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[REVIEW] Aldred: Knight of Honor – Um desafiante jogo de plataforma com cara de Master System

Aldred: Knight of Honor é um clássico jogo de plataforma inspirado nos jogos de mesmo estilo da época de ouro dos Videogames de 8 Bits.

Com uma abordagem direta, desafio elevado e gráficos pixelados, Aldred busca cativar o jogador pela nostalgia e por um gameplay simplificado.

Contudo, será que um jogo puramente de plataforma com visual simplificado é capaz de prender a atenção dos jogadores por mais do que algumas poucas horas? É isso que vamos descobrir nas próximas linhas deste review. Então vista a armadura, afie a sua espada e prepare-se para perder muitas vidas enquanto segue conosco em mais uma análise.


Ficha Técnica

Título: Aldred: Knight of Honor

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho: 128Mb

Desenvolvedora/Publicadora: Bitstain/QUByte

Jogadores: 1

Em Português: Não

Gênero: Plataforma

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre


Direto ao Ponto

Game brasileiro desenvolvido pela Bitstain e publicado pela QUByte em parceria com a Game Nacional, Aldred: Knight of Honor conta a história de Aldred, o mais poderoso espadachim de Divini Flame que precisa livrar o reino de um grande mal. O enredo é simples, assim como os jogos apresentados na geração de consoles de 8 Bits da segunda metade dos anos 80 onde o que importava realmente era a diversão e um bom gameplay.

Ao iniciar Aldred pela primeira vez é satisfatório perceber que não temos um tutorial ou uma série de dicas “pipocando” na tela a todo instante, como é costumeiro nos jogos atuais. O jogador deve descobrir por conta própria quais são os movimentos que nosso cavaleiro é capaz de executar e quais são as suas habilidades.

Em resumo, é ligar o console e começar a jogar. Assim, direto ao ponto e sem enrolação. Chega a ser prazeroso descobrir algumas coisas por conta própria sem o jogo conduzir nossas ações, além de nos fazer refletir se realmente precisamos de tantas instruções antes de começar um novo jogo.

Tela de Abertura

Jogabilidade

Aldred é um jogo de plataforma na sua mais pura essência, em que precisamos conduzir nosso herói do ponto A ao ponto B em todas as fases. E são mais de 25 desafios divididos em 3 mapas como algumas batalhas contra chefes. Nos estágios iniciais os caminhos são lineares, porém, conforme avançamos para os níveis mais altos, os cenários se tornam mais complexos e o elemento de exploração acaba entrando em cena.

Em cada uma das fases temos 3 emblemas para coletar e um refém para salvar, o que acaba aumentando e muito o fator replay. A tarefa de completar 100% de cada fase é bastante fácil no começo, mas, conforme os cenários vão ficando maiores e mais complexos, a tarefa realmente se torna bastante desafiadora e um mapa de cada cenário aqui faz bastante falta, já que o recurso não está disponível.

Os desafios a serem superados em cada fase são inúmeros: buracos, espinhos, lanças e trechos submersos. Sim as fases da água estão presentes, mas não são fases inteiras debaixo d’água, mas sim pequenos trechos em que Aldred precisa ficar submerso. Não é possível nadar e obviamente a movimentação de nosso cavaleiro fica comprometida. Some a isso à mecânica de oxigênio limitado e o caos está instaurado.

Mesmo fora da água a movimentação de Aldred pelo cenário é um tanto quanto travada. Não espere movimentos ágeis como em Ninja Gaiden, afinal de contas estamos falando de um cavaleiro da idade média em uma armadura de metal. Em diversos momentos me lembrei de quando jogava Rastan no meu velho Master System e não pude deixar de sorrir.

Além de atacar com sua espada, Aldred é capaz de saltar utilizando pulos duplos (sério isso?), utilizar magia com uma bola de fogo que consome mana e também se transformar temporariamente em um cavaleiro dourado aumentando assim sua resistência e o dano causado.

Conforme derrotamos os inimigos através dos cenários, coletamos moedas que podem ser utilizadas em algumas fases onde encontramos um mercador pelo caminho (que me lembrou um pouco o vendedor de Resident Evil 4), que além de loja tem a função de ser um checkpoint. Com o mercador é possível comprar upgrades permanentes para Aldred ou itens consumíveis de vida, mana, transformação etc. Como o preço dos upgrades é elevado vale a pena farmar algumas moedas revisitando algumas fases (principalmente os chefes) para juntar uma quantidade boa e efetuar todos os upgrades, facilitando assim um pouco o jogo.

Aldred também conta com algumas armas adicionais que são conquistadas quando completamos um mapa. As armas possuem atributos e devem ser escolhidas com sabedoria para facilitar as coisas. O machado, por exemplo é mais forte do que a espada, entretanto é significativamente mais lenta. Não existe uma arma melhor ou pior, a escolha da arma correta vai depender do estilo do jogador e também da necessidade de cada fase.

Gameplay

Gráfico

Graficamente Aldred vai na contramão da grande maioria dos jogos em pixel art atualmente disponíveis, isso pelo fato de apresentar um jogo mais com cara de Master System do que os de Nintendinho/Super Nintendo. Por isso, ponto para a direção de arte. Graficamente tudo funciona muito bem. O jogo é colorido, bonito e tudo parece se encaixar muito bem com a proposta.

Sons

As músicas do jogo são muito boas, mas a quantidade de faixas disponível é pequena. Fico com a triste sensação de que o pessoal poderia gastar um pouco mais de tempo aqui e entregar um número maior de trilhas para o jogo.

Os efeitos sonoros infelizmente não são muito bons. Os sons são abafados e passam a impressão de que foram captados ou produzidos sem muito polimento.

Em linhas gerais, o jogo merecia um carinho maior com a parte sonora, seja nas músicas ou nos efeitos.

Veredito

Aldred: Knight of Honor cumpre bem o seu papel. Se você busca um jogo de plataforma com desafio elevado e uma boa dose de nostalgia esse jogo é para você.

Obviamente ele não é perfeito e está muito longe disso. Problemas com a parte sonora e algumas pequenas falhas técnicas como problemas com hitbox estão presentes durante toda a gameplay.

Entretando analisando Aldred por todos os angulos, podemos afirmar sem sombra de dúvidas que os pontos positivos são a grande maioria. O jogo é dinâmigo, gostoso de jogar, bonito graficamente e desafiador.  As batalhas contra os chefes então, são um show à parte.

Vale muito a pena conhecer Aldred e colocar a prova todos os seus reflexos e a sua memória muscular com esse fantástico jogo de Plataforma.

Boss Battle

Trailer


Este review foi feito utilizando uma cópia enviada pelos produtores.

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Rodrigo Reche

Oi, eu sou o Rodrigo Reche. Roreche para os íntimos! Sou completamente apaixonado por Videogames. Ganhei meu primeiro console, um Atari 2600, do meu pai em 1984 quando eu ainda tinha 3 anos de idade. Foi paixão a primeira jogada. Nintendista de coração e fã inveterado dos Engenheiros do Hawaii, passei por diversos consoles de todas as gerações, mas ainda guardo um carinho especial pelos consoles antigos.

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