Caos: Novo Wii U Pro e exclusivos Nintendo em outras plataformas!

“Após vender diversos Wii U’s e garantir que suas franquias estivessem presentes apenas em consoles da empresa, a Nintendo decidiu abusar um pouco mais dos seus fãs, lançando uma nova versão do Wii U simulando um 4K e distribuindo seus jogos para além de seus consoles”. Sim, parece notícia do Sensacionalista, mas não duvidamos que essa seria a reação da maioria caso a Nintendo decidisse seguir o mesmo caminho de suas “concorrentes”, tentamos entender essa boa vontade exagerada em elogiar certas empresas e condenar outras.

Nada perfeita

Antes de colocarmos uma auréola na Big N e atacarmos aqueles que a criticam mesmo sem conhecer, vamos deixar claro que a empresa não “acerta” em algo grande já faz algum tempo, e sua arrogância, em alguns aspectos, nos faz entender um pouco de toda essa injustiça que ela vem sofrendo. As baixas vendas do Wii U e o crescimento de uma geração de jogadores que não foram cativados pela magia Nintendo só escancararam algumas de suas características desde o 64.

Os últimos 4 anos da Nintendo se resumiram, basicamente, em um lado apostando no fracasso do Wii U e até na falência da Big N enquanto os fãs acreditavam na empresa devido aos grandes jogos do console e o sucesso do 3DS, quanto mais o tempo passava e os objetivos não eram atingidos, mais a Nintendo se aproximava da primeira previsão. Esse “atraso” para as concorrentes foi um prato cheio para detonar ainda mais a única empresa que oferecia uma experiência diferente e, ao mesmo tempo, promover aqueles que necessitavam vender gato por lebre.

Influência Midiática e os Fanboys

Em pleno século XXI e com toda essa tecnologia que temos hoje, ainda existe uma boa parcela de jogadores que se deixam levar pelas opiniões alheia, a mídia sobre games, muito presente na internet, tem papel fundamental nisso, muitas vezes baseando-se em seus próprios valore$. Isso acabou se tornando uma onda que dividiu aqueles jogadores mais casuais, criando uma concorrência entre iguais (alguma diferença nos exclusivos e opções genéricas) e deixando de lado a única empresa que decidiu não se vender para esse movimento, coincidência não?

As críticas e censura de suas propriedades sendo exploradas na internet, atrelado a todo um cenário já desfavorável e sua saída do país, só pioraram a imagem da empresa e foi o estopim para o Rage daqueles que aderiram ao PS4 ou Xbox One, mesmo sem conhecer um Wii U – muitos ainda acham que é um portátil. Essa falta de interesse e vontade de conhecer o novo foi fundamental para a baixa popularidade do console, que acabou perdendo até os fãs mais assíduos e foi esquecido por veículos que poderiam impulsionar um pouco mais a excelente experiência que a Big N traz.

A onda do $uce$$o

A vinda do Switch, entrada no mercado Mobile e a mudança de mentalidade da Nintendo foram o suficiente para atrair a atenção do mundo novamente, o hype da “nova Big N” ganhando espaço em grandes portais e atraindo mais gente é muito mais intere$$ante do que foi com o excelente Wii U. Isso é uma amostra clara que a indústria “deixou de se divertir para divertir os outros”, ainda encontramos autenticidade em muitos conteúdos de games, mas no geral há uma imparcialidade por aquilo que atrai mais views e visita em sites.

Tentar transformar a Nintendo em uma empresa como a Sony e a Microsoft, desvalorizando seus jogos coloridos e cobrando jogos mais “hardcore” foi o jeito mais banal de criticá-la – enquanto há diversos motivos mais coerentes – porém é simples entender essa motivação, ter mais do mesmo em um só lugar facilita para toda essa leva que procura embarcar em seu sucesso.

Teimosia Importante

Enquanto muitos se decepcionaram com o fato do Switch manter a escrita Nintendo e ter algo diferenciado em seu gameplay, há aqueles (esse que vos fala, por exemplo) que comemoraram o fato da Big N se manter fora do fogo cruzado entre Microsoft e Sony, mesmo sabendo que essa estratégia é um tiro no escuro. Arriscar dessa forma, considerando os erros no Wii U, pode colocar a Nintendo no topo ou repetir as baixas vendas do último console, os “especialistas” baterão o dobro nela caso o raio caia duas vezes no mesmo lugar.

A Nintendo não sobreviveu a tantas mudanças no mercado à toa, manter sua essência e fazer aquilo em que acreditava foram fundamentais para Mario, Zelda e Pokémon se tornarem o que são hoje e o preço pago por isso é ser vista como uma empresa que parou no tempo – o que não discordamos completamente. Enquanto a concorrência se mata por mais casas decimais em números de vendas, colocando em cheque sua identidade, a Nintendo, mesmo em uma era onde tudo é vendido, procura criar raízes com seus fãs e deve continuar sendo nosso ponto de fuga para a mesmice.