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[REVIEW] Skellboy – Um RPG de ação com cara de Paper Mario

Desenvolvido pela Umaiki Games, Skellboy é um RPG de ação com interessante direção de arte que lembra muito uma certa franquia de jogos, de um certo encanador, que em uma certa série de jogos parece feito de papel.

Quando vi o anúncio e pude assistir o primeiro trailer fiquei curioso. O bonito jogo parecia estranhamente familiar e com muitas referências aos tipos de jogos que eu gosto.

O Gênero é consagrado e a inspiração é muito boa, contudo, será que uma boa ideia e uma ótima inspiração são suficientes para garantir um bom resultado e uma experiência agradável para nós jogadores? Será Skellboy uma cópia descarada de Super Paper Mario?

Essas e outras perguntas serão respondidas nas próximas linhas desse Review.

A aparência de Skippy está sempre mudando

Ficha Técnica

Título: Skellboy

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho: 1.3 GB

Desenvolvedora/Publicadora: Umaiki Games/Fabraz

Jogadores: 1

Em Português: Não

Gênero: RPG, Ação

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre


O Mago Rejeitado

O Reino Cubold era um lugar pacífico e agradável para se viver até que o Mago local resolveu se engraçar com a linda princesa.  Sem sucesso em suas investidas e após ser rejeitado, o Mago com o coração partido convocou espíritos malignos para ressuscitar os mortos e também algumas monstruosidades esquecidas pelo reino com o objetivo de trazer a desgraça e o terror para Cubold.

Contudo, o que nosso rejeitado vilão não esperava era que entre todas as aberrações ressuscitadas estava Skippy, o cavaleiro errante e nosso herói que fará de tudo para trazer a paz novamente para Cubold.

Elementos de RPG para todos os gostos

Skellboy é em sua essência um jogo de RPG com elementos de ação e jogabilidade simples. Basicamente temos a movimentação do Skippy com o analógico esquerdo, um botão de pulo, outro de ataque e os botões de ombro para seleção das diversas armas encontradas pelo cenário.

Skellboy apresenta uma nova e interessante mecânica: o corpo de Skippy possui diversas partes intercambiáveis. Isso mesmo! Durante a jornada é possível trocar os pés, dorso e também a cabeça de nosso herói. São diversas partes espalhadas pelo cenário e cada uma delas concede a Skippy uma nova habilidade ou modifica um determinado atributo do nosso personagem.

Skippy

A mecânica agrada e deixa o jogo que já tem uma proposta leve e bem-humorada ainda mais engraçado. As várias possibilidades de combinações de partes diferentes deixam Skippy com aparências surreais. Uma boa ideia para substituir os sistemas tradicionais de armaduras e equipamentos.

Quando o assunto é o arsenal do nosso herói, temos algumas classes de armas disponíveis: ataque rápido, ataque pesado, ataque a distância e projéteis, cada uma com suas características, forças e fraquezas. São várias opções em cada uma das classes.

A dificuldade é elevada e o fator exploração está muito presente durante toda a campanha. Skellboy não é o tipo de jogo que vai conduzir o jogador pela mão mostrando qual caminho seguir ou mesmo onde está o próximo objetivo. A decisão de explorar ou não ou de executar uma Sidequest ou não fica sempre a cargo do jogador.

Ambientes internos também estão presentes

Gráficos e Sons

A direção de arte de Skellboy é sem dúvida nenhuma o seu grande chamariz, justamente por lembrar muito a querida franquia Super Paper Mario.

Os gráficos são simples, nada de textura em alta definição ou com aspecto realista. Tudo é feito propositalmente para lembrar um grande desenho, e a proposta funciona muito bem. Os gráficos são bonitos, coloridos e bem animados. Graficamente Skellboy entrega o que se espera de um jogo deste porte, mesmo com algumas situações onde a queda de FPS é perceptível e os famosos slowdowns acabam aparecendo.

A parte sonora, mais especificamente a trilha sonora, é sem dúvida nenhuma o destaque positivo. As músicas lembram os antigos chiptunes dos 8Bits e, apesar de simples, grudam na cabeça depois da jogatina. Todas as trilhas são bem compostas e se encaixam muito bem na atmosfera do jogo.

Os efeitos sonoros são competentes e discretos. Não acrescentam e nem atrapalham na experiência.

Elementos do cenário são destrutíveis

Veredito

Skellyboy no geral é uma boa experiência, mas não deve agradar a todos os públicos. A dificuldade elevada, loadings demorados, falta de legendas em português (temos apenas inglês e alemão) e mesmo a falta de objetivos claros pode afastar uma boa parcela de jogadores.

Senti um pouco de dificuldade com os combates. A decisão de implementar combate em tempo real com os personagens em papel não foi uma boa escolha. O Hit Box é falho e a perspectiva do cenário em 3D com os personagens em 2D não funcionam tão bem, o que faz com que não seja possível ter precisão nos ataques.

Se você é fã do gênero, se interessou com a proposta artística e está disposto a relevar alguns probleminhas de implementação Skellboy pode ser uma boa pedida.


Trailer do Jogo


*Este review foi escrito utilizando uma cópia fornecida pelos produtores do jogo

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Rodrigo Reche

Oi, eu sou o Rodrigo Reche. Roreche para os íntimos! Sou completamente apaixonado por Videogames. Ganhei meu primeiro console, um Atari 2600, do meu pai em 1984 quando eu ainda tinha 3 anos de idade. Foi paixão a primeira jogada. Nintendista de coração e fã inveterado dos Engenheiros do Hawaii, passei por diversos consoles de todas as gerações, mas ainda guardo um carinho especial pelos consoles antigos.

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