[REVIEW] The Lightbringer – Dungeon, puzzles e muita diversão
The Lightbringer é uma história sobre um garoto, o único capaz de realizar a tarefa, sendo guiado por sua irmã, cuja missão é livrar os monólitos mágicos ao redor do mundo das gosmas escuras. Com um foco bastante grande em desafios de puzzle acompanhados de elementos constantes de plataforma 3D, o indie consegue agraciar os fãs de produtos com muito quebra cabeça e jogabilidades que lembram um pouco de The Legend of Zelda, apesar de alguns erros aqui e ali.
Ficha Técnica
Título: The Lightbringer
Plataforma: Nintendo Switch
Data de lançamento: 07/10/2021
Tamanho: 2.9 GB
Desenvolvedora:Rock Square Thunder
Publicadora: Zordix
Jogadores: 1
Em Português: Sim
Gênero: Plataforma, Puzzle, RPG
Tempo de Jogo (em média): 5 horas
Save na Nuvem: Sim
Classificação: Livre
Preço no Lançamento (BR): R$ 79,99
Preço no Lançamento (EUA): US$ 9,99
Admiráveis mundos novo
The Lightbringer possui uma apresentação bastante simplista, que se resume em uma história contada pela irmã do protagonista (dublada) sobre o que está acontecendo e um pouco do universo através de sinos distribuídos nos cenários, nos colocando logo em seguida na pele do personagem para aprendermos os comandos básicos.
Inicialmente, já recebemos nossa arma principal que nos acompanhará por todo o jogo, o boomerang, que pode ser arremessado com o botão Y ou ZR, esta segunda opção sendo bem melhor, já que possibilita a mira com o botão ZL para um lançamento bem mais preciso acompanhado de um indicador visual.
Nosso objetivo central é finalizar a fase com a maior quantidade de orbs possível, além de pegar vários coletáveis espalhados pelo cenário. Não há um motivo específico para esses coletáveis existirem, dando lugar a uma função mais cosmética e sem grandes efeitos.
A melhor e mais interessante parte de todo o game, com certeza, são os puzzles. Eles trazem variedades ao longo das fases, pegando bastante emprestado daquilo que é apresentado no último cenário para, assim, incrementar a jogabilidade e criar novos padrões a serem gravados na mente do jogador.
Utilizando todos os comandos para progredir
Além do boomerang – que funciona para eliminar inimigos, para ativação de dispositivos e para coleta de itens a partir de longas distâncias -, temos os movimentos básicos com forte presença na gameplay, como o pulo duplo, a rolagem e a corrida. Estes comandos servem para alcançar locais mais altos, empurrar caixas, desviarmos de ataques e flechas e chegar ao objetivo antes que uma plataforma flutuante se afaste muito, por exemplo.
Também faz-se necessário colocar blocos em dispositivos de ativação de portões, pontes e coisas do gênero, além de que engrenagens ativam pontes levadiças e abaixam passagem bloqueadas. Chaves também marcam presença por aqui e podem abrir portas que contam com a chance de ter itens ou ser o caminho para o final da fase. Lembra de Indiana Jones e a pedra que rola? Aqui também tem isso, e o pior é quando ela é usada em cenários congelados, cujo chão é feito de gelo e faz com que o personagem escorregue.
Performance honesta, game design um pouco injusto
Os gráficos são lindíssimos e, em grande parte do tempo, a performance se mantém estável em 30 fps, com picos em até 60 nos ambientes internos. Isso acaba causando um pouco de desconforto por ser o dobro de performance apresentado nos locais abertos. A trilha sonora também não deixa a desejar e traz faixas relaxantes que se encaixam perfeitamente no estilo de The Lightbringer, todas muito bem compostas.
Porém, nem tudo é perfeito, e The Lightbringer falha de forma grotesca ao não permitir o uso de um mapa nos cenários. Isso causa constantes idas e vindas, sem saber se estamos no caminho certo ou simplesmente voltando ao ponto de partida da fase. Para piorar, também não há checkpoints ou opções de acessibilidade. Por isso, uma vez que sua vida chegar a zero, será necessário recomeçar a fase. Outra opção é simplesmente pular aquele cenário, voltando ao menu de seleção para escolher a próxima. Mesmo assim, isso não é dito em momento algum.
O combate também não é a melhor coisa do mundo, e confrontos com grandes quantidades de inimigos – ainda mais em locais fechados – é um grande pesadelo. Alguns deles vêm até cobertos com uma armadura de metal que exige com que os acertemos pelas costas para que fiquem vulneráveis. O problema é que, mesmo mirando com o ZL, os inimigos parecem estar sempre em vantagem, principalmente pela velocidade na qual fazem o contorno em torno do próprio eixo, tornando bem chato o processo de eliminá-los.
Por outro lado, as lutas com os poucos chefes disponíveis são até que bem fáceis, sendo que morri no máximo uma vez para cada um deles. Em relação ao combate dos cenários em geral, a dificuldade despenca bastante, causando um desbalanceamento bem notável.
Divertido, mas precisa de opções de acessibilidade
The Lightbringer é um incrível jogo de puzzle com bastantes elementos de plataforma. Porém, suas mecânicas são afetadas pela falta de um mapa que nos guie pelos cenários, além do combate que deixa bastante a desejar em termos de balanceamento e agilidade. Fora isso, o indie de visão isométrica é divertidíssimo, principalmente se você é do tipo que gosta de resolver quebra-cabeças. Porém, algumas opções de acessibilidade deviam ter sido implementadas nas primeiras versões do jogo, e espero que isso esteja nos planos dos futuros pacotes de atualização. No mais, horas de desafios bem bolados e jogabilidade variada são coisas garantidas em The Lightbringer.
Trailer do Jogo
* Esta análise foi feita utilizando uma chave enviada pelos produtores