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[REVIEW] SpongeBob SquarePants: The Cosmic Shake – Uma ode não tão bacana a um game design antigo

Bob Esponja embarca em uma nova aventura de forma completamente acidental, após brincar com bolhas mágicas de uma sereia e ser enviado para uma outra dimensão. Neste local, seu melhor-amigo Patrick Estrela acaba sendo transformado em um balão, e ele servirá como seu apoio em toda essa jornada. Com uma proposta que visa ser um saudosismo aos jogos de plataforma das antigas, SpongeBob SquarePants: The Cosmic Shake desponta em todos os consoles modernos trazendo muita nostalgia e… um game design um tanto quanto ultrapassado.


Ficha Técnica

Título:SpongeBob SquarePants: The Cosmic Shake

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 31/01/2023

Tamanho: 5.4GB

Desenvolvedora: Purple Lamp

Publicadora: THQ Nordic

Jogadores: 1

Em Português: Sim

Gênero: Plataforma, Aventura

Tempo de Jogo (em média): 8 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre

Preço no Lançamento (BR): R$ 221,95

Preço no Lançamento (EUA): US$ 39,99


A verdadeira volta de Bob aos videogames

A sereia

Não muito tempo atrás, tivemos um remaster de um game do Bob Esponja também para consoles modernos, este sendo um título diretamente vindo da era GameCube e PS2. Como era de se esperar de um remaster, a maior parte do conceito foi mantida, então o título ofereceu basicamente um game design que remete àquela época, com muitas decisões bastante ultrapassadas.

SpongeBob Cosmic Shake cai um pouco nesse mesmo pecado, apesar de ser uma aventura completamente nova. A principal jogabilidade aqui gira em volta de plataformas, além de alguns puzzles simplórios e hordas irritantes de inimigos. Nos momentos de plataforma, precisamos cumprir objetivos que se resumem a ir até locais para interagir com algum objeto ou coletar algo e levar para o solicitante. Fora isso, precisamos pular sobre abismos, flutuar para chegar até a próxima plataforma, e seguir nosso caminho em direção ao ícone na tela, eventualmente enfrentando algum chefe de fase ridículo de fácil.

Bob flutuando com caixa de pizza

Já em outros momentos, inimigos vêm em grupos para atacar Bob Esponja, e todos são facilmente derrotados com os ataques existentes no conjunto de golpes do personagem. Às vezes, uma prática vista muito na era PS2 também se faz presente aqui: locais confinados com paredes invisíveis, que se mantêm de pé até que derrotemos o inimigo mais forte dali. Isso era bastante aplicado nos games da série God of War, nos quais Kratos precisava derrotar um grupo para ser liberado e poder continuar avançando.

Ideia desperdiçada

Bob com skin de Bob das Cavernas

Existe até uma ideia bacana que é a loja de fantasias, que recebe novas fantasias à medida que avançamos na jornada. Porém, todas as roupinhas têm apenas fins cosméticos para combinar com o cenário presente, sem qualquer alteração na jogabilidade. E isso é um grande desperdício, visto que a jogabilidade em si não se altera tanto durante o game. No máximo, temos elementos que tentam ser reinventados com alguns poucos movimentos novos que são liberados, buscando extrair o máximo da fórmula ali implementada.

Além disso tudo, também há os momentos de cavalgar, no qual montamos um cavalo-marinho (ou algo temático do mundo em que nos encontramos) e passamos por um trecho linear com obstáculos, inimigos e itens para coletarmos. De forma geral, o game tem cerca de 8 horas de duração e cai no pecado da repetição, ao tentar resgatar uma fórmula de eras atrás sem mexer muito nos ingredientes.

Uma repetição cósmica

SpongeBob Cosmic Shake talvez funcione para pessoas menos exigentes, como aqueles que pararam de jogar videogame ao longo dos anos por causa da alta complexidade que os jogos passaram a ter ultimamente. Dito isso, se você é alguém que ainda preza pelo game design da era PS2/GameCube, talvez a nova aventura de Bob Esponja vá te agradar.


Trailer do Jogo


* Esta análise foi feita utilizando uma chave enviada pelos produtores

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Jason Ming Hong

Gamer desde o 1 ano de idade segundo meus pais. Jogo de tudo, porque o importante pra mim em um jogo é divertir. Gosto de jogos com uma boa história, investimento em gameplay sólido e, se rolar, um co-op de sofá. Também sou UX/UI designer, aquela galera moderninha que faz coisas pensando em quem vai usar. Aliás, agora edito o POWdcast, RÁ!

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