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[REVIEW] LA-MULANA 1 & 2 – Exploração e Desafio Nível Hard

Desenvolvido pela Nigoro e publicado pela NIS America a série LA-MULANA apresenta aos jogadores dois baita jogos de exploração com elementos de plataforma e uma pegada “Old School” onde a dificuldade e a estética remete aos jogos do final dos anos 80.

Misturar elementos já consagrados e que agrada a maioria dos jogadores normalmente é uma boa receita. Entretanto, será que apostar na jogada certa e em dois jogos tão parecidos, pra não dizer idênticos é garantia de sucesso?

É isso que vamos descobrir nas próximas linhas desse Review, que vai entrar bastante fundo em todo o primeiro jogo da série e detalhar quais são as diferenças para o seu sucessor.

Estão preparados para adentrar e explorar comigo as ruínas antigas em busca de uma entidade mística? Sairemos vivos dessa? Vamos descobrir!


Ficha Técnica

Título: LA-MULANA 1 & 2

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho LA-MULANA: 2.4GB

Tamanho LA-MULANA 2: 2.4Gb

Desenvolvedora / Publicadora: Nigoro / NIS America

Jogadores: 1

Em Português: Não

Gênero: Plataforma / Exploração

Save na Nuvem: Sim

Classificação: 13 Anos

Preço no Lançamento LA-MULANA: US$ 14.99

Preço no Lançamento LA-MULANA 2: US$ 24.99


Adentrando as Ruínas

Na introdução do jogo é possível acompanhar a queda de uma entidade do espaço em direção à Terra. Essa entidade recém-chegada recebe o nome de LA-MULANA e nenhuma informação adicional sobre esse acontecimento é narrada ao jogador.

Ao iniciar a aventura, muitos anos após a chegada de LA-MULANA, o jogador encarna o papel do professor Lemeza que vai adentrar as ruínas, onde supostamente houve a queda de LA-MULANA, em busca do seu pai que está desaparecido.

Mais detalhes sobre o enredo são apresentados ao jogador em textos encontrados entalhados em pequenos monólitos dentro das ruínas, então a leitura e busca por essas informações durante o Gameplay é indispensável para quem quer entender mais sobre a história e colher dicas extremamente úteis para resolver alguns Puzzles pelo caminho. A falta de tradução para português faz muita falta aqui, já que ao longo da jornada temos muitos textos para ler.

Carinha de jogo Retrô

A jogabilidade é simples, temos apenas um botão para pular, outro para atacar utilizando o chicote (Sim! O que não faltam nesses jogos são referências claras ao maior arqueólogo de todos os tempos: Indiana Jones) e um terceiro botão para utilizar armas secundárias que consomem munição.

A movimentação é bastante travada, Lemeza sequer consegue abaixar e o simples controle (ou falta dele) durante um salto é medonho, o que pode causar muitas frustrações visto que um dos principais elementos do jogo é a ação em plataformas.

Lemeza também conta com alguns equipamentos que podem ser adquiridos para uso durante a jornada. Alguns funcionam como acessórios, como por exemplo: Leitor de Mapa para se guiar pela caverna, Scanner de Mão para buscar por itens escondidos e até mesmo um tradutor de Hieróglifos para conseguir ler os textos espalhados ao longo das ruínas.

Outros exemplos de equipamentos são os itens que ficam ativos permanentemente assim que coletados e melhoram as habilidades do professor, como por exemplo: Botas para aumentar a velocidade, Capacete para evitar danos de cima entre outros.

Todo o inventário é gerenciado por um sistema interessante de menus. À primeira vista pode parecer um pouco complexo o manuseio, mas com alguma insistência acabamos por nos acostumar. O diferencial aqui fica por conta de um Laptop que Lemeza carrega durante toda a jornada e alguns softwares podem ser instalados durante o progresso facilitando um pouco a vida com alguns recursos adicionais. Logo nos primeiros minutos recebemos um software que serve para recebimento de e-mails e é por ele que recebemos diversas mensagens com informações adicionais que funcionam como um tutorial sem interromper muito a jogatina.

A progressão do jogo acontece toda dentro da ruína e quanto mais fundo entramos solucionando Puzzles e buscando novas habilidades mais estamos progredindo. A ação acontece toda por telas, ou seja, não temos sidescrolling aqui e cada tela é um desafio ou Puzzle diferente, ao melhor estilo Megaman na época dos 8-Bits.

Apesar de todo o cenário ser uma grande ruína o ambiente é dividido por diferentes áreas, todas elas com as suas próprias características e identidade. Não é difícil identificar cada uma delas pela paleta de cor utilizada e pela variação de inimigos presentes que mudam de área para área.

Para facilitar o deslocamento conforme vamos avançando por cada área podemos desloquear pontos de viagem rápida o que facilita muito a vida dos jogadores, uma vez que o backtracking está presente do início ao fim do jogo.

Sem dúvida nenhuma o ponto positivo é a batalha contra os chefes. São oito no total e cada uma delas diferentes entre si. O desafio é grande, mas não desleal e visualmente é impressionante.

Boss Battle

Ao longo do caminho é possível encontrar lojas escondidas dentro das ruínas onde é possível gastar as moedas coletadas para comprar armas secundárias e blocos de pedra, que funcionam como chaves utilizados em blocos de pressão ne cenário para liberar caminhos. Lojas com equipamentos e todo tipo de itens também são encontradas na vila que fica na porta de entrada da ruína. Prepare-se para fazer muitas visitas, seja para comprar itens ou para se recuperar na fonte. A Viagem rápida aqui faz toda a diferença.

Gráficos e Sons

LA-MULANA não é um jogo bonito. Ele é todo feito em Pixel Art e foi pensado para parecer um jogo antigo de MSX, mas o trabalho não foi bem executado. O jogo tem a aparência suja, muitas das coisas apresentadas na tela ficam difíceis de serem identificadas.

Temos que dar um desconto aqui afinal o jogo é de 2005 (Sim o jogo é antigo, mas chegou agora no Switch). Contudo um carinho a mais faria diferença nesse Port.

Já a trilha sonora é muito boa. As músicas são divertidas e bem executadas. Conseguem ambientar bem o jogo e grudam na cabeça depois da jogatina. O mesmo cuidado é perceptível com os efeitos sonoros.

A vila e suas lojas

LA-MULANA 2 – Diferente, mas igual!

Continuação direta de LA-MULANA, LA-MULANA 2 se passa alguns anos após a conclusão do primeiro título.

Acreditem ou não as terríveis ruínas viraram ponto turístico e atraem milhões de turistas de toda parte do mundo. Mas tudo o que é bom dura pouco e recentemente monstros começaram a aparecer nas ruínas espantando os turistas.

O velho ancião da vila então manda uma carta pedindo ajuda ao professor Lemeza, que prontamente envia sua filha Lumisa (criativo, não?) para ajudar.

A estrutura de Gameplay é exatamente a mesma, com algumas melhorias. A movimentação de Luisa é mais fluída, agora é possível andar abaixada, saltar de escadas e controlar melhor os pulos (Graças a Deus!).

É muito divertido revistar todos os cenários do primeiro jogo e ver pequenas variações. A sensação de estar em casa jogando a segunda campanha esteve comigo durante todo o tempo de jogo.

Os menus para gerenciar o inventário também é melhor estruturado e em vez de um Laptop como o do seu pai, Lumisa tem um Tablet. Em vez de updates de Software ela recebe novos Apps, claro. Tudo muito mais moderno.

Se o primeiro jogo falha na qualidade gráfica, LA-MULANA 2 corrige essa deficiência. O jogo é muito mais bonito, apesar de ainda lembrar um jogo de MSX. A diferença aqui é que o carinho dos desenvolvedores foi maior no polimento.

A trilha e os efeitos sonoros continuam ótimos.

Mais Bonito

Veredito

LA-MULANA 1 & 2 são bons jogos de exploração, mas o desafio acima da média pode afastar alguns jogadores.

A falta de um tutorial mais tradicional fez com que a minha primeira experiência com o título não fosse muito boa. Fiquei algumas vezes sem saber por onde seguir e como utilizar um determinado item. Precisei buscar respostas no Youtube, então acho que isso é uma falha de produção.

Contudo depois que você entende as mecânicas do jogo a coisa flui de maneira mais natural e a experiência em linhas gerais foi divertida.

O único ponto em que chamo a atenção é em relação ao primeiro título da série. LA-MULANA datou em sua jogabilidade. O controle do personagem é ruim e deixa o jogador limitado demais. Percebi isso muito claro quando comecei a jogar LA-MULANA 2. Todas as melhorias e falhas do primeiro título ficaram evidentes.

De uma forma resumida, eu considero LA-MULANA um jogo intermediário e LA-MULANA 2 um bom título.


Trailer do Jogo


* Esta análise foi feita com uma cópia fornecida pelos produtores.

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Rodrigo Reche

Oi, eu sou o Rodrigo Reche. Roreche para os íntimos! Sou completamente apaixonado por Videogames. Ganhei meu primeiro console, um Atari 2600, do meu pai em 1984 quando eu ainda tinha 3 anos de idade. Foi paixão a primeira jogada. Nintendista de coração e fã inveterado dos Engenheiros do Hawaii, passei por diversos consoles de todas as gerações, mas ainda guardo um carinho especial pelos consoles antigos.

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