[REVIEW] Cannibal Cuisine – O Holocausto Canibal que deu certo
Party Games que focam no trabalho em equipe são sempre muito divertidos. São momentos em que é agradável colocar amizades em risco. Cannibal Cuisine é um deles e pode parecer meio bizarro e exótico, mas será que ele se compromete com a diversão? Vamos ver aqui.
Ficha Técnica
Título: Cannibal Cuisine
Plataforma: Nintendo Switch
Tamanho: 936 MB
Desenvolvedora / Publicadora: Rocket Vulture
Jogadores: 1-4
Em Português: Sim
Gênero: Party / Ação / Simulação / Arcade
Save na Nuvem: Sim
Classificação: 13 Anos
Preço no Lançamento (US): US$ 12.99
História
Cannibal Cuisine é um jogo despretensioso no quesito história. Aliás, pensando em seu gênero, é meio difícil ou até desnecessário ter uma história maior. Tratando-se dos exemplos que temos de party games, nenhum se aprofunda na narrativa, focando apenas na jogabilidade. E é aqui que também está o maior foco de Cannibal Cuisine.
No jogo, várias entidades chamadas Hoochooboo surgiram, querendo devorar a todos. Para ajudá-los e, consequentemente, ajudar a salvar sua terra, uma tribo de canibais precisa servi-los com os mais exóticos alimentos feitos de carne humana. E, caso seja necessário, seus personagens também podem se servir.
Sua narrativa, por mais que seja clichê no gênero, não precisa ser maior ou mais aprofundada, além de servir como uma simples desculpa para acontecer o jogo. Afinal, não é por isso que as pessoas se interessam por jogos assim, e sim pelos bons momentos de diversão entre amigos que terão. E é exatamente isso que Cannibal Cuisine proporciona.
Jogabilidade
É impossível não compará-lo com Overcooked. Então pense nesse jogo como o Overcooked versão canibal. Mas existem algumas diferenças muito relevantes, que dão um respiro ao jogo e tiram aquela sensação de “Ah, é só mais uma cópia de Overcooked”. Uma dessas diferenças é que os Hoochooboo exigem os pratos no ponto certo.
Isso mesmo, caso o prato fique muito tempo no fogo depois de pronto ou seja servido antes da barra estar cheia, o Hoochooboo reclama falando que está Mal passado ou Bem passado, diminuindo a pontuação.
Além disso, os chefs devem ir atrás do alimento, não somente pegá-los em um um balcão, e para isso é necessário caçá-los com facas, tacapes, tacos de beisebol ou outros instrumentos manuais. É interessante observar que a presa, no caso desse jogo, são turistas. Turistas humanos.
Tudo bem, em vários e vários jogos o jogador busca eliminar outros humanos. Mas em pouquíssimos o personagem se alimenta desses humanos e deve servi-los com assados de banana, pimenta, batata ou outras coisas. É bizarro fazer isso, mas no fim você acaba se acostumando quando não pensa muito no assunto. Acostumando a exterminar humanos para depois se alimentar deles…. Bom, o ideal é realmente não pensar muito nisso.
Outra questão interessante é que existem algumas habilidades que os jogadores podem selecionar, que visam o trabalho em equipe. São apenas quatro, mas bem equilibradas. Um ponto muito positivo é que não há nenhuma restrição em seu uso, sendo possível usá-las sempre que o jogador quiser. São elas:
- Pisotear, um pisão que atordoa os turistas por um tempo,
- Totem, um totem surge e cura constantemente,
- Corrida, um boost para frente que ultrapassa obstáculos, como água,
- Bafo de fogo, acelera a barra do alimento no fogo.
Olhando de longe, pode parecer meio injusto poder usar habilidades sem restrições, mas aí que está um outro ponto que vale ser mencionado do jogo: Cannibal Cousine é muito difícil!!
Sua intensa dificuldade exige muito mais tentativas que o normal, mesmo que seja para conseguir apenas uma estrela, devido a sua grande quantidade de pontos necessários. Ou quantidade pequena de pontos ganhos ao alimentar os Hoochooboo. Isso pode afastar alguns jogadores mais novatos, fazendo com que apenas os melhores consigam superar os desafios. Realmente faltou um melhor balanceamento nas dificuldades do jogo. Além disso, sua jogabilidade não é tão responsiva, fazendo com que os jogadores tenham algumas dificuldades para se movimentar e para pegar os itens no chão.
Fora isso, estando superados os desafios nos comandos, acostumado com a dificuldade e depois de algumas tentativas, é possível alcançar três estrelas nas fases.
Arte
Seu visual é bem simplista, não tendo tantos efeitos visuais, nem ao menos luz e sombra. Suas cores são chapadas e sólidas, diminuindo um pouco a sensação de iluminação. Entretanto, isso não incomoda. É possível personalizar seu canibal, trocando de chapéu, cor da pele e arma manual, mas não influencia em nada na jogabilidade
Todo seu trabalho de áudio também é simples. Inclusive sua trilha sonora. E isso é um ponto realmente negativo, pois jogos do gênero devem abusar de uma trilha sonora imersiva e que passe sensação de urgência e atenção constantemente. Isso não acontece aqui, não havendo uma maior lembrança de que o tempo está terminando além do próprio relógio. É triste, mas Overcooked nos acostumou com músicas que tornam épicos os desafios. Entretanto, isso de forma alguma é algo que deve afastar os jogadores, mas seria um ótimo acréscimo para o deleite do jogador.
Veredito
Cannibal Cuisine não impressiona, mas diverte muito. Ele não chega perto do que já estamos acostumados no gênero em algumas questões, pois peca em vários aspectos. Entretanto, isso não deve afastar os jogadores de maneira nenhuma, pois ele tem nota máxima no principal ponto: diversão.
Super recomedo ele para quem gosta de chamar os amigos em casa e se divertir jogando em grupo. Recomendo também para quem já detonou outros jogos do gênero e desejam um desafio igual ou até maior.
E você? Já conhece o jogo? Gostou? Deixe nos comentários suas opiniões!!
Trailer do Jogo
* Esta análise foi feita com uma cópia fornecida pelos produtores.
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