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Cinema X Games: Vivendo Um Personagem!

Sabemos que a indústria do entretenimento muda muito ao longo dos anos. Passamos por batalhas de gladiadores, óperas, teatros, circos, artistas de rua e tantas outras que eu ficaria horas aqui enumerando-as.

É impressionante ver que o que começou como uma “brincadeira de criança” virou coisa séria, cinematográfica! Aliás, o cinema hoje em dia corre atrás dos videogames! Para se ter uma ideia, atualmente, a indústria dos games supera em mais de 3 vezes a arrecadação dos cinemas e isso têm feito os custos dos jogos atingirem patamares antes nunca visto. Por exemplo: GTA 5 custou 265 milhões de dólares e arrecadou 800 milhões de dólares só nas primeiras 24 horas de venda.

gta5
GTA 5 imprimiu dinheiro.
Mas o que o pessoal vê nos videogames que não vê nos cinemas? Bom, ambas as mídias fazem você se sentir dentro daquela história. Essa imersão é o que te faz, por exemplo, ter medo de um filme de terror ou ter o coração acelerado com aquela correria de um filme de ação. Entretanto, um jogo vai além e permite você viver a vida do personagem. Resumindo: nos filmes, você está preso à visão que o diretor quer que você veja, ou seja, você é o espectador daquela história; nos videogames você tem mais liberdade para agir conforme sua vontade, fazendo de você o protagonista daquela trama!

Por conta disso, os videogames oferecem uma experiência mais completa. Em um único jogo podemos ter praticamente todas as formas de entretenimento juntas  em uma única experiência. Nele você tem a música, os documentos/arquivos que são importantes para a complementação da história apresentada, a atuação em alguns jogos feitos por atores de verdade, a cinematografia de uma cutscene, e até mesmo a possibilidade de definir o caráter e rumos do personagem, possibilitando você ter inúmeros finais para uma mesma trama.

Walking Dead: um jogo que faz com que suas ações interfiram na história contada gerando, assim, vários finais.
Walking Dead: um jogo que faz com que suas ações interfiram na história contada gerando, assim, vários finais.
Cabe ressaltar que ambas as mídias (cinema e jogos), hoje em dia, têm histórias complexas e têm equipes bem parecidas, com pessoas que fazem os roteiros, dublagem, efeitos, iluminação, trilha sonora, etc. No entanto, os games têm explorado novas formas de contar uma história (coisa que o cinema não conseguiu aacompanhar ao longo desses anos)!

Outro fator de destaque é que durante um jogo você desliga totalmente aquela chavinha do realismo que há em sua cabeça. Sabe aquela chavinha que quando você vê algo “mentiroso” em um filme te desconecta dele, te trás de volta à realidade e, muitas vezes te faz perder o interesse pela história? Nos videogames isso é diferente! Você escala uma igreja alta e pula láááá do alto em um punhado de palha como se fosse a coisa mais comum do mundo. Você tem munição infinita e não liga para isso. Você pula de um lado para o outro em paredes e simplesmente ignora esse fato. Fica um tempo absurdamente grande dentro da água sem respirar e acha bom demais! E, como um último exemplo, você – em um cenário pós-apocalíptico – é mordido pela boca contagiosa de um zumbi que já transformou diversas pessoas em mortos-vivos e não vira zumbi, pelo contrário, usa um spray e tá tudo bem, aí você volta à luta!

Qual a chance de isso algum dia ser considerado uma boa ideia?
Qual a chance de isso algum dia ser considerado uma boa ideia?
Imagine os exemplos citados no parágrafo anterior em um filme. Provavelmente você iria calmamente pegar o controle e dar um stop ou então, em uma roda de amigos, você iria tecer considerações e considerações sobre as leis da física não terem sido aplicadas, não é?

O fato é que, como você está no controle da situação, você vive o personagem do videogame, você acredita nele. Afinal, você é ele! Você é o pirata Edward Kenway, o membro da Stars chamado Leon, os exploradores Drake e Lara Croft, ou seja, você é quem o jogo permite que você seja! Nos filmes você é apenas você mesmo, assistindo de camarote as situações apresentadas.

Por isso os games têm tido tantos adeptos e, merecidamente, conquistado tantas legiões de fãs! É um mercado em franca ascensão e que promete muitas e muitas histórias magníficas. E tal qual o cinema, tem para todos os gostos! Mergulhe nesse universo fantástico, mas não é necessário abandonar as outras formas de entretenimento. Séries, livros, teatros, shows, POWdcasts, cinema, e tantas outras têm o seu valor. O videogame é uma opção, mas não é a única! No ramo do entretenimento não há certo nem errado, todas as mídias são muito bem vindas! Por isso, divirta-se e deixe o seu comentário!

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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