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Nintendo e E3: quem realmente sai perdendo?

De uns 3 anos para cá, toda véspera de E3 é a mesma coisa: a decepção de não termos uma conferência ao vivo da Nintendo, em 2017 não será diferente. Assim como todas as empresas que estarão no evento, a Big N revelou sua programação: dia 13 de Junho teremos uma apresentação gravada, agora chamada de Spotlight, e seguida pela tão amada Treehouse e campeonatos de Arms e Splatoon. A pegunta que fica é: a teimosia da Nintendo traz tantos prejuízos por não aproveitar uma feira com esse tamanho? ou a E3 já perdeu o seu brilho?

Evitando a Vergonha Alheia (ou não…)

Bonecos de massinha ou Fantoches, mesmo confessando que chegaram a me divertir, não são meios muito sérios para apresentar os produtos de uma empresa de entretenimento para todas as idades, mas acredite, dá pra piorar. Quem viu o anúncio oficial do Nintendo Switch em Janeiro desse ano e se escandalizou com algumas bizarrices orientais, não imagina as situações que a empresa já passou para chegar nessa melhora considerável em apresentações ao vivo. Veja:

Claro que algo desse tipo não deve se repetir em pleno 2017, mesmo se tratando de uma empresa tão peculiar quanto a Nintendo, mas só a diferença cultural entre os dois lados do globo já é uma grande barreira para se arriscar. Apesar de não ter influenciado diretamente no sucesso do console, a apresentação de 2008 também não foi motivo para se evitar o Wii, pelo contrário, o papelão acabou chamando mais atenção do que deveria e já vimos que hoje isso ainda funciona (vide a Ubisoft com a polêmica de Watch Dogs), mas não há motivos para a Big N apelar tanto.

Ninguém mais liga para a E3?

Com a popularização da Internet e a facilidade do acesso à informação, os meios de comunicação passaram para uma abordagem totalmente diferente ao seu consumidor, mas a E3 preferiu seguir o caminho de apostar apenas no peso do seu nome. A edição de 2017 será a primeira que não haverá exclusividade para a imprensa, qualquer um que pagar alguns dólares poderá desfrutar da feira, Gamescom e Tokyo Game Show já adotam esse estilo desde suas primeiras edições; a cada ano as “concorrentes” se tornam mais interessantes que a Eletronic Entertainment Expo, além do foco específico e bem direcionado que elas trazem.

Ter que lidar com outras Feiras que usam e aprimoram seu modelo não é seu único desafio, a E3 depende muito dos verdadeiros protagonistas do evento: as empresas de Games. Já não é de hoje que as gigantes do mercado descobriram o quão mais fácil e barato é organizar o seu próprio evento fechado, sem a concorrência por perto e com a liberdade de escolher data, horário, local e tempo de apresentação, planejando sempre com base no público que procura atingir. A Nintendo apresentou o Switch em um evento próprio e reserva os grandes anúncios para os Directs; a Sony anunciou um dos seus jogos mais esperados em uma Playstation Experience. Outras empresas, como a EA, estão buscando esse caminho alternativo.

Sonho ou Realidade: O que Queremos?

A E3 tem suas qualidades, só esse frisson às vésperas do evento já mostra o quanto ela é importante para a indústria, porém se tem uma empresa que não precisa desse abalo sísmico em seu mercado é a Nintendo e isso não parece ser ruim. Em suas apresentações, Sony e Microsoft terão algumas horas decisivas para trabalharem suas marcas e esse será, basicamente, o objetivo de todas as outras também, mesmo que precisem recorrer à jogos que sofrerão atrasos e downgrades – e se forem lançados para consoles da atual geração. Mesmo renovada com a chegada do Switch, sabemos que a Nintendo não tem esse costume e é só recordar os últimos anos de E3 para não esperar muito da Big N, mas esperar o sensato.

A Nintendo também não está isenta de críticas com essa postura, é evidente que a empresa poderia se esforçar muito mais para agradar seu público também na E3 e há diversos caminhos para isso, o problema é ela querer. Designar a Nintendo of America como responsável pela presença da empresa na Feira seria um ótimo começo, deixando para a TGS para os lançamentos orientais e até adaptando o formato chato da Treehouse para algo mais rápido e com plateia, não é preciso se igualar aos concorrentes para criar sua identidade ocidental. Outro lado, e o qual a maioria segue, é depender de uma apresentação de alguns minutos para determinar o seu gosto, ou seja, além de mostrar aquilo que foi prometido (nada de espetacular até agora), a nossa expectativa, muitas vezes absurda, precisa ser suprida, esse é o nível onde uma Feira perde todo o seu sentido. Há diversão além da E3.

Apesar de consciente, estou muito Hypado com E3! E você? o que espera da Feira? Comente!

 

 

 

 

 

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Jonatas Marques

De RPG japonês até Candy Crush genérico, se me prende a atenção, estou jogando! Essa paixão transcendeu para a internet, onde escrevo sobre games na NL e no Medium.

3 thoughts on “Nintendo e E3: quem realmente sai perdendo?

  • Rubens Mateus Padoveze

    Não espero muito não, mas eu até gosto das casa da arvore, longas mas melhores que as aprestações da E3, ao menos logico que vc esteja lá, ai veja a apresentação e vá jogar algo, mas estão pela internet…

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