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999: 9 Hours, 9 Persons, 9 Doors

Hoje falarei de um jogo que invariavelmente aparece nas listas de melhores jogos de DS. Isso é extremamente explicável, pois se trata de uma história genial sendo contada por meio de um videogame. Hoje falarei de 999: 9 Hours, 9 Persons, 9 Doors.

Num primeiro momento este jogo causa até uma estranheza, pois é focado basicamente na narrativa da história. Ele é um legítimo representante do gênero Visual Novel (tipo de jogo muito mais focado no enredo do que na jogabilidade em si, ou seja, é quase um “livro” com partes de gameplay), e é um jogo que a partir do momento em que você se conecta à história (o que já acontece nos primeiros frames), você não consegue mais desgrudar dela.

Sinopse da História


Em uma trama cheia de mistério, o jogo começa com seu personagem, Junpei, acordando em um quarto de navio, eis que o navio começa a afundar e a jornada para escapar da morte começa. Tudo é muito luxuoso e cheio de antiguidades dentro desse navio.

Junpei então repara que possui um bracelete eletrônico marcando o número “5”. Após alguns minutos de jogo, você descobre que existem mais 8 pessoas também com braceletes numerados de 1 a 4 e de 6 a 9, e que todos  vocês foram raptados por um Vilão, o Zero, que conta que eles têm 9 horas para alcançar uma porta com um número 9 pintado, caso contrário morrerão. No entanto, para obter êxito, terão que trabalhar em equipe.

Com essa cara e enredo à la “Jogos Mortais” a trama fica mais interessante a cada interação entre os personagens e a cada decisão que você toma.

Jogabilidade

Conforme foi supramencionado, o jogo em si é focado na história com alguns momentos em que você deve resolver os puzzles para avançar no jogo. Antes de continuar a explicação da jogabilidade é importante dizer que o jogo usa e abusa de uma brincadeira matemática: a “raiz digital” (digital root) de um número. Funciona assim, você vai somando todos os algarismos de um número até que gere um número de um único algarismo. Ex: 173 => 1+7+3 = 11 => 1+1 = 2. A raiz digital de 173 é o número 2.

Com a explicação anterior, podemos avançar. Cada uma das 9 portas principais tem um número indicando a raiz digital que terá que ser formada para entrar. Os grupos são formados olhando os braceletes de cada um e aproximando-os de um leitor. Se a raíz digital da soma dos braceletes coincidir com o número pintado na porta, ela se abrirá.


Importante, porém, ressaltar que somente as pessoas que apresentaram o bracelete no leitor da porta é que podem atravessá-las, qualquer outro que tentar atravessar, explodirá. E após atravessar, é marcado um tempo para que todos os que entraram na porta atravessem o corredor e passe os braceletes no outro leitor, para que não explodam também.

Além dessa mecânica principal, existem vários e vário puzzles inteligentes durante o jogo, o que deixa a experiência fantástica.

Conclusão.

Eu não vou contar muito mais coisas aqui, pois seria spoiler. Você encontra este jogo na coletânea “Zero Escape: The Nonary Games” para jogar no 3DS, PS4, PS Vita e PC, e acredite: se você gosta de Visual Novel é uma experiência fantástica, porém advirto-o que é necessário um certo domínio do inglês para poder usufruir do jogo em sua plenitude.

Vale ressaltar também que o fator replay do jogo é excelente, afinal, é preciso fechar o jogo várias vezes e cada uma delas vai te levar por caminhos muitas vezes diferentes. Fora que às vezes é possível passar por uma mesma porta com personagens diferentes, o que muda completamente as interações.

Fica aí a recomendação para vocês jogarem esse jogaço e, se você jogou, mande a sua experiência para a gente.

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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