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[REVIEW] Unruly Heroes – A lenda do Rei Macaco voltou

Inspirado na “Jornada para o Oeste”, uma das histórias da riquíssima cultura chinesa, este jogo traz o Rei Macaco em mais uma aventura. Mas será que esse jogo vira uma lenda milenar ou é apenas um conto que será esquecido com o tempo? É o que veremos nesse review.


Ficha Técnica

Titulo: Unruly Heroes

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho: 3.8 GB

Desenvolvedora/Publicadora: Magic Design Studios

Jogadores: 1

Em Português: Sim (Legendas)

Gênero: Plataforma

Save na Nuvem: Sim.


Senta que lá vem a história

Jornada Para o Oeste é uma das grandes histórias da riquíssima cultura chinesa. Tanto é verdade, que o Rei Macaco têm sido retratado ano após ano em obras literárias, cinematográficas, televisivas e até mesmo em games. Goku é, com certeza, um das suas versões mais populares.

A equipe da Magic Design buscou fazer uma releitura desta história chinesa, porém utilizando uma linguagem mais moderna e com profunda leveza, fazendo uso de diálogos que são recheados de bom-humor, o que torna a história menos “séria”. Porém, este não é um jogo que procura se sustentar em uma história bem elaborada e profunda, mas sim na jogabilidade.

Por falar na jogabilidade….

Quatro personagens para até quatro jogadores! Este é um título que deve ser muito divertido se for jogado em grupo, o que infelizmente não consegui testar já que o modo online encontra-se vazio e não tenho com quem jogar este jogo localmente. Logo, irei me ater aos detalhes da campanha single player.

Cada personagem conta com jogabilidade distinta dos demais. O Rei Macaco ataca agilmente com seu bastão real e possui o pulo duplo a seu favor. Já o monge Tang Sanzang possui o pulo mais alto e consegue planar, além de atacar com agilidade utilizando bolas de energia que pairam sobre a sua cabeça. O porco Zhu Bajie, contrariamente ao que seu biotipo pode sugerir, consegue pular alto e planar utilizando suas avantajadas orelhas, mas seus ataques aparentemente são um pouco mais lentos. Já o brutamontes Sha Wujing, utilizando sua imensa força, resolve as coisas com os próprios punhos e consegue dar o pulo duplo. Além disso, cada personagem possui uma barra de especial que, quando completa, é utilizada para dar um golpe mais poderoso e devastador.

Encorpando ainda mais a lista de jogabilidade, temos as habilidades para resolução de “puzzles”. Cada personagem possui uma estátua com sua imagem. O Rei Macaco, por exemplo, consegue criar um bastão de energia que serve de ponte para os heróis atravessarem; o monge cria uma bola de energia que é disparada e deve acertar os alvos para abrir passagens; e o porco consegue virar um balão e subir ao infinito e além. O brutamontes não possui uma estátua, mas existem áreas em que ele tem que quebrar pilares de pedra com os punhos para poder avançar.

Um outro ponto a se destacar é a alternância de gameplay que os desenvolvedores colocaram no jogo. Em várias fases são acrescentados alguns elementos distintos, um para cada mundo (que não darei spoiler), o que muda completamente a jogabilidade e faz com que o jogador tenha que se adaptar às novas mecânicas.

Por fim, temos várias lutas contra chefões e contra alguns mega-chefes. Em si não há nada complicado com os chefes comuns, são até bem fáceis de derrotar, bastando zerar a barra de vida de cada um deles e pronto, ele está eliminado. Já os mega-chefes são um pouco mais complicados e envolvem lutas contra três formas distintas. Cada forma eliminada traz uma outra que envolve uma jogabilidade diferente, o que é bem interessante.

Mega-chefe em ação!

Mas isso é um Romero Britto?

Visualmente falando, este jogo lembra muito o Rayman. E não é para menos! Os desenvolvedores da Magic Design trabalharam na Ubisoft antes de montarem seu próprio estúdio. Na Ubi eles participaram do desenvolvimento de jogos como Rayman e do Valiant Hearts.

Todos os desenhos deste game foram feitos à mão. E nossa! Eles são tão agradáveis aos olhos que caberiam facilmente em qualquer quadro para enfeitar a sua sala. Há uma harmonia entre cada elemento, elemento este pensado para aquele mundo.

E a equipe de animação não fica atrás. Todos os personagens controláveis, inimigos e cenários possuem movimentos tão fluidos que impressionam e que me agradou demais. Várias e várias camadas de animação foram criadas, causando um efeito paralaxe que dá uma imersão maior para a sua aventura.

Várias e várias camadas criando o efeito paralaxe.

Como é bonito parar e admirar cada cena deste jogo! Para cada nova cena, para cada novo mundo, o que remanesce é somente a vontade de aplaudir de pé o trabalho artístico desta obra!

Música para os meus ouvidos

Como é baseado no romance chinês, este jogo conta com músicas com traços chineses. E posso dizer-lhe que é uma música melhor que a outra. O som ambiente fecha com chave de ouro a experiência, que fica ainda melhor se forem utilizados os famosos fones de ouvido. Importante salientar que as dublagens são todas em inglês, porém há a possibilidade de utilizar legendas em português.

China, we have a problem!

Infelizmente os desenvolvedores perderam a oportunidade de criar puzzles memoráveis para cada fase, e com isso a experiência se esvazia um pouco. A utilização das habilidades das estátuas são simplistas demais e não exigem nada do jogador, apenas que aperte um botão.

Um outro problema que consigo apontar é a escolha da mecânica da troca de personagens. Apenas o botão L é utilizado e, uma vez apertado, é selecionado o próximo personagem, rotacionando entre os disponíveis na seguinte ordem: macaco, monge, porco, brutamontes. Ocorre que constantemente você passa do ponto e tem que passar novamente por toda a lista de personagens para selecionar o desejado, o que pode ser extremamente irritante. Por estar acostumado com outros jogos com este tipo de seleção, por diversos momentos eu apertava o botão R (que é utilizado para esquivar e rolar) para selecionar o que personagem mais à direita, o que me fazia cair em precipícios e morrer. Isso pelo fato de jogos que utilizam esta mecânica de alternância circular de personagens sempre terem botões de “próximo” e de “anterior”, o que foi ignorado pelos desenvolvedores que resolveram colocar apenas o botão de “próximo”.

Por fim, o jogo possui tantos problemas de utilização dos comandos que me deixou frustrado. Bugs e problemas no design das fases (ex: posicionamento de algumas plataformas) em alguns pontos prejudicam muito a precisão do jogador, o que neste jogo torna-se é fatal. O último chefe é um desses casos em que eu morri diversas vezes por causa desses problemas.

Veredito

Unruly Heroes é um daqueles jogos que enchem os olhos de qualquer pessoa que goste de videogames. Porém recomendo para aqueles que gostem, especificamente, de desafios de plataformas.

Seu bom humor, experiência sonora e variações de gameplay são sensacionais. O jogo está com legendas em português, o que representa uma grande vantagem para o público brasileiro.

Todavia, apesar dos elogios do parágrafo anterior, é difícil deixar de lado a quantidade de problemas que esse jogo apresenta em horas chave da jogatina. Seja por escolhas de utilização de botões, a meu ver, equivocadas; seja por problemas que afetam muito a precisão e que podem assim acabar com a experiência de alguns jogadores.

Atualmente este título custa 20 dólares, ou seja, um preço alto em se tratando de jogos indies. Portanto, é importante que você analise tudo que foi dito neste review para que tome a sua decisão acerca da compra.

É isso! Espero que este review tenha sido útil para você. Diga nos comentários se você pretende comprar ou sua opinião sobre este jogo, caso você já tenha adquirido. Até o próximo review!


Trailer do Jogo


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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

4 thoughts on “[REVIEW] Unruly Heroes – A lenda do Rei Macaco voltou

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