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[REVIEW] Missing Features 2D – Cadê a função que tava aqui? Achoooou!

Quando jogamos um jogo, muitas vezes (ou quase sempre) nos esquecemos da quantidade de elementos que o compõe, como desenhos de personagens, projéteis, música, background, e outros. E Missing Features 2D traz esse conceito de trazer um jogo em que o jogador recupera cada elemento do jogo ao longo da aventura. Porém, será que essa premissa é boa? É o que analisaremos hoje!


Ficha Técnica

Título: Missing Features 2D

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 27/05/2021

Tamanho: 214MB

Desenvolvedora: High Level 

Publicadora: QUByte Interactive

Jogadores: 1

Em Português: Não

Gênero: Plataforma

Tempo de Jogo (em média): 3 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre

Preço no Lançamento (BR): R$ 9,99


O início de tudo

A ideia do jogo é que você, jogador, descobriu em seu PC um jogo perdido e resolveu instalá-lo. Acontece que o jogo é instalado com um aviso de que muitas funções e recursos não foram encontrados. Com isso, o jogo se inicia sem aquilo que temos tanto costume de ver em todos os jogos: animações, cenário, músicas, perigos, efeitos sonoros,…, nada! A única coisa que vemos ao iniciar a aventura é uma tela azul, com um “piso” totalmente preto e retângulos que simbolizam nosso personagem (na cor verde) e os perigos que o cenário oferece (na cor vermelha).

À medida em que vamos evoluindo na aventura, vamos achando esses recursos na fase. Então você irá montando o jogo, estágio a estágio, recuperando mecânicas (ex: pulo duplo), sprites de inimigos, música do cenário, imagem de fundo do cenário, efeito paralaxe e tudo mais.

Uma aula sobre jogos

Quando jogamos um videogame, muitas vezes nos esquecemos (ou não sabemos) da quantidade de elementos presentes em um único frame. E Missing Features 2D traz isso a tona, mostrando uma clara evolução de um game, partindo de algo bruto (somente retângulos sem vida na tela) e agregando tantas funções ao longo do caminho que o jogador aos poucos vai se esquecendo de como estava no início da aventura. E no desenvolvimento de jogos – invariavelmente – os desenvolvedores passam por isso: um início absolutamente cru e sem vida para um jogo cheio de vida e mecânicas.

Gráficos e músicas

O jogo é totalmente feito com arte em pixels e, apesar de não ser algo que encha os olhos ou que seja memorável, é bem feito. Contudo, por alguns momentos você percebe algumas coisas estranhas, como o surgimento de projéteis do nada (é possível perceber o objeto sendo criado, e não parece que foi o inimigo que soltou algum tipo de poder). Isso dá um incômodo pela sua estranheza, mas não compromete o gameplay.

Fonte: QUByte

Já no quesito efeitos sonoros o jogo vai te fazer desejar não ter achado essa função ao longo do jogo, pois são bem genéricos e sem alma. Inimigos que rastejam fazem um “slurp” (parecido com alguém puxando saliva da bochecha para cima da língua) que é muito incômodo. Infelizmente não encontrei nenhum efeito que pudesse ser destaque aqui.

Musicalmente o jogo segue o padrão dos efeitos sonoros: as músicas são genéricas e – muitas vezes – não combinam com o cenário. Porém, mesmo sendo esquecíveis, elas tem uma função de dar vida a uma aventura até então sem som. No momento em que o jogador consegue liberar a trilha daquele estagio, vem uma empolgação e sentimento de felicidade. Aos poucos, entretanto, esse sentimento vai sendo consumido pela própria genericidade da trilha, o que é uma pena.

Veredito

Missing Features 2D é uma grata surpresa. Não, ele não é um jogo que é memorável pelas suas mecânicas ou pela sua jogabilidade (apesar de ser um quesito em que o jogo entrega algo simples e bom); ele se destaca pela sua capacidade de nos lembrar sobre o quão complexo é o desenvolvimento dos jogos que adoramos.

A simplicidade é o grande trunfo deste título e – se você deseja aprender e entender acerca dos elementos que estão dentro de um jogo – este pode ser um bom título para sua biblioteca.


Trailer

* Esta análise foi escrita utilizando uma chave fornecida pelos produtores

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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