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[REVIEW] Gravity Heroes – Divertido, inovador, mas levemente limitado

Conheci Gravity Heroes originalmente em 2019, na Brasil Game Show, em um local chamado avenida indie que funcionava como uma seção dedicada aos produtores independente de jogos. E a fila deste aqui me chamou a atenção justamente por estar bastante grande. Havia pessoas esperando para jogá-lo, e não era para menos: Gravity Heroes era bem polido, resolvido, muito bem construído e chamava bastante atenção. Porém, em cerca de dois rounds pude perceber que havia algumas deficiências em sua estrutura de jogo, o que, infelizmente, continuou predominante na versão final que foi lançada recentemente.


Ficha Técnica

Título: Gravity Heroes

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 26/3/2021

Tamanho: 534 MB

Desenvolvedora: Studica Solution, Electric Monkeys

Publicadora: PQube

Jogadores: 1-4

Em Português: Sim

Gênero: Plataforma, Aventura, Ação, Arcade, Multiplayer

Tempo de Jogo (em média): 3.5 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre


Gravidade modificável, arenas e armamentos

Gravidade é o centro da parada!
Gravidade é o centro da parada!

No game do estúdio brasileiro Electric Monkeys, controlamos um esquadrão de quatro personagens, lutando contra hordas de robôs malvados em arenas com quatro lados para serem utilizados ao nosso favor. Os gráficos são em pixel art, com belíssimos visuais 2D que lembram bastante a franquia Mega Man, além de uma trilha sonora bastante agradável com pegada futurista.

O nome Gravity Heroes já deixa claro o elemento central da jogabilidade: a gravidade. Podemos utilizar um botão em conjunto com a direção desejada a fim de direcionarmos o personagem ao que antes era uma parede ou teto; ou então usar o analógico direito para fazer este trabalho de uma forma mais intuitiva. Em termos de movimentação, existe o pulo comum, mas também podemos utilizar as paredes como o robô azul da Capcom, tomando impulso para subir mais alto. A forma como as fases funcionam são sempre as mesmas: destrua uma onda de inimigos e sobreviva.

Seletor de fases

São quatro cenários existentes ao todo e com quatro fases cada, sendo que no final de cada um deles enfrentamos um chefe diferente. Antes destas batalhas “finais”, de cada cenário, precisamos resolver algum tipo de quebra-cabeça para ativar o confronto. Uma vez iniciado o embate, é necessário identificar os padrões do chefe para derrotá-lo da melhor forma possível. Além da ajuda da gravidade, é possível tirar vantagem de armas diferentes que surgem a todo momento da arena, que modificam sua arma para uma com um disparo diferente – e munição limitada.

Fora isso, também existem itens de cura e armaduras que aparecem para recuperarmos a vida e aumentarmos nosso escudo, tornando as coisas um pouco mais agradáveis. Porém, não se engane, já que a única dificuldade inicialmente disponível é a normal, sendo esta bastante desafiadora.

Limitações

Multiplayer para até 4 pessoas

Apesar de divertido e bem construído, é impossível deixar de lado o sentimento de um produto limitado. Gravity Heroes possui um modo multiplayer local para até 4 jogadores sem dificuldade escalável e com a adição do comando de reviver seu parceiro. O problema aqui é ter deixado passar a chance de executar um cooperativo online.

Fora a ajuda na campanha, também podemos batalhar contra amigos em uma arena em um modo duelo, também para quatro. Porém, no fim das contas, não há muito a ser feito após todos os cenários serem vencidos. Os personagens selecionáveis também não possuem habilidades únicas ou qualquer diferença entre si que possa justificar a escolha entre um deles, o que também é uma oportunidade desperdiçada.

Luta contra chefes

Outro fator que vale a pena mencionar é que não há desafios diários ou qualquer coisa do gênero para expandir a vida útil de Gravity Heroes. É verdade que habilitamos a dificuldade difícil e um mapa para o modo Arcade após a conclusão da campanha, porém, novamente, trata-se de apenas uma modificação leve, além da reutilização da jogabilidade em um cenário parecido com todos os outros – estruturalmente falando.

A jogabilidade acaba ficando enjoativa e frustrante depois de algumas fases, já que certos inimigos parecem ser esponjas de bala e a dificuldade é um pouco exigente no single-player. Já que a dificuldade não aumenta ao jogarmos em mais de uma pessoa, fica claro que Gravity Heroes foi pensado e projetado pensando na experiência cooperativo – até demais.

Fica o sentimento de algo estar faltando

Sem dúvidas Gravity Heroes merece todos os elogios possíveis: é um jogo muito bonito, bem polido, com boas músicas e jogabilidade construída de forma excelente. Porém, conforme dito anteriormente, sua duração e variação de forma geral deixam a desejar. O conteúdo é limitado demais, os personagens possuem diferenças meramente visuais e a jogabilidade acaba não variando muito depois de um tempo. Existem tantas oportunidades perdidas por aqui que fico um pouco triste pelo resultado final. Felizmente, vivemos em um tempo em que patchs de atualização são soluções constantes para correção de problemas ou adições de conteúdo em jogos, e espero que uma atualização em breve possa expandir aquilo que Gravity Heroes faz tão bem, mas com muita “pressa”.


Trailer do Jogo


* Este review foi feito utilizando uma chave fornecida pelos produtores

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Jason Ming Hong

Gamer desde o 1 ano de idade segundo meus pais. Jogo de tudo, porque o importante pra mim em um jogo é divertir. Gosto de jogos com uma boa história, investimento em gameplay sólido e, se rolar, um co-op de sofá. Também sou UX/UI designer, aquela galera moderninha que faz coisas pensando em quem vai usar. Aliás, agora edito o POWdcast, RÁ!

One thought on “[REVIEW] Gravity Heroes – Divertido, inovador, mas levemente limitado

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