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[REVIEW] Ori and the Blind Forest: Definitive Edition

Um espírito da floresta deve reestabelecer o equilíbrio de um ecossistema destruído. Para isso, contará com suas próprias habilidades em um jogo Metroidvania para lá de bonito. Mas será que esse jogo supera as expectativas?


Ficha Técnica

Título: Ori and the Blind Forest: Definitive Edition

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho: 3,5 GB

Desenvolvedora/Publicadora: Moon Studios GmbH/Microsoft Studios

Jogadores: 1

Em Português: Sim

Gênero: Metroidvania

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre


História

Ori é um espírito perdido da floresta, sendo adotado ainda quando um bebê pelo Naru, uma espécie de Yeti que vive em uma área da selva. Os dois vivem bem e contentes sem ter ideia da real condição de Ori. Então, é mostrado o dia a dia dos dois juntos até que a escassez de suprimentos mata Naru. Sem chão, ori se vê solitário em uma jornada para recuperar seu habitat.

A história em si é simples, mas bem bonita. Há momentos em que você se pega refletindo sobre as reais intenções e motivações de certos personagens, o que é bastante interessante. Não que ela seja inovadora, mas ela é bem tocante, principalmente pela parte artística conseguir passar bem os sentimentos de cada cena chave da trama.

Audiovisual

Tanto a parte gráfica quanto sonora deste jogo estão impecáveis. Cada tela poderia ser facilmente impressa e gerar um belo quadro para adornar a sua sala. Usando um sistema de cores que lembram pinturas, esse jogo comprova por A+B que videogame é sim uma forma de expressão artística.

As músicas são maravilhosas e você pode facilmente escutá-las em qualquer momento do seu dia, tamanha a qualidade delas. São músicas orquestradas e até certo ponto relaxantes. Se eu pudesse dar uma palavra para definir a trilha deste jogo seria: serenidade.

Jogabilidade

Este é um Metroidvania clássico, com habilidades sendo desbloqueadas e novas áreas sendo acessíveis ao longo da jogatina. Pulo duplo, pulo na parede, escalada, todas são técnicas que Ori vai ganhando ao longo da jornada e que possibilitam que ele alcance os seus objetivos.

Além disso, existe uma árvore de melhorias com que você poderá “facilitar” um pouco a sua vida. Essas atualizações vão desde a ver determinados itens no mapa quanto a ataques mais poderoso e efetivos, você escolhe o que quer evoluir. Neste aspecto, o jogo ganha muito em pessoalidade, uma vez que o jogador define as suas escolhas baseado unicamente em seus gostos pessoais.

O jogo em si tem uma dificuldade bem balanceada com excelentes desafios de plataforma. Há um level design de encher os olhos e tudo que está presente na tela se conversa. É uma harmonia que te dá uma paz de espírito, mas que te desafia a cada momento, em cada pulo. Um aspecto a se destacar são os movimentos de Ori, que trazem uma leveza e agilidade que o próprio design do personagem transmite.

Entretanto, apesar de todos os elogios feitos ao jogo, há certos aspectos que me incomodaram um pouco, e tentarei detalhar a minha experiência. Ressalto que as linhas abaixo retratam uma experiência pessoal, ok?

Em determinados pontos, o jogo te exige escalar toras de madeira (ou qualquer outra micro-plataforma) e se apoiar em sua parte superior, que é bem pequena. Ocorre que Ori escala, porém ao chegar ao topo da plataforma, ele não sobe simplesmente, mas dá um pulinho para frente, fazendo o jogador passar direto, caindo assim do outro lado da plataforma.

E isso ficou mais evidente para mim nas partes de perseguição. Esta falta de precisão nos comandos acabou que me frustrou um pouco, pois foi uma luta desenfreada pelo controle e, por diversas vezes, morri por causa desse problema e não por minha causa.

Um outro aspecto é a habilidade de “estilingue”. Essa técnica consiste em você apertar um botão e “agarrar” um inimigo ou um projétil. Nesse momento o tempo para, você seleciona uma direção para a qual Ori será lançado, e o oponente é lançado na direção oposta. Ocorre que, neste tipo de movimento, eu estou acostumado com o padrão invertido, ou seja, coloca para baixo quando se quer atirar o herói para cima. Mesmo após horas jogando, eu não me adaptei com o padrão de Ori e gostaria de poder configurar o controle para utilizar os comandos de forma invertida, mas não é possível realizar tal alteração.

Eu tive alguns outros problemas com este jogo, mas esses foram os que mais me impactaram.

Veredito

Ori and the Blind Forest é um jogo lindo, com música maravilhosa e uma gameplay muito boa. Mesmo com os problemas vivenciados por mim, este ainda é um bom jogo para se ter no Switch.

Este é um bom representante do gênero Metroidvania e que te divertirá e te desafiará por horas a fio. Importante ressaltar que este jogo tem uma dificuldade de moderada a elevada, não sendo um jogo trivial e aconselhado para jogadores mais casuais.

Essa versão conta com as DLCs já lançadas, o que prolonga a jogatina. Além disso, o jogo está em português e permite a compreensão da história por todos os jogadores.

Até o próximo post!


Trailer


Este Review foi feito utilizando uma cópia enviada pelos produtores.

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.