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[REVIEW] Box Align – Relaxando enquanto exercita o cérebro

Box Align é um jogo puzzle Match 3 em 3D no estilo já consagrado em diversas plataformas.

O diferencial aqui fica por conta do conceito minimalista e a proposta de oferecer ao jogador momentos relaxantes ao som de uma calma e reflexiva trilha sonora, ao mesmo tempo em que promete ao jogador desenvolver habilidades cognitivas como a memória, habilidade lógica e até mesmo o aumento do seu QI.

Mas será mesmo que esses conceitos inovadores são o suficiente para sustentar um jogo com mecânicas que já foram tão exploradas em diversos títulos disponíveis no mercado?

É isso que vamos descobrir juntos pelos próximos parágrafos desta análise.


Ficha Técnica

Titulo: Box Align

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho: 100 Mb

Desenvolvedora/Publicadora: Kasulo Game Studio/ QUByte

Jogadores: 1

Em Português: Não

Gênero: Puzzle


Como não poderia deixar de ser a versão que joguei para essa análise foi a do Nintendo Switch lançada para o console em 10 de abril de 2019.

Review

Ao iniciar Box Align pela primeira vez o que chama a atenção é o conceito minimalista proposto pela desenvolvedora.

O conceito do minimalismo é levado ao extremo e, após uma tela com o nome da desenvolvedora e o nome do jogo e outra tela onde os controles são exibidos, já somos colocados para resolver o primeiro desafio. O jogo não tem sequer um menu para iniciar, é tudo muito fluído e rápido.

Durante a Gameplay não temos nenhuma espécie de HUD ou interface para o jogador. Tudo é muito limpo. As interações acontecem por pequenos ícones que ficam pelas bordas da tela de maneira extremamente discreta. Temos ícones para: seleção de nível, reiniciar o nível, som, ajuda e voltar.

O plano de fundo durante todo o jogo é uma textura suave com tons de cinza claro. Algo neutro para destacar e contrastar com os blocos coloridos do puzzle que estamos resolvendo naquele momento. Em evidência e no centro da tela fica apenas o quebra-cabeças que estamos resolvendo para avançar ao próximo nível.

Assim como o plano de fundo a música que fica em reprodução durante todo o tempo de jogo é a mesma e não muda. A melodia tem um ritmo lento e soa tranquila para não desviar a atenção do jogador e mantê-lo focado na resolução daquele nível apresentando.

Ao todo são 99 desafios que o jogador precisa solucionar para terminar o jogo. Para avançar à próxima fase o jogador precisa eliminar todos os cubos apresentados naquele nível juntando pelo menos 3 blocos da mesma cor, em linhas horizontais, verticais ou empilhadas.

Puzzle de nível intermediário

A cada movimento executado pelo menos uma linha com 3 blocos deve obrigatoriamente ser eliminada, ou seja, não é possível efetuar movimentações onde nenhum bloco é eliminado. Quando isso acontece o nível é reiniciado.

Box Align conta com 7 cores de blocos para combinar além de blocos especiais que causam diferentes efeitos quando combinados.

Cores de blocos disponíveis

Temos blocos fixos que não podem ser movidos, blocos presos em jaulas que devem ser combinados duas vezes para serem destruídos, blocos que mudam de cor e funcionam como coringas, blocos bombas que explodem e eliminam os blocos adjacentes, entre outros. Tanto as novas cores como os blocos especiais são apresentados ao jogador aos poucos conforme os níveis vão avançando.

A cada novo elemento apresentado uma breve tela com a explicação do bloco é exibida antes de iniciar o nível para que o jogador saiba como essa nova peça se encaixa na solução do quebra-cabeças.

Os comandos são bem simples: basicamente usamos o analógico esquerdo ou os botões digitais para mover nosso cursor, pressionamos o botão A para selecionar e para soltar os blocos e o Botão B para cancelar.

O que não é muito intuitivo é a utilização dos gatilhos (ZL e ZR) para subir ou descer um nível com o cursor. Como estamos lidando com um puzzle em 3D além dos planos horizontais e verticais temos camadas no eixo Z que precisam ser percorridas durante todo o jogo.

Puzzle com várias camadas

Veredito

Box Align é divertido. Conseguir vencer aquele nível complicado depois de vários minutos de tentativas é reconfortante e dá aquela sensação de dever cumprido.

A curva de aprendizagem e o grau de dificuldade é suave. A cada etapa superada o desafio aumenta com a adição de novas cores ou blocos especiais que precisam trabalhar em conjunto para vencer o desafio proposto.

O jogo força o jogador a planejar muito bem qual o próximo movimento a ser executado. Com o avançar dos níveis o planejamento é parte fundamental para ter sucesso na resolução dos quebra-cabeças mais avançados, ou seja, mover peças aleatoriamente simplesmente não funciona.

A simplicidade contribui para que Box Align seja lembrado quando temos poucos minutos para uma jogatina rápida. Nesse ponto a versão do Switch leva vantagem por conta da portabilidade. Entre iniciar o console e retomar a partir do ponto em que o jogador parou na última partida não leva mais do que 40 segundos, mesmo que o jogo esteja fechado.

Mas nem tudo são flores. A impressão que fica é que Box Align poderia ser um pouco mais polido. A repetição da única faixa de música disponível acaba enjoando rapidamente.

Fase contendo duas camadas com blocos especiais

O mesmo acontece com o cenário de fundo do jogo. Por mais que a proposta seja apresentar o conceito minimalista faltou criatividade para o time de desenvolvimento em apresentar algo que tornasse a experiência mais agradável.

Outro ponto negativo e extremamente relevante é que Box Align não avisa ao jogador quando aquele nível não tem mais solução e obriga o jogador a seguir avançando até não conseguir mais evoluir ou reiniciar o nível, o que causa certa frustração e preciosos minutos perdidos. Não sei se essa foi uma decisão de design ou mesmo uma funcionalidade que simplesmente não foi implementada, mas me fez falta.

Em linhas gerais é Box Align é um jogo bastante competente e cumpre muito bem a proposta a que se propõe. Entretanto, a simplicidade apresentada acaba por deixar uma sensação de que o jogo não está completo ou mesmo de que a proposta funcionaria muito melhor em um Smartphone.


Trailer do Jogo

Este review foi feito utilizando uma cópia enviada pelos produtores.

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Rodrigo Reche

Oi, eu sou o Rodrigo Reche. Roreche para os íntimos! Sou completamente apaixonado por Videogames. Ganhei meu primeiro console, um Atari 2600, do meu pai em 1984 quando eu ainda tinha 3 anos de idade. Foi paixão a primeira jogada. Nintendista de coração e fã inveterado dos Engenheiros do Hawaii, passei por diversos consoles de todas as gerações, mas ainda guardo um carinho especial pelos consoles antigos.

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