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[REVIEW] Furi – Modore Edition – Contemplativo, mas para quem?

Muitos jogos ultimamente têm entrado nessa abordagem de boss rush (lutas com chefes de maneira seguida), como Bloodstained Ritual of the Night e Metroid Dread, que não são 100% focados nesse tipo de jogabilidade, mas trazem esse modo como uma coisa separada. Mas e aqueles que são construídos em torno dessa proposta?


Ficha Técnica

Título: Furi: Modore Edition

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 17/05/2022

Tamanho: 1.2 GB

Desenvolvedora: The Game Bakers

Publicadora: The Game Bakers

Jogadores: 1

Em Português: Sim

Gênero: Ação, Aventura, Luta

Tempo de Jogo (em média): 5 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: 12 anos

Preço no Lançamento (BR): R$ 45,99

Preço no Lançamento (EUA): US$ 19,99


Fuja da prisão

Lutas com chefes

Furi é um jogo focado em uma corrida contra chefes na qual você os enfrentará um a um em lutas ao longo do caminho, além de ser guiado em sua jornada por um caminho linear que pode ser seguido automaticamente sem ação do jogador. A cada momento, durante uma dessas batalhas, seus inimigos terão 4 ou 5 barras de saúde, sendo que cada uma revela uma forma de um chefe específico.

Cada combate é dividido em dois momentos diferentes: longo e curto alcance. O primeiro exigirá que você ataque de longas distâncias, usando sua sub-arma para atirar projéteis em seus inimigos como se fosse um jogo de bullet hell, sendo possível mudar as posições do seu personagem (graças ao DLC) para que você possa para dar um tiro mais forte em seu inimigo, causando consequentemente mais dano.

Porém, esse tiro concentrado exigirá agilidade ao máximo, então você deve prestar muita atenção e lembrar os padrões dos ataques. Chefes podem usar golpes giratórios que atingirão uma área ampla em um diâmetro específico, ou um ataque direto contra você, então você terá que apertar o botão de bloqueio imediatamente antes de ser atingido para aparar seu movimento, seguido por golpes consecutivos que irão enfraquecê-los.

Momentos

Momentos de lore

Embora a maioria dos jogos traga lutas roteirizadas, nas quais você também precisa memorizar padrões para descobrir a melhor abordagem em relação ao seu inimigo, aqui tudo parece ainda mais limitado e premeditado. Existem certos movimentos que não causarão nenhum dano ao inimigo, então você está restrito a usar esse ataque específico para alcançá-los, caso contrário, seus golpes não exercerão nenhuma influência sobre a vida do chefe durante esse momento.

Além disso, em cenas após as lutas em que você tem que seguir apenas uma estrada linear, as coisas parecem ainda piores. Tudo o que você pode fazer é assistir os NPCs falando sobre algum tipo de lore ou explicando os preços das informações em relação à história, e tudo isso é feito de uma maneira extremamente maçante e lenta. A arte é bastante legal, vibrante e parece um neon estilizado, mas essas características não são  boas o suficiente para me fisgar e cativar.

Se os desenvolvedores transformassem esses momentos lentos em mecânicas de plataforma ou com algo diferente – mesmo que simples – para ser feito, você pode apostar que a atmosfera teria sido 100% melhor, assim como os resultados vistos aqui. Parece que eles queriam criar obras de arte contemplativas para você simplesmente admirar e ter sua atenção presa, mas o efeito desejado foi totalmente o oposto comigo.

Dito isto, não há atualizações ou qualquer coisa em termos de jogabilidade que me seduzissem piamente, além das configurações de jogabilidade que me permitem explorar o jogo mais profundamente sem nada me segurar. Adoro quando os desenvolvedores pensam em nos dar opções para personalizar nossa experiência como desejamos, e queria ver isso com mais frequência em todos os títulos.

Não me entenda mal

Furi não é um jogo ruim, mas diria que não é minha praia. A jogabilidade me chamou a atenção para as duas ou três primeiras lutas contra chefes, que apresentavam maneiras diferentes de chegar até eles e lançar o ataque para enfraquecê-los. Daquele ponto em diante, senti uma repetição incrível invadindo a mecânica cerne, com ajustes simples apenas aqui e ali na tentativa de evitar o sentimento de tédio, o que acabou me dando a impressão de falta de criatividade, ao mesmo tempo de ter algo roteirizado.

Finalmente, é admirável que a equipe por trás de Furi esteja apoiando seu jogo até hoje, lançando novos DLCs e ajustes de jogabilidade ao longo do tempo, como os que temos atualmente. Porém, é importante dizer que o único aspecto da Modore Edition em termos de novidade é uma personagem chamada Onnamusha, basicamente idêntica ao já existente, apenas com cores diferentes e uma forma de combate adicional que praticamente cria um tiro extra e ataques focados em espada. Então, será que somente essa adição se torna justificável para ser algo pago? Pra mim, não.


Trailer do Jogo


* Esta análise foi feita utilizando uma chave enviada pelos produtores

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Jason Ming Hong

Gamer desde o 1 ano de idade segundo meus pais. Jogo de tudo, porque o importante pra mim em um jogo é divertir. Gosto de jogos com uma boa história, investimento em gameplay sólido e, se rolar, um co-op de sofá. Também sou UX/UI designer, aquela galera moderninha que faz coisas pensando em quem vai usar. Aliás, agora edito o POWdcast, RÁ!

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