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[REVIEW] Maneater – E lá vem o Tutubarão, ou seria Baby Shark?

Quando o clássico Tubarão encontra o jogo Ecco: The Dolphin temos o Maneater. Porém, será que o jogo pode ser considerado o Rei dos Mares ou será que é apenas um Baby Shark? Vamos descobrir nas linhas abaixo.


Ficha Técnica

Título: Maneater

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 25/05/2021

Tamanho: 4.6 GB

Desenvolvedora/Publicadora: Tripwire Interactive

Jogadores: 1

Em Português: Sim (incluindo dublagem)

Gênero: Ação, RPG

Tempo de Jogo (em média): 11 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: 18 anos

Preço no Lançamento (BR): R$ 203,95

Preço no Lançamento (US): US$ 39,99


História

Quando um Tubarão fêmea (tutorial do jogo) começa a espalhar o medo por uma praia cheia de banhistas, Scaly Pete – um caçador de tubarões – a abate. Com a sua caça já no barco, Scaly descobre que a sua presa estava grávida, e pega o filhote. Em uma atitude de desespero, o pequeno tubarão consegue fugir, mas não sem antes abocanhar e levar consigo a mão do caçador.

Scaly Pete, o Capitão Gancho. Nhac nhac nhac. Fonte: Imagem de Divulgação

A partir daí, o jogador começa a controlar o baby shark e conduzi-lo rumo a sua jornada por vingança, buscando evoluir enquanto tubarão e se tornar de uma vez por todas o rei dos mares.

Interessante mencionar que a história é contada por meio de uma espécie de documentário, contando com dublagem em português brasileiro, contando inclusive com a boa localização de alguns diálogos, o que ajuda a criar uma identificação entre o jogador e o jogo.

Jogabilishark doo doo doo, doo doo doo

O Bagre, uma de suas presas. Dizem que ele tem uma cabeça ruim, nhac nhac nhac.

O objetivo do jogo em si é bem simples e intuitivo: você deve comer muito para poder evoluir seu tubarão e conseguir a tão sonhada vingança contra o Scaly Pete. Existem presas que são mansas e servem apenas como fonte de recursos para aprimoramento de habilidades, mas também existem confrontos com outros predadores como, por exemplo, jacarés.

O confronto direto com predadores exige que o jogador execute bastante o movimento de esquiva no momento correto para que, assim, consiga uma brecha de ataque para causar mais dano. Há, ainda, momentos em que seu inimigo investe pesado contra seu tubarão, assumindo uma cor mais dourada. Nesse último caso, se o jogador conseguir uma esquiva perfeita, deixará o inimigo “atordoado” e, assim, conseguirá desferir mordidas ainda mais potentes; caso contrário, o dano que pode advir dessa investida pode gerar grandes problemas, podendo até mesmo ser fatal.

Com relação ao combate, há que se dizer que faltou um sistema de travar a mira em um inimigo; o que existe é um botão para focar em um oponente para tentar atacar, mas a mínima movimentação do seu tubarão já retira o foco do inimigo, fazendo o jogador se perder do oponente, o que exige um novo aperto no botão de foco para centralizar novamente a câmera no oponente. Contudo, o lapso temporal entre a perda do foco e a nova centralização, pode gerar dano ao seu personagem, derrota e frustração.

Em si, Maneater é um RPG de ação de mundo semiaberto, pois apesar de boa parte dos locais serem acessíveis, existem áreas bloqueadas que exigem um certo nível do jogador para acessá-las. Em cada área há uma série de objetivos a serem concluídos, sejam missões principais, secundárias ou outras descobertas escondidas no cenário.

Eu mando aqui. Nhac nhac nhac

Dentre as descobertas escondidas no cenário, existem os marcadores de localização, que são áreas do mapa que contém vestígios do que foi uma civilização um dia. O interessante aqui são as diversas referências às histórias da cultura pop.

Ainda existem as grutas, uma espécie de lar seguro para o tubarão. Nessas grutas, o jogo é salvo e o jogador pode implementar mutações no tubarão. As mutações dão habilidades únicas ao seu tubarão e a decisão acerca da utilização de uma ou outra vai muito de acordo com o perfil do jogador e da situação que ele enfrentará.

Só no outfit, nhac nhac nhac

Conforme se avança no jogo e você começa a consumir seres humanos no café, almoço e jantar, caçadores virão te perseguir, um por vez. Essas lutas são mais difíceis devido a quantidade de inimigos tentando te atacar e, até mesmo, exigindo – em algumas delas – que o jogador pense um pouco sobre uma melhor forma de eliminar o oponente.

Dois já caçaram e já estão com dores. Caça-dores, entenderam? nhac nhac nhac.

Além disso, todas essas descobertas, cumprimento de missões, confronto com caçadores e comilança te dão experiência que ajudam o seu tubarão a evoluir e desbloquear habilidades. Além dos níveis numerados, há ainda uma escala de idade do tubarão, sendo elas: filhote, adolescente, adulto e mega.

Para aumentar o nível você deve, além de se alimentar, descobrir alguns pontos de referência no mapa. Esses pontos podem ser baús de tesouro, marcadores de localização (que trazem referências à cultura pop) ou placas.

Um grande problema com a exploração que eu encontrei foi a ausência de um minimapa, o que dificulta a navegação por existirem várias bifurcações ao longo de um caminho do ponto A para o ponto B. Isso acaba exigindo que jogador entre e saia do mapa do jogo o tempo todo, o que acaba tornando a gameplay um pouco exaustiva.

Gráficoshark doo, doo, doo, doo, doo, doo

Os gráficos do jogo estão bonitos e bem feitos, porém o jogo possui alguns serrilhados em algumas áreas que são bem perceptíveis. Em outros momentos, há a renderização de alguns objetos decorativos do cenário apenas quando estão próximos do seu personagem.

Bayou Willy, ou seria serrilhado Willy? Nhac nhac nhac

No modo portátil, no entanto, fica um pouco mais difícil de jogar pelo tamanho da tela. Alguns peixes são minúsculos e difíceis de visualizar até mesmo em uma tela maior, e uma tela reduzida torna a experiência ainda mais difícil.

Os inimigos (humanos ou animais) e o cenário são muito bem feitos e possuem animações boas e fluidas. Porém, há que se destacar que – quando está de noite – o jogo fica bem difícil de se movimentar e confrontar os inimigos, pois tudo fica excessivamente escuro ou turvo.

Efeitos sonoros e Músicashark doo, doo, doo, doo, doo, doo

Os efeitos sonoros estão competentes, mas no quesito som o grande destaque vai mesmo para a dublagem, principalmente do narrador. Ele te traz a impressão de estar assistindo àqueles documentários que passam em canais da TV a cabo.

A localização dos diálogos, como dito anteriormente, também está excelente, trazendo referências brasileiras para as situações do jogo.

Os efeitos sonoros estão bons e cumprem o papel.

Veredishark doo, doo, doo, doo, doo, doo

Estou chocado! Nhac nhac nhac. Fonte: Divulgação

Maneater é um jogo simples e divertido, trazendo uma ideia mais casual e um bem-vindo descompromisso com a realidade. Infelizmente o jogo peca em seu principal aspecto: a jogabilidade. Os problemas elencados acima prejudicam a experiência e ofuscam um pouco o brilho que o jogo poderia ter, já que a ideia é muito boa.

A sua dublagem e localização estão excepcionais e dão a inclusão para jogadores que querem jogar também pela história e pelas piadas, já que o jogo também é muito bem-humorado.

Acredito que este jogo seja para aqueles que gostam de um RPG mais descompromissado, com um bom humor característico e focado na diversão; e, claro, para aqueles que gostam de tubarões. Contudo, atente-se para os problemas citados nesta análise, pois eles podem fazer sua diversão ir por água abaixo.


Trailer


* Esta análise foi escrita utilizando uma chave enviada pelos produtores

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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