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Jogadores vs. Desenvolvedores? Atividade vs. Passividade?

Desde alguns anos vem se gestando na indústria de videogames uma forma engessada e limitadora de conduzir o jogador em uma narrativa no universo virtual. Especificamente, e para ficar mais claro, estou falando da passividade que acorrenta cada vez mais nós, fãs de games. Como todo texto, essa dedução parte de um referencial próprio (no caso, das minhas experiências com games), sendo assim, é totalmente aceitável que você se oponha à argumentação que aqui será disposta (faça bom uso dos comentários para expressar sua opinião =D). Então vamos à historinha:

Essa repentina epifania, me surgiu durante a realização de uma meta particular traçada recentemente. Mesmo com as limitações de tempo, decidi que iria “zerar” todos os jogos (ou pelo menos os que eu conseguisse ter acesso) da franquia que mais amo: “The Legend Of Zelda”.

Iniciando minha empreitada, como um digno apaixonado por todos os tipos de jogos, decidi que iria desfrutar das obras de artes da franquia produzidas pela nossa queria Nintendo em ordem cronológica, sem deixar de lado os jogos produzidos para o “nintendinho” (NES) que muitas vezes ficam na sobra do afamado “The Legend Of Zelda: A Link to the Past” (SNES). Portanto, me preparei para começar a jogar o primeiro “The Legendo of Zelda” publicado em 1986.

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Após passar algumas horas me deliciando (ai que delícia cara!) com esse magnífico clássico, percebi que algumas sensações, que eu não sentia há muito tempo, me tomaram de surpresa. Como assim o jogo não te guia para lugar algum? Onde estão os NPC’s dialogando e me instruindo para onde eu devo ou não ir? Quais são os objetivos do jogo? Afinal, onde é o começo e o fim desse negócio?

Esse conjunto de perguntas me fez lembrar os meus 10-12 anos, quando ganhei, tardiamente, pois era mais ou menos 2004, o meu primeiro console, um Super Nintendo semi-novo com a fita original e no plástico, do “The Legend Of Zelda: A Link to the Past” (ainda tenho :)).

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Meu cartucho original e no plástico

Especialmente, recordei de um episódio em que gastei todo o meu dinheiro, que não era muito, em impressões de sites de “detonados”, em uma Lan House perto da minha antiga casa, para descobrir que diabos eu tinha que fazer com aquela princesa que ficava perseguindo um carinha de cabelo rosado e roupa verde por todos os lugares dentro de um castelo cheio de guardas! Bons tempos!

Refletindo um pouco sobre essas lembranças e sensações, percebi que poucos são os jogos atuais que permitem essa liberdade de escolha e/ou descoberta. No “The Legend Of Zelda” de 1986, apesar das suas limitações gráficas – totalmente justificadas pelo período de criação -, me senti, verdadeiramente, um protagonista da narrativa, onde eu realmente decidiria por onde começar e por onde desbravar, sem tutoriais, sem ajuda, sem quase nada, só com o controle e a minha vontade.

Posso estar parecendo um pouco maníaco (MAUHAUAHUAHA), mas essa jogatina representou algo muito especial, pois além da nostalgia proporcionada por um jogo antigo, experimentei uma sensação de atividade em um jogo, coisa que, na minha opinião, vem sendo gradualmente reprimida. Não estou falando que tutoriais são irrelevantes e que todo jogo deveria ter esse caráter de total desprendimento, mas talvez seja interessante não esquecer dessa outra possibilidade de se conduzir um jogo.

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Já que os jogos, em comparação com os filmes, proporcionam maior interação com as pessoas, por que não deixa-las mais livres para desbrava-los? Deveríamos ser a todo instante passivamente guiados pelos criadores do jogo? O quanto esse estilo de jogo previamente orquestrado prejudica a posição de ativo de um jogador?

Na verdade, vejo esse assunto como delicado e particular demais para chegar em uma conclusão sem discutir com amigos. Assim, fica a deixa e o convite de construir essa discussão. O que você acha? Quais são suas opiniões sobre o assunto? Concorda? Discorda? Por que?

Também fica o convite para você experimentar esse mesmo sentimento de liberdade que eu vivenciei em “The Legend of Zelda!” de 1986! Você também percebeu ou eu estou ficando louco? Deixe seu comentário!


player2Este artigo foi feito pelo nosso Player 2 Davi Nobre Mesquita.

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