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[REVIEW] Star Wars Episode I: Jedi Power Battles

Lembra daqueles jogos horríveis que eram tão bons na sua memória? Pois é. A era PlayStation 1 me concedeu várias dessas lembranças mentirosas que são pura nostalgia, mas que revivendo hoje rendem boas horas de decepção e pesadelos garantidos na hora de dormir. Star Wars Episode I: Jedi Power Battles é um desses títulos que me trouxeram lembranças legais por muito tempo, e curiosamente ele era um dos games que eu mais jogava com minha irmã na infância. Bom, ele era muito ruim ou muito bom? Te conto.


Ficha Técnica

Título: Star Wars Episode I: Jedi Power Battles

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 23/01/2025

Tamanho: 10.4GB

Desenvolvedora: Aspyr Media

Publicadora: Aspyr Media

Jogadores: 1-2

Em Português: Não

Gênero: Ação, Plataforma

Tempo de Jogo (em média): 5 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: 10 anos

Preço no Lançamento (BR): R$ 112,76

Preço no Lançamento (EUA): US$ 19.99


A Ameaça Fantasma em 3D

Combate é executado com combos e tiros
Combate é executado com combos e tiros

A proposta aqui é te fazer reviver os momentos do filme Episódio I: A Ameaça Fantasma, mas com bastante ênfase em mecânicas de plataformas, que acabam sendo imprecisas e malfeitas. Pensei que eu era muito exigente quando criança, mas é um fato que os desenvolvedores não souberam fazer um plataforma 3D de qualidade.

Nos primórdios dessa tecnologia, é compreensível criar algo com limitações, mas a sensação passada no game é de que foram além. Pulos, corridas, e qualquer movimento falha ao não ter precisão e te levar às mortes. A versão trazida aqui é a de Dreamcast, que é levemente superior à de PS1,

Upgrades não se aplicam a todos os personagens
Upgrades não se aplicam a todos os personagens

Ademais, fora o uso do sabre e combos executados com elas, o combate envolve o uso de armamentos secundários como granadas e o uso da própria Força, que se mostra não muito eficaz e faz mais é empurrar inimigos longe. Se você escolher um personagem de longe distância, pode usar sua arma para atirar lasers, como a princesa Amidala.

É possível também rebater tiros de armas inimigas, lançando os projéteis de volta a eles e destruindo-os instantaneamente. Não vou mentir que essa é a parte mais bacana da jogabilidade. Entre uma fase e outra, você tem a oportunidade de controlar umas máquinas diferentes que aparecem nos filmes, mas a jogabilidade acaba sendo pior do que controlar os próprios personagens padrões.

Estrutura de fases e co-op

Quem nunca quis jogar com Darth Maul?
Quem nunca quis jogar com Darth Maul?

Mesmo deixando isso tudo de ruim de lado, o ciclo de progresso não tem muita longanimidade. As fases são repetitivas e possuem a mesma estrutura quase que sempre. Você abate inimigos, segue em frente, vai pro andar de cima visualmente falando pra ter a sensação de algum nível de verticalidade, depois enfrenta um chefe com todas as coisas que coletou ao longo do cenário. Esses combates finais consistem em memorizar o padrão do chefe e destruí-lo sem morrer (tanto).

O co-op sempre foi a estrela do game pra mim, e felizmente continua sendo. Jogar em duas pessoas é divertido, mas morrer é decepcionante. Não é possível ressuscitar o parceiro ou reaparecer na fase, sendo que este só retorna no próximo checkpoint. Um sistema de vida teria sido bem melhor e um sopro de vida pra versão modernizada do game.

Modo Duelo é bem qualquer coisa
Modo Duelo é bem qualquer coisa

O que me anima é o fato de todo o conteúdo já estar disponível desde o início, com todos os personagens extras liberados e selecionáveis logo de cara—mesmo que muitos deles sejam mais do mesmo ou até mesmo terríveis de se jogar com. Além disso, também é possível personalizar algumas coisas, como a cor do seu sabre de luz. Espetacular, não?

Campanha à parte, temos o modo duelo que serve, bem, para se destruir com um amigo em combates 1 VS. 1. Esse modo é bem qualquer coisa e satura rapidamente, então não dá pra dizer que é um grande extra. Também temos upgrades entre uma fase e outra na história que, por algum motivo, não se aplicam a alguns personagens. Ao menos dá pra liberar uns combos mais longos.

Memórias pra compartilhar com alguém

A versão portada de Jedi Power Battles nos dá a chance de ver que o jogo não era tão bom, muitos menos feito com qualidade. A repetição e falta de capricho em muitos aspectos aqui é nítida, além de que modos extras não satisfazem o sentido da palavra “extra”. No mais, visuais em HD, alguns extras como personagens desbloqueados desde o início e galeria de imagens e concept arts são o motivo pra você revisitar esse game terrível, se você quiser ignorar o jogo em si e focar somente no que o port tem de diferente.


Trailer do Jogo


* Esta análise foi feita utilizando uma chave enviada pelos produtores

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Jason Ming Hong

Gamer desde o 1 ano de idade segundo meus pais. Jogo de tudo, porque o importante pra mim em um jogo é divertir. Gosto de jogos com uma boa história, investimento em gameplay sólido e, se rolar, um co-op de sofá. Também sou UX/UI designer, aquela galera moderninha que faz coisas pensando em quem vai usar. Aliás, agora edito o POWdcast, RÁ!