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[REVIEW] XIII Remake – Muito estilo e espionagem americana

XIII Remake é uma versão feita do zero do clássico da era PS2, o XIII – jogo de mesmo nome, obviamente. A versão refeita felizmente se mantém fiel a muito daquilo que se via no título original, e até mesmo o game design da época, seja isso para o bem ou mal. Dito isso, é importante trazer à tona a informação de que XIII Remake já foi lançado há algum tempo considerável para outras plataformas, chegando 2 anos mais tarde para o Switch, sendo que o lançamento do port para o console da Nintendo foi cancelado na época. Com toda essa confusão que aconteceu no ano em que XIII Remake saiu para PC, Xbox e PlayStation por conta da quantidade absurda de bugs e falta de polimento, a Microids (publisher do game) resolveu contratar outra empresa para tomar conta da versão para Switch, mas o quanto isso resolveu os problemas?


Ficha Técnica

Título: XIII

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 13/09/2022

Tamanho: 7GB

Desenvolvedora: Tower Five

Publicadora: Microids

Jogadores: 1-13

Em Português: Sim

Gênero: Ação, Tiro

Tempo de Jogo (em média): 8 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: 16 anos


Um espião americano

Arsenal conta até mesmo com facas
Arsenal conta até mesmo com facas

XIII conta a história de, vejam só, XIII, que é um espião que foi, supostamente, falsamente acusado por um crime que ele jura que não cometeu. Porém, isso não é muito possível de ser provado uma vez que suas memórias se foram, e o personagem acaba em uma praia sem lembrar de nada do que aconteceu até então. Porém, após ser resgatado por uma bela loira salva-vidas que estava no local, agentes misteriosos invadem a casa de praia da moça e a assassinam à tiros, enquanto vasculham pela presença de XIII no recinto.

Após essa introdução rápida sobre o universo do game, precisamos nos equipar com toda a sorte de armas ao nosso alcance para eliminar inimigos por todos os cenários pelos quais passamos. Cenários esses, aliás, que oferecem uma variação consideravelmente grande até mesmo pra época. Temos bases militares, bancos, telhados, locais urbanos etc. O mais bacana também é que podemos utilizar elementos que compõem os locais (como cadeiras e bancos) para atacarmos inimigos.

Gráficos no estilo HQ

Fora as mecânicas citadas acima, também é necessário praticar um pouco de furtividade em diversos momentos, para evitar sua detecção, bem como que inimigos ao redor de algum que tenha te visto sejam alertados. Isso complica demais as coisas, já que todos os personagens dos arredores vêm em cima do protagonista e o elimina em questão de segundos. Isso torna o elemento stealth algo bastante recomendado por aqui.

Mesmo assim, à nossa disposição existem armas de todos o tipos, indo desde simples pistolas e revolvers com tambores até lança-foguetes. Como se não bastasse, também existem momentos em que podemos atirar uma pistola com gancho para alcançar certos locais distantes, porém, tome cuidado ao se soltar e cair de uma altura muito grande, já que isso resulta em morte instantânea.

Defeitos e virtudes

Cenários variados

Na questão visual, é admirável o aspecto HQ que o jogo sempre teve, e que no Remake isso foi elevado à enésima potência. Os gráficos são bem bonitos, e digo isso mesmo na versão de Switch. Apesar de plataformas concorrentes terem hardwares bem melhores e trazerem um aspecto visual bem melhor do que no console da Nintendo, é justo dizer que mesmo na Dock ou no modo portátil, XIII Remake é um jogo visualmente honesto. De qualquer forma, a distância de renderização incomoda um pouco já que tudo se torna serrilhado e até mesmo meio difícil de se enxergar.

Porém, nada aqui é tão grave quanto as quedas de quadros por segundo. Normalmente, jogos de tiro exigem uma quantidade de fps mínima de 60, para respeitar a fluidez necessária para realizar um ajuste preciso da mira. Aqui, na versão de Switch, XIII Remake roda a 30fps, e isso nem mesmo acontece o tempo todo. Em momentos de tiroteio com poucos NPCs em tela, os quadros por segundo sofrem uma queda para até 20fps, o que torna a mira lenta e imprecisa ao extremo. Isso se agrava ainda mais se tentar utilizar o sensor de movimento dos Joy-con para realizar o ajuste fino, pois essa ação será realizada com um atraso consideravelmente alto e incômodo.

Por fim, é admirável também o fato da versão de Switch incluir o modo online, cuja adição foi feita tempos mais tarde após o lançamento do game em outras plataformas. Normalmente, ports para o console da Nintendo tem esse modo removido, e é preciso enaltecer a escolha da Microids aqui de manter tal recurso para o Switch. Fora o multiplayer online também existe o local para até 4 pessoas, então se você é amante do clássico GoldenEye 007 para N64, se sentirá bem servido aqui.

Segunda chance mal aproveitada

XIII Remake é, sem dúvidas, um jogo excelente por causa de seu game design simplificado mas eficaz, gráficos estilosos e únicos, além de uma narrativa que convence e passa a sensação de estarmos em um filme de espionagem americana. Porém, essa é segunda vez em 2 anos que a versão Remake é lançada, então a Microids devia ter sido mais rigorosa nos bugs existentes e que foram trazidos para o port de Switch, além da performance no console da Nintendo nitidamente não ter recebido um tratamento adequado. Se você conseguir ignorar esses defeitos e focar na jogabilidade acima da média que XIII oferece, pode apostar que sua experiência será divertida.


Trailer do Jogo


* Esta análise foi feita utilizando uma chave enviada pelos produtores

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Jason Ming Hong

Gamer desde o 1 ano de idade segundo meus pais. Jogo de tudo, porque o importante pra mim em um jogo é divertir. Gosto de jogos com uma boa história, investimento em gameplay sólido e, se rolar, um co-op de sofá. Também sou UX/UI designer, aquela galera moderninha que faz coisas pensando em quem vai usar. Aliás, agora edito o POWdcast, RÁ!

One thought on “[REVIEW] XIII Remake – Muito estilo e espionagem americana

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