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[REVIEW] Guacamelee 2

Sobre o Jogo

Após o primeiro jogo, o Luchador Juan Aguacate está aposentado, porém todo o Mexiverso corre perigo e ele volta à ativa em mais um jogo que envolve técnicas de wrestling, socos, cabeçadas e, até mesmo, uma galinha illuminati. Mas será que é um título que vale o investimento?


Ficha Técnica

Título: Guacamelee 2

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho: 1.9 GB

Desenvolvedora/Publicadora: DrinkBox Studios

Jogadores: 1 – 4 (local)

Em português: Sim

Gênero: Metroidvania

Save na Nuvem: Sim


Sobre o Jogo

Guacamelee 2 é uma sequência direta do primeiro título (também disponível para Switch). O início do jogo é um tutorial que corresponde exatamente ao final do primeiro jogo. Após este rápido tutorial, sete anos se passam e agora Juan Aguacate tem uma família e filhos para criar.

Uma nova ameaça surge!

Tudo parece correr bem até que Juan é chamado de volta à ativa, pois agora todo o Mexiverso ( brincadeira com a teoria do multiverso em que há várias realidades paralelas à que vivemos) corre perigo.

Jogabilidade

Diferentemente de outros títulos do gênero Metroidvania que tem foco em exploração, coletar itens ou obter armaduras/armamentos mais potentes, Guacamelee 2 tem foco central na ação, desafios de plataforma e nos combates. Combinação de golpes, execução de oponentes em sequência, batalhas em arenas restritas e superação dos desafios propostos em várias áreas são o que fazem dele um ótimo título para jogar e não ver o tempo passar. Não há um momento sequer em que me senti parado, não fazendo nada.

Não há armamentos ou mecânicas de RPG aqui, há apenas uma árvore de habilidades em que você pode liberar novos golpes (ou potencializar os que já tem) utilizando o dinheiro obtido massacrando os inimigos. As habilidades especiais para acesso a algumas áreas são descobertas de forma orgânica e linear.

Algumas mecânicas antigas voltaram também para esta continuação, exemplo disso é a troca entre os mundos dos vivos e dos mortos. E eles vão utilizar isso durante toda a aventura, inclusive há coisas disponíveis em um mundo e ausentes no outro.

Claro que há novas mecânicas implementadas e não se trata de apenas um mesmo jogo com uma nova missão a ser cumprida. Eles souberam aproveitar o que já era bom e complementar com novas coisas para favorecer a experiência obtida com o jogo. Para se ter uma ideia, até mesmo a galinha retornou para esta aventura, porém agora conta com habilidades de uma galinha luchadora.

Multiplayer

Não consegui testar esse recurso, mas é possível juntar mais três amigos para jogar localmente. Essa função é habilitada após alguns minutos de jogatina solo, ou seja, não é permitido jogar coop desde o início da aventura. Imagino que o jogo deve ficar divertidíssimo nesse modo, porém sinceramente não sei dizer o que muda no gameplay e no combate.

O Bom Humor nos Detalhes

Tal qual seu predecessor, Guacamelee 2 também brinca muito com nossas memórias e jogos. E ele faz piada até com o fato de ele próprio ser um jogo. Constantemente você é surpreendido com frases ou percebe algo no cenário que fazem você soltar aquele velho “ahhhhh, entendi!”. Homenagens a Pikimin, jogo da cobrinha do celular, Celeste, está tudo ali para você lembrar e reativar memórias.

Mas nem só de piadas e referências vive este jogo. Os personagens continuam muito carismáticos e é muito legal ler as conversas deles. Ver uma conversa de uma seita galinácea então? É hilário!

Trilha Sonora

Este jogo é ambientado no México e, como não poderia deixar de ser, traz várias e várias músicas naquele estilo característico mexicano. Músicas divertidas e que grudam na cabeça fazem a experiência sonora ser muito gratificante. Os efeitos sonoros complementam a boa experiência auditiva.

Veredito

Guacamelee 2 é um game que possui cerca de 10 a 15 horas de duração, horas estas em que eu sempre estava fazendo alguma coisa, ou seja, durante toda a aventura você estará batalhando, resolvendo puzzles, buscando baús escondidos ou procurando novas áreas do cenário para acessar.

Sons, diálogos, bom humor, combate e simpatia dos personagens são o que tornam este jogo uma ótima experiência para o gênero Metroidvania.

Todavia, acredito que este seja um título que, apesar de agradar a um grupo bem amplo de pessoas, pode desagradar aqueles jogadores que preferem os Metroidvanias mais tradicionais (com foco na exploração e descobrimento) justamente por ter foco central na ação e no combate. Diria até que este jogo é um meio termo entre Hack’n’Slash e Metroidvania.

Além disso, para jogadores com dificuldades para completar desafios de plataforma (pular, esquivar, passar por áreas minúsculas que exigem bastante destreza, etc) podem sofrer e, até mesmo, se frustrar durante o processo.

Para os que não estão entre as limitações acima, saibam que, além de uma gameplay gostosa e recompensadora, constantemente vocês serão brindados com várias e várias referências que são um capítulo à parte, pois são tantas piadas, tantas brincadeiras com jogos, filmes, desenhos e séries que muitas vezes eu ficava procurando todas elas e tirando screenshots para postar nas redes sociais.

Entretanto, acredito que, se você não jogou o primeiro jogo, vale à pena jogá-lo antes de pegar este segundo. Porém, apesar das histórias serem “contínuas”, também não há problema algum se você já quiser iniciar pelo Guacamelee 2. O entendimento das tramas é independente e o máximo que você perderá são algumas piadas e referências ao título anterior.

Trailer oficial do jogo

Agradeço aos que leram até aqui e até o próximo post!

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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