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[REVIEW] Slipstream – Homenagem aos 16-bits

Se você viveu nos anos 90 ou teve contato com algum jogo da época, certamente conhece Top Gear e seus derivados. Naquele tempo, títulos de corrida tentavam emular o realismo de uma visão 3D, fazendo o máximo possível com as limitações da época. O resultado eram gráficos completamente 2D, mas com efeitos que davam a impressão de que a tela está realmente se mexendo e a câmera se aproximando da estrada. Outros nomes famosos utilizaram uma técnica parecida, como Mario Kart de SNES. Slipstream procura resgatar esse sentimento dos anos 90, porém, com gráficos e recursos da era moderna.


Ficha Técnica

Título: Slipstream

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 07/02/2022

Tamanho: 357 MB

Desenvolvedora: ansdor

Publicadora: Blitworks

Jogadores: 1-4 (local)

Em Português: Sim

Gênero: Corrida, Arcade, Multiplayer

Tempo de Jogo (em média): 1 hora

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre

Preço no Lançamento (BR): R$ 29,00

Preço no Lançamento (EUA): US$ 9,99


Coração brazuca

Driftzinho
Driftzinho

Slipstream é um jogo feito por um estúdio indie brasileiro, o que já imediatamente aquece nossos corações. Com um foco altíssimo no quesito arcade dos videogames, a experiência proporcionada pelo game é 100% descompromissada, e no máximo vamos encontrar aqui upgrades que podem ser levados de corrida para corrida, porém, sem um progresso maior para ser carregado além disso.

As mecânicas de Slipstream se resumem em 3: acelerar, derrapar e rebobinar. A primeira é básica e dispensa explicações, mas é influenciada de acordo com os atributos do veículo escolhido. A segunda, derrapar (ou drift), é feita pressionando o botão de freio e o de aceleração em seguida rapidamente, causando a derrapagem do carro na pista, o que consequentemente facilita as curvas. A terceira, rebobinar, é um comando que aparece no canto inferior da tela, e permite voltarmos em até 5 segundos de corrida para consertar qualquer acidente.

Modos de jogo

Vários modos, mas bem parecidos
Vários modos, mas bem parecidos

Apesar dos vários modos disponíveis, diria que todos são bem parecidos com variações mínimas entre eles. O primeiro e principal, Grand Prix, nos coloca em algumas pistas para desafiarmos rivais, os quais soltam balões de fala – que podem ser desativados – durante a corrida. Ao finalizar uma pista, rapidamente podemos escolher a próxima, optando por um de dois caminhos na estrada. Isso traz uma dinâmica bacana para as coisas, mas prova não ser o bastante para criar uma verdadeira variedade para a jogabilidade.

Os picos de dificuldade também são estranhos, por mais que estejamos jogando no modo Normal. O que acontece é um jogo de azar no quesito inteligência artificial, o que resulta em corridas que podem ser fáceis ou bem difíceis. Tratando-se dos outros modos existentes, temos o de corrida única, contra o tempo, contra rivais + tempo e o de eliminação do último corredor a cada pista.

Música boa, gráfico bonito e multiplayer

Gráficos e trilha sonora são incríveis
Gráficos e trilha sonora são incríveis

A trilha sonora existente aqui é incrível, e passa perfeitamente a sensação de estarmos jogando algo “das antigas”, apoiado pela característica Synthwave da época. O mesmo vale para os gráficos, que conseguem emular um 3D de maneira impecável. Diria que esses dois pontos são tão bem feitos que superam até mesmo a própria variedade na jogabilidade de Slipstream que, sendo franco, achei mediana.

Por fim, temos um modo de tela dividida para até 4 pessoas no mesmo console, o que deixa tudo um pouco mais triste já que o online já é algo presente em nossas vidas há tempos. Definitivamente, não teria perdido essa oportunidade de criar um multiplayer online.

Mais conteúdo

Slipstream é um jogo bacana com mecânicas de drift divertidas e bem feitas, porém, acaba pecando no quesito conteúdo. Espero que futuramente, por meio de atualizações, cheguem novos carros, mais personalizações visuais que afetem seus atributos e um modo Carreira que dê uma sensação verdadeira de progresso. Caso contrário, o título pode ficar fadado ao esquecimento, ou lembrado apenas como um game indie que homenageou os jogos da era 16-bits.


Trailer do Jogo


* Esta análise foi feita utilizando uma chave enviada pelos produtores

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Jason Ming Hong

Gamer desde o 1 ano de idade segundo meus pais. Jogo de tudo, porque o importante pra mim em um jogo é divertir. Gosto de jogos com uma boa história, investimento em gameplay sólido e, se rolar, um co-op de sofá. Também sou UX/UI designer, aquela galera moderninha que faz coisas pensando em quem vai usar. Aliás, agora edito o POWdcast, RÁ!

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