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[REVIEW] Worms W.M.D – Sempre imbatível

Poucos jogos existem como os da franquia Worms, seja em essência, carisma, personagens e até mesmo na jogabilidade. Acompanho as minhoquinhas desde quase os primórdios, especificamente o Worms Armaggedon de PS1, uma gloriosa época que me rendeu muitas lembranças boas. Mas como será que o jogo da Team17 consegue se manter relevante e inovador mesmo após tantos anos?


Ficha Técnica

Título: Worms W.M.D

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho: 4.9 GB

Desenvolvedora/Publicadora: Team17

Jogadores: 1-6

Em Português: Sim

Gênero: Estratégia, Party

Save na Nuvem: Sim

Classificação: 10+ anos


A fórmula que funciona

Caso você ainda não conheça a franquia Worms, o jogo consiste em batalhas por turnos e batalhas baseadas no ângulo do seu ataque, onde seu time é composto por um número estabelecido de minhocas para travarem batalhas mortais contra um outro grupo. Você pode sempre utilizar vários fatores ao seu favor, como o vento para direcionar melhor alguns projéteis, o cenário – que é totalmente destrutível -, e até mesmo a morte de seus inimigos, os quais viram uma espécie de bomba que explode quando se vão e danificam tudo e todos ao redor.

Agora que você tem uma base sobre as minhoquinhas mais famosas do mundo dos games, eu te pergunto: como será que fazem para manter o posto de um dos melhores (pra mim o melhor) jogos do gênero?

Muitas vezes cheguei a pensar que seria por falta de concorrência, até que tive contato com jogos como Gunbound e percebi que, apesar de várias personalizações e coisas que fazia diferente, não conseguia ter o mesmo carisma que Worms sempre demonstrou ter. As armas de Worms também são extremamente icônicas e memoráveis, pois quem nunca sentiu um prazer imenso ao arremessar o inimigo no mar usando um taco de beisebol? Ou então fez uso da corda ninja para subir naquele lugar que parecia inalcançável e percebeu que, muitas vezes, uma gambiarra faz bem – menos quando você se esborracha no chão por soltar a corda no momento errado.

De volta às raízes

Worms por algumas vezes tentou entrar no mundo 3D, mas não deu tanto certo. Os jogos tridimensionais Worms Ultimate Mayhem e Under Siege não são necessariamente jogos ruins, ambos têm seu público mas fogem completamente da fórmula principal obrigando o jogador a ter uma noção tridimensional do espaço para calcular seus ataques. Foi bem possível de se divertir até mesmo com estes, e os tenho até hoje de forma digital, porém Worms 2D sempre foi infinitamente superior. Felizmente, W.M.D. retorna à jogabilidade clássica e aprimora em vários aspectos sem deixar de lado a diversão já familiar.

O Worms W.M.D.

W.M.D. é um jogo claramente mais bonito e traz consigo algumas novidades interessantes como a de craft. Você pode criar qualquer arma durante a partida, desde que você tenha o material necessário para tal. Porém, mesmo que não tenha os materiais, é possível desmanchar uma arma existente para obter os recursos necessários a fim de criar outra, ou então esperar algumas caixas caírem do céu com estes requisitos.

Agora também podemos usar veículos, helicópteros, tanques e mechs, tanto para atacar quanto para se defender de danos. Apesar de que o inimigo pode te retirar facilmente do veículo no turno dele, ou até mesmo explodir seu tanque explodido e te matar na hora, por exemplo. Então use-os com sabedoria. Um outro adicional são os edifícios pelo cenário, nos quais você pode adentrar para se abrigar de tiros e explosões.

Confesso que Worms tem uma curva de aprendizado um pouco complicada no início, mas o jogo é totalmente acessível quando você pega o jeito. Minha única crítica seria aos controles de câmera que são um pouco confusos, a qual parece não acompanhar o movimento da minhoca caso você tenha dado um zoom-out e depois um zoom-in novamente.

Quer praticar com as mais de 80 armas disponíveis e ver com qual se dá bem? Não tem problema, o jogo oferece o modo de treinamento. Assim você pode masterizar sua mira com a bazooka, melhorar o ângulo da sua granada, acertar um tiro de shotgun no inimigo de longas distâncias e até mesmo mandá-lo voando para bem longe usando o clássico shoryuken. A versão para Switch traz consigo cenários exclusivos e o conteúdo do pacote All-Stars, assim você tem disponível skins de outros jogos da Team17 como Yooka-Laylee e The Escapists. Aliás, isso é algo que Worms sempre ofereceu e cativou: a personalização do seu time. Você pode criar suas próprias minhocas, alterando voz, nome e aparência.

Modos de jogo

Joguei algumas partidas multiplayer com amigos e não tive problema algum por conta de lag ou input delay, e isso é muito bem quisto para um jogo que às vezes exige bastante precisão. Porém, buscando por partida rápida foi impossível encontrar uma alma viva. Quem sabe um crossplay não viria a calhar e expandiria as possibilidades do online?

O modo campanha oferece 30 fases, além de missões extras que podem ser acessadas a partir do menu principal. Caso queira jogar com várias pessoas no mesmo console, o jogo tem suporte ao joycon destacado na horizontal, então não se preocupe em precisar de controles adicionais para jogar em 2 pessoas. Apesar de tanto conteúdo – também, pudera, são quase 5 GB -, o maior chamariz de Worms fica a cargo do multiplayer, consequentemente o modo campanha não tem o mesmo apelo. Quem não prefere zoar os amigos caso eles errem um tiro em vez de batalhar contra a inteligência artificial?

Um brinde a Worms

As minhocas mais cativantes do mundo dos games conseguiu voltar ao que sempre foi, mas de forma melhorada o suficiente para não perder a essência. É incrível como essa franquia conseguiu se manter no topo do pódio por todos estes anos.

Mesmo com falta de concorrência dentro do gênero ou até mesmo adversários de qualidade, Worms não decepciona em inovar e continua merecedor do título de melhor jogo do gênero ao qual pertence. Vida longa às minhocas!


Trailer do Jogo


* Este review foi feito utilizando uma chave fornecida pelos produtores

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Jason Ming Hong

Gamer desde o 1 ano de idade segundo meus pais. Jogo de tudo, porque o importante pra mim em um jogo é divertir. Gosto de jogos com uma boa história, investimento em gameplay sólido e, se rolar, um co-op de sofá. Também sou UX/UI designer, aquela galera moderninha que faz coisas pensando em quem vai usar. Aliás, agora edito o POWdcast, RÁ!

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