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[REVIEW] Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth – Retratos da guerra animada

Record of Lodoss War é um produto transmídia, o qual já passou por diferentes tipos de meios de comunicação, como mangás e animes. Conheci originalmente a série há muitos anos, por meio de um mangá usado que comprei em um sebo local, mas nunca me aprofundei tanto na história e universo de Lodoss War da maneira que gostaria. Anos depois, fiquei sabendo que existia um anime, mas nunca tive a oportunidade de assisti-lo. Agora, jogando Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth, noto que Record of Lodoss War exige um pouco mais de curiosidade por parte do jogador caso este queira entender melhor o que está acontecendo.


Ficha Técnica

Título: Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 28/01/2022

Tamanho: 199 MB

Desenvolvedora: Team Ladybug, WSS playground

Publicadora: PLAYISM

Jogadores: 1

Em Português: Sim

Gênero: Ação, Plataforma

Tempo de Jogo (em média): 5 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre

Preço no Lançamento (BR): R$ 127,45

Preço no Lançamento (EUA): US$ 24,99


Em meio ao labirinto

Combate ágil

Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth nos conta a história da protagonista Deedlit, que está num local chamado Wonder Labyrinth – sim, o nome completo do game é praticamente uma descrição. Aqui, temos a história que antecede os eventos de Record of Lodoss War: Diadem of the Covenant, mas não espere grandes aprofundamentos em termos de universo ou sobre o que está se passando. Para isso, é necessário adquirir conhecimentos indo atrás de outras fontes, como o anime e o mangá.

A jogabilidade é claramente inspirada em clássicos do subgênero Metroidvania, ou melhor, um dos títulos que deram origem ao termo: Castlevania Symphony of the Night. Isso é notado até mesmo nos sprites da protagonista, que se assemelha bastante ao meio-vampiro Alucard, além de ter o mesmo movimento evasivo para trás que o personagem usa para desviar de ataques inimigos. Fora isso, ela também deixa um rastro de sua sombra, igualzinho ao filho do Drácula.

Chefes

O combate também é bem semelhante ao de sua inspiração, mas diria que passa muito mais a sensação de ser uma evolução dele. Através de movimentos bastantes ágeis, Deedlit pode atacar inimigos com diversos tipos de armas de curto alcance, além de conseguir utilizar um arco que pode disparar até três flechas de uma vez, tirar proveito do pulo duplo e até mesmo deslizar pelo chão como Richter em Castlevania Dracula X. A maioria dessas façanhas, porém, são desbloqueáveis que conquistamos ao longo do jogo, e com isso você pode esperar bastante backtracking, ou seja, ida e volta em locais já visitados.

Há também alguns puzzles interessantes resolvidos com nosso arco, que deve ser usado para atirar uma flecha em direção a uma engrenagem que gira um mecanismo. Isso serve para abrir passagens, e um pequeno nível de complexidade é adicionado a isso quando acontece a adição do ímã para atrair as flechas através do magnetismo. Fora isso, certas portas e passagens são abertas apenas adquirindo itens do respectivo elemento, os quais são obtidos com exploração e obtenção de habilidades secundárias para ter acesso a eles.

Espíritos e habilidades

Espíritos

A maior estrela do game pra mim são os espíritos, os quais se dividem em dois elementos: vento e fogo. O primeiro é adquirido logo nos primeiros minutos da jornada, e ele permite com que Deedlit flutue sobre superfícies e possa atacar enquanto faz isso. O elemento de fogo serve para evitar nossa morte em locais de lava, além de ser útil contra inimigos que tem fraqueza contra ele. A parte mais legal é que ambos os elementos podem absorver o dano recebido de ataques do mesmo elemento, e isso é bastante usado em locais como obstáculos elementais, inimigos comuns e até mesmo lutas com chefes. Decididamente, foi uma mecânica muito bem implementada.

Apesar dos elogios acima, Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth não apresenta mais espíritos elementais, e acaba parando nos dois já citados. Isso é um grande desperdício, já que pelo menos três seria uma boa quantidade para conseguirmos alternar entre eles sem tornar tudo complexo. De qualquer forma, as habilidades secundárias (como os já mencionados pulo duplo e o movimento de deslizar no chão) conseguem manter um equilíbrio muito bom em termos de novidades, desafios e recompensas.

Vendedor

Adicionalmente, há uma forma de recuperar os pontos de saúde elevando o level de um espírito ao máximo, então alternando para o outro mais “fraco”. Com isso, a barra de saúde começa a ser restaurada, dispensando qualquer item de cura durante a aventura – foi o que fiz. Mesmo assim, existe o vendedor de itens que fornece consumíveis e armas diversas para serem equipadas. Por último, há um minigame de apostas no qual resolvi não me arriscar, por me parecer um pouco complexo.

Como não poderia deixar de ser em um game desse tipo, também existem os pontos de acesso para viagem rápida que são habilitados conforme interagimos com eles pela primeira vez, estátuas de salvamento e locais secretos escondidos atrás de paredes quebradas. Isso se faz bastante necessário por aqui, uma vez que o mapa completo não é tão grande assim e deixa um pouco a desejar. O mesmo pode ser dito em relação à duração da aventura, que gira em torno de 5 horas.

Para fãs da era vindoura

Se você, assim como eu, é um grande fã da série Castlevania e amante de Symphony of the Night, esse jogo decididamente é para você. As inspirações tidas na saga da Konami são claras, e isso é muito bom. É como se fosse um fangame evoluído desse grande clássico, aplicando coisas jamais vistas antes e melhorando outras.

Apesar de tanta qualidade, há de se admitir que a duração de Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth é curta, girando em torno de 5 a 6 horas para ser terminado. Mesmo assim, cada minuto da jornada vale a pena, além de que o arsenal de armas e habilidades não para de surpreender a cada momento que avançamos no labirinto.


Trailer do Jogo


* Esta análise foi feita utilizando uma chave enviada pelos produtores

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Jason Ming Hong

Gamer desde o 1 ano de idade segundo meus pais. Jogo de tudo, porque o importante pra mim em um jogo é divertir. Gosto de jogos com uma boa história, investimento em gameplay sólido e, se rolar, um co-op de sofá. Também sou UX/UI designer, aquela galera moderninha que faz coisas pensando em quem vai usar. Aliás, agora edito o POWdcast, RÁ!

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