Você levará cerca de 10 horas para você finalizá-lo, podendo ser um pouco mais, caso você seja busque 100% dos itens (como foi o meu caso). Mas já digo de antemão que, apesar de ter gostado de achar todos os segredos do cenário, a recompensa foi bem aquém do desafio.

Além disso, o jogo está com legendas e menus em português, o que ajuda aos que não possuem domínio do inglês. Lembre-se apenas que você deve habilitar as legendas, pois elas não vêm habilitadas.

E aí? Interessou? Já jogou? Deixe nos comentários as suas opiniões!


Trailer


*Essa análise foi feita com uma cópia disponibilizada pela produtora.

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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