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Jogos baseados em livros (Parte 2)

E aí, gente! Estou eu aqui de volta para falar sobre mais alguns jogos baseados em livros. E para você que ainda não leu o post anterior sobre o assunto, dá uma olhadinha aqui!

Vamos ver se vocês conhecem alguns deles!

Nancy Drew

Nancy Drew é uma série de livros de mistérios que possui vários autores utilizando o mesmo pseudônimo, Carolyn Keene. Estes livros renderam uma série enoooorme de jogos para PC, Wii, GBA e NDS.

Olha a classificação desse jogo, gente!
Olha a classificação desse jogo, gente!

Sabe o que é o mais misterioso nessa história? A maioria absoluta dos jogos protagonizados por Nancy Drew foram produzidos pela Her Interactive, uma empresa que publica quase exclusivamente jogos dessa série. Táá, tem uns dois lá diferentes, mas ainda assim, como se sustenta? Afinal, Nancy Drew não é nenhum Final Fantasy, né.

Tom Clancy’s

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Pra quem não sabe, Tom Clancy foi um escritor e historiador que escrevia sobre espionagem e ciência militar. Ele foi considerado o pai do gênero Thriller tecnológico (ou techno-thriller), que seria uma mistura entre elementos de ficção científica, suspense, ação, espionagem e guerra.

Os seus livros fazem muito sucesso, são dele os best-sellers Caçada ao Outubro Vermelho e Jogos Patrióticos, não seria diferente com os jogos baseados nos seus romances.

Resultado, existe uma série imensa de jogos que levam o nome do autor, alguns baseados diretamente em seus livros, como é o caso Tom Clancy’s Rainbow Six, outros contavam com sua consultoria, e no caso do Splinter Cell, foi apenas apoiado por Clancy.

O primeiro dos jogos foi desenvolvido pela Red Storm Entertainment, que teve como um dos fundadores o próprio Clancy. Posteriormente ela foi comprada pela Ubisoft, que continuou com a produção da série mesmo pós-morte do autor.

The Binding Of Isaac

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Temos lugar para os indie games também! Sim, The Binding Of Isaac, aqueele jogo desenvolvido por Edmund McMillen (também desenvolveu o Super Meat Boy) é baseado em livro sim! Alguém adivinha qual? Hein, hein? Pois é, ele foi inspirado em nada mais nada menos do que o livro mais lido do mundo. Eu sei que você pensou certo, a Bíblia! Tá, não a Bíblia inteeeira, mas a história bíblica que conta sobre quando Deus pede ao Abraão que sacrifique seu filho, Isaque, para provar sua fé.

É um jogo roguelike de ação e aventura. Nele, Abraão é substituído por uma mãe que recebe a mesma mensagem de Deus, e então Isaac foge para o porão de sua casa onde deverá lutar contra vários inimigos. Muitos outros personagens, itens e inimigos também são baseados em histórias bíblicas. Para quem gosta do estilo, o jogo é excelente!

Uma curiosidade, vocês sabiam que McMillen, em 2012, anunciou que existia o interesse de lançar o jogo para 3DS na Nintendo eShop, porém a Nintendo recusou posteriormente por conter conteúdo religioso questionável? Mais tarde, em 2015, a versão remake do jogo intitulada Rebirth foi lançada para Nintendo 3DS e Wii U.

The Great Gatsby

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Provavelmente vocês já ouviram falar sobre O Grande Gatsby, seja pelo romance, que é uma crítica ao “Sonho Americano” escrito por F. Scott Fitzgerald, ou pela adaptação cinematográfica lançada em 2013, estrelada por Leonardo DiCaprio.

Falando do game, você controla Nick Carraway e sua missão é achar Gatsby. Pelo caminho você coleta moedas e também martínis para recuperar a barra de vida.  O mais interessante é que se você for na página About do site oficial, vê que foi apresentado como um jogo antigo e perdido de NES, que o cara diz ter comprado em uma venda, descoberto ser um cartucho japonês chamado “Doki Doki Toshokan: Gatsby no Monogatari” e pede que se alguém souber mais sobre o jogo o avise. Mas na realidade isso é uma brincadeira, o jogo foi lançado apenas em 2011 por desenvolvedores de São Francisco, e você pode jogá-lo gratuitamente aqui, aliás joguem, pois é bom e super rápido!

Menções honrosas de outras plataformas:

BioShock

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BioShock é baseado em algo além de um romance, mas uma filosofia, o jogo gira em torno e explora muito as ideias do objetivismo da autora e filósofa Ayn Rand, e também incorpora influencias de outros autores, como George Orwell.

Basicamente, essa filosofia sugere que a realidade existe independentemente da consciência, que essa realidade chega para nós, seres humanos, através dos sentidos, que o objetivo da vida humana seria alcançar a felicidade e que para alcançar este objetivo só seria possível através de um sistema social que respeitasse totalmente os direitos individuais dos seres humanos. O indivíduo seria livre para perseguir seus próprios interesses, mas também seria responsável pelo seu próprio bem-estar.

Em resumo, o jogo imagina um mundo baseado nessas ideias e acaba buscando obter respostas para a pergunta “Como seria uma sociedade em que todos se importassem apenas consigo mesmos e não devessem lealdade a ninguém além de si mesmos?”. As ideias são levadas ao extremo, assim mostrando o mundo de forma bem crítica, exaltando também suas falhas.

Assassin’s Creed

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De acordo com o produtor, Jade Raymond, o primeiro Assassin’s Creed foi baseado no romance de 1938 chamado Alamut, de Vladimir Bartol. Alguns jogadores devem lembrar que existe uma frase no jogo que diz “Nada é verdadeiro, tudo é permitido.”, pois é, em Alamut existe uma frase bem parecida, “Nada é uma realidade absoluta, tudo é permitido.”. Daí já dá pra perceber a referência, né?

Ainda que esta não seja uma adaptação direta, muitos temas estão presentes nas duas obras, como críticas à forma como os líderes fascistas de grupos radicais manipulavam as pessoas e até alguns cenários.

Spec Ops: The Line

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E finalmente chegamos ao último jogo de hoje, e eu o escolhi pois acho este jogo muito bom, e isso é muito vindo de uma guria que não é fã de jogos de tiro e nem de guerra.

Spec Ops: The Line é uma adaptação do romance  Heart of Darkness , de  Joseph Conrad. Lembram do filme  Apocalypse Now do Coppola? Pois é, ele foi baseado no mesmo livro, e assim como o jogo, adaptou a história a um cenário diferente, mais moderno. O vilão do jogo é John Konrad, uma referência e homenagem ao autor e à Kurtz, o principal antagonista do livro.

Então, o que a gente mais vê por aí são pessoas criticando alguns jogos de guerra por glorificar a violência, mas este jogo trata do tema de uma forma bem profunda e crítica, mostrando os problemas morais e psicológicos que a guerra pode causar, e isso fica bem claro no decorrer da história, enquanto acompanhamos o estado mental do protagonista. Além disso, o game conta com quatro finais diferentes que dependem das suas escolhas no desenvolvimento da história. Se ainda não jogaram e tiverem a oportunidade, eu indico demais!

 

E por hoje é só, pessoal! Mas se vocês tiverem sugestões, dúvidas ou vontade de compartilhar a experiência de vocês com outros jogos, ficaremos muito felizes de vermos sua opinião por aqui. Até a próxima!

 

 

Gostou? Então compartilhe!

Emile

Formada em Desenvolvimento de Jogos Digitais, sou uma apaixonada por filmes, HQ, games em geral e Pixels. Independente da plataforma e da geração, tendo uma boa jogabilidade ou um bom enredo, é muito bem vindo à minha coleção!

4 thoughts on “Jogos baseados em livros (Parte 2)

  • Eduardo Resende

    Ótimo artigo. Bioshock estava na minha lista de interesses, mas eu não sabia dessa influência. Agora ele terá prioridade :D

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    • NintendoLovers

      Que bom que gostou do artigo e que ele te ajudou de alguma forma! Depois nos conte se gostou de bioshock! Hehehehehe! Muito obrigado pela participação! Vamo que vamo!!!!

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    • Emile

      Fico muito feliz que tenha gostado do artigo! E obrigada por compartilhar com a gente, é muito legal ouvir suas opiniões!! Se gostar do jogo, volte e nos conte. :)

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    • Emile Carvalho

      Fico muito feliz que tenha gostado do artigo! E obrigada por compartilhar com a gente, é muito legal ouvir suas opiniões!! Se gostar do jogo, volte e nos conte. :)

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