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Retrospectiva Wii U (parte 2) – o primeiro ano: concorrência e incertezas

Tendo em vista a proximidade de lançamento do Switch, o nosso leitor Emanoel Vitor Barbosa nos deu uma sugestão de termos uma retrospectiva do Wii U. Por isso, preparamos essa série de posts em que contaremos post a post os anos de vida desse console tão bom e que tantas alegrias nos deu. Se você não leu a parte 1, clique aqui e leia. Dito isso, vamos começar a parte 2 de nossa retrospectiva!

O ano de 2013! A Nintendo entrou sozinha na nova geração. Suporte de third-parties e grandes jogos sendo aguardados. Inegavelmente o Wii U era mais forte do que os concorrentes PS3 e X360, por isso vários jogos foram portados para o console. Tivemos uma enxurrada de grandes jogos thirdies portados logo no primeiro ano, dos quais cito: Rayman Legends, Deus Ex: Human Revolution – Director’s Cut, Fifa Soccer, Need For Speed Most Wanted U, Mass Effect 3, Tekken, Darksiders II, Call of Duty, Resident Evil  e os jogos da série Batman Arkham. Tivemos ainda jogos exclusivos como o ZombiU (da Ubisoft), que trazia uma jogabilidade inesquecível e gostosa, o inesquecível Wolderful 101 e o Lego City Undercover (que era exclusivo até recentemente).

No primeiro ano tivemos jogos first-party também, como, por exemplo, New Super Mario Bros U, Super Mario 3D World, Nintendo Land, Pikmin 3 e The Legend of Zelda Wind Waker HD (um dos jogos mais bonitos do console).

A quantidade de jogos e opções impressionava, mas durante o ano de 2013 começaram a tomar forma duas sombras malignas: PS4 e XOne. Como dissemos no post anterior, a Nintendo revelara um console frágil em uma geração que só estava começando. Ela era mais potente do que PS3 e X360, porém ambos foram lançados em 2006, ou seja, havia 7 anos. Sim, sabemos que hardware não é tudo, que os jogos da Nintendo são excelentes e todos os argumentos que sempre são levantados para discutir o assunto, porém o fato é que o lançamento antecipado gerou uma certa dúvida nos consumidores: “compro o Wii U ou espero pra ver o PS4 e XOne”? Os números mostram as escolhas dos compradores, não é? Durante o ano de 2013 foram apenas 2.3 milhões de unidades vendidas durante todo o ano, considerando dados do VGChartz.com. Importante frisar que desses 2.3 milhões, 2.2 milhões foram obtidos após agosto de 2013 (dados: VGhartz.com), quando a Nintendo anunciou um corte de preço do Wii U  justamente por causa dos concorrentes que se agigantavam em sua frente.

Quem é das décadas de 80-90 vai se lembrar de como os jogos/programas de TV/filmes demoravam a chegar aqui no Brasil, não é? Pois é, em 2013 a Nintendo ainda não havia chegado às terras tupiniquins. Na verdade, ela chegaria somente em dezembro, ou seja, um ano após o lançamento do console. Claro que o console chegou aqui antes por meio de pessoas que realizavam o procedimento de importação, mas oficialmente ele só chegou em dezembro, o que é muito demorado em se tratando de uma indústria com o alcance que tem.

Dezembro de 2013 chegou trazendo incertezas! PS4 e XOne finalmente lançados e vendendo bem. O mercado estava ficando disputado e o futuro era incerto. Os erros cometidos anteriormente, agora respingavam aqui. O público hardcore não queria saber da Nintendo, pois a concorrência vinha com gráficos melhores. O público casual também não. A Nintendo não soube aproveitar o tempo que esteve solitária em uma geração e fazer um marketing massivo. Para piorar, acionistas agora batiam na porta e cobravam soluções, mas a Big N se viu em um mar, perdida, sem saber pra onde navegar.

Mas a gigante nipônica tinha cartas na manga para 2014 e foi o ano que ela arriscou tudo. Mas estou me adiantando, pois isso é assunto para o próximo post. Até lá!

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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