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Teorias em jogos da Nintendo: DK, Donkey Kong!

Há alguns POWdcasts atrás nós conversamos sobre jogos subversivos, se vocês quiserem ouví-lo é só clicar aqui! Neste dia surgiu o assunto Donkey Kong e a subversividade dele, na ocasião eu disse que falaria sobre uma teoria que rodeia este jogo e do que, afinal, estaria por trás disso! Trago de volta a série das Teorias em jogos da Nintendo para falar um pouco para vocês sobre Donkey Kong e algumas esquisitices que rodeiam esse universo.

Donkey Kong Country antiamericano?

Sabe aquele jogo plataforma de Super Nintendo querido por todos? O clássico Donkey Kong Country? Sabiam que algumas pessoas acreditam que ele seria uma espécie de propaganda antiamericana disfarçada? Super estranho, mas eu já vou contar para vocês o motivo e vocês podem chegar às próprias conclusões.

Para essa teoria ser válida, assume-se que o jogo se passaria no Caribe. Okay, tendo isso em mente, vamos voltar um pouco no tempo.

Em resumo, láá no fim do século XIX/ínicio do século XX, após a guerra Hispano-Americana, rolou uma tal de Guerra das Bananas. E o que era isso? Então, na realidade foi um bocado de ações e intervenções militares envolvendo os Estados Unidos no Caribe e na América Central, a intenção era preservar os interesses comerciais dos Estados Unidos nessas regiões.

Ok, e as bananas?

Os Estados Unidos queriam garantir os interesses comerciais na região, certo? E na época tinha uma multinacional destaque no comércio de frutas tropicais (entre outros tipos de produtos) chamada United Fruit Company, e que super influenciou este conflito por causa de sua participação financeira e também seus interesses de monopolizar o mercado de frutas em toda aquela região, principalmente abacaxi e, adivinhem, bananas!

Agora vamos ao jogo, nele, King K Rool e sua força militar invadem as terras de Donkey Kong Country e roubam o que? Bananas! Falando no crocodilo, seria o nome do vilão uma referência ao presidente da época da Guerra das Bananas, Roosevelt? Que aliás, era frequentemente comparado a um rei! Ficou clara toda a analogia e por que faz sentido que o jogo seja antiamericano?

Daí tem outros indícios interessantes, um deles eu até citei no cast após a pergunta do século: no jogo os crocodilos roubam bananas, por qual motivo eles roubariam bananas se eles não comem a fruta, gente? Pois é, seria por alguma razão comercialmente estratégica, como no nosso exemplo histórico. Outro sinal é a existência de inimigos usando roupas camufladas, daquelas estilo exército e que são até comparadas às usadas por soldados americanos.

Não sei para vocês, mas a mim faz sentido que seja verdadeira, e até me empolga a possibilidade de ser uma crítica que usa como pano de fundo um contexto e ferramentas sutis e até voltadas para o universo infantil. Caso não seja verdadeira, o que deve ser até mais provável, fica aí a dica de promover discussões de assuntos relevantes para a sociedade a partir de ideias aparentemente simples e de fácil compreensão, não acham?

Gostou? Então compartilhe!

Emile

Formada em Desenvolvimento de Jogos Digitais, sou uma apaixonada por filmes, HQ, games em geral e Pixels. Independente da plataforma e da geração, tendo uma boa jogabilidade ou um bom enredo, é muito bem vindo à minha coleção!

4 thoughts on “Teorias em jogos da Nintendo: DK, Donkey Kong!

  • Rubens Mateus Padoveze

    Olha verdade só perguntando aos produtores para saber… mas me lembrou nossa ditadura militar que com musicas, poesias e outras formas de arte davam boas indiretas contra o regime militar e o abuso de poder. Acho super normal os videos games fazem o mesmo de forma velada.

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    • NintendoLovers

      Nossa! Bem observado o fato da ditadura! Interessante.

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    • Emile Costa de Carvalho

      Muito bem observado, Rubens!! Acho super válida e corajosa a ação de contornar a falta de liberdade de expressão, seja quando acontece explicitamente (como foi na ditadura), ou quando são outros fatores que nos tiram essa liberdade, né? Na época eram músicas, poesias, pinturas, hoje com certeza seriam jogos também (como são).

      Resposta

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