[REVIEW] Nicky – The Home Alone Golf Ball
Desenvolvido e publicado pela QUByte Nicky – The Home Alone Golf Ball tem uma premissa simples e promete uma jogabilidade acessível onde o principal objetivo é ajudar a pequena bola de golfe Nicky a cruzar a cidade e chegar ao campo de treinamento utilizando o menor número de tacadas possível.
A ideia parece boa e o conceito é perfeito para a portabilidade do Nintendo Switch, mas será que isso basta? Será que Nicky consegue se sustentar como um bom jogo e divertir o jogador em partidas descompromissadas aproveitando tudo o que o console da Big N pode oferecer?
Vem comigo descobrir nas próximas linhas desta análise.
Ficha Técnica
Título: Nicky – The Home Alone Golf Ball
Plataforma: Nintendo Switch
Tamanho: 754 MB
Desenvolvedora/Publicadora: QUByte
Jogadores: 1
Em Português: Sim (Legendas)
Gênero: Arcade
Save na Nuvem: Não
Classificação: Livre
Conhecendo Nicky
Desenvolvido e publicado pela QUByte, Nicky – The Home Alone Golf Ball foi lançado para o Nintendo Switch dia 07 de janeiro de 2020.
Não sei se propositalmente ou não, mas o título do jogo faz referência ao filme Home Alone (Esqueceram de mim em Português) de 1990. E esse é basicamente o pano de fundo de Nicky – The Home Alone Golf Ball, por algum motivo a simpática bolinha de golfe Nicky foi esquecida em casa e precisamos garantir que ela chegue ao campo de golfe utilizando o menor número de tacadas possíveis.
Nicky foi concebido para ser um jogo casual e conta com um único modo de jogo que deve obrigatoriamente ser terminado em uma única jogatina. O fator replay fica por conta do desafio de reduzir o número de tacadas a cada nova tentativa.
Existe um placar online atualizado mensalmente com o nome dos jogadores Top 10 que fica disponível na tela durante todo o Gameplay.
Ao iniciar o jogo é possível personalizar Nicky colocando alguns acessórios alterando a aparência do personagem. Nada relevante para o gameplay, apenas cosmético.
A jogabilidade é extremamente simples, controlamos as direções e o ângulo de cada tacada com o analógico esquerdo, a força é definida utilizando os botões de ombro e a batida é ativada com um botão de ação.
Ao longo da jornada conduzimos Nicky dentro de casa, telhados, ruas, quintais, parques e outros cenários urbanos. O desafio está sempre em superar os obstáculos, pelo caminho precisamos evitar pombos, superar sacos de lixo espalhados pela calçada, passar por dentro de carros e até mesmo evitar fazer barulho em um quintal para não atrair a atenção de um cachorro.
Gráficos e Sons
Nicky – The Home Alone Golf Ball apresenta gráficos simples. O fundo dos cenários parece um grande Bitmap desfocado com os elementos de Gameplay em destaque no primeiro plano de ação. É possível ver alguns serrilhados, principalmente nos elementos interativos do cenário.
O próprio personagem Nicky aparece muitas vezes borrado na tela, mesmo quando está parado aguardando a ação do jogador.
De maneira geral Nicky – The Home Alone Golf Ball não é um jogo bonito e passa a impressão de que faltou polimento. Até mesmo os menus apresentam botões feios e chega a ser difícil identificar qual a opção que foi selecionada pelo jogador.
A música escolhida toca em loop durante toda a jogatina e não tem nenhuma variação. Não é ruim, mas é completamente genérica e parece desconexa do ambiente apresentado no jogo.
Os efeitos sonoros também são escassos e poderiam ter recebido uma atenção maior. Um bom exemplo é que o som reproduzido quando Nicky atinge uma lata de refrigerante é exatamente o mesmo que ouvimos quando ele atinge uma bigorna.
Além da música e também dos efeitos sonoros temos um narrador incentivando e dando algumas dicas para Nicky durante o caminho até o campo de Golf. Ele conta com algumas frases de efeitos e adiciona um toque de comédia ao jogo.
Veredito
A QUByte é uma empresa nacional reconhecida por desenvolver e participar do lançamento de excelentes jogos como 99Vidas, Vasara Collection e Box Align, mas definitivamente Nicky – The Home Alone Golf Ball não entrega essa mesma qualidade.
A ideia é boa, contudo a execução deixa a desejar. A física é confusa e parece simplesmente não funcionar. Mesmo com um medidor gradual de força, a impressão que fica é que temos apenas 3 forças de tacada (Fraco, Médio e Forte), ou seja, faltam opções intermediárias.
É uma pena que, por exemplo, o quique da bola seja o mesmo, independente de qual superfície Nicky está em contato. Bater contra uma parede, uma árvore ou mesmo rolar em superfícies lisas como uma mesa ou um quintal gramado tem exatamente a mesma física aplicada.
Os controles são simples, mas aparentemente não foram bem implementados. A título de exemplo, saiba que o jogo te oferece a opção de acertar uma segunda tacada mesmo com a Nicky ainda em movimento, porém isso raramente funciona de forma satisfatória e pode ser bastante frustrante, uma vez que os controles demoram para muito a responder em momentos em que a precisão importa muito.
Infelizmente, até os menus do jogo também estão confusos. Em um determinado momento da minha jogatina eu pressionei o botão “+” para pausar o jogo e quando escolhi a opção de “Retornar para o Menu” o jogo simplesmente me jogou de volta para a tela título, sem nenhum alerta de que eu perderia todo o meu progresso.
De maneira geral, Nicky – The Home Alone Golf Ball está muito aquém do que se espera de um jogo. Eu chego a considerá-lo um jogo ruim e um ponto fora da curva considerando o bom histórico da QUbyte. A boa notícia é que esses problemas podem ser corrigidos pelos desenvolvedores em atualizações futuras.
Ficaremos de olho!
Trailer do jogo
*Essa análise foi feita com uma cópia disponibilizada pela produtora.