[REVIEW] LEGO Horizon Adventures
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LEGO Horizon Adventures é um spin-off da franquia Horizon, trazendo o universo das máquinas e da protagonista Aloy para o estilo divertido e acessível dos jogos LEGO. Desenvolvido pela Guerrilla Games e Studio Gobo, o jogo foi lançado também para Nintendo Switch, o que surpreendeu muita gente, uma vez que se trata de uma franquia interna da Sony.
Ficha Técnica
Título: LEGO Horizon Adventures
Plataforma: Nintendo Switch
Data de lançamento: 14/11/2024
Tamanho: 7,2GB
Desenvolvedoras: Guerrilla Games e Studio Gobo
Publicadora: Sony
Jogadores: 1-2 (online e local)
Em Português: Sim (legendas e dublagem)
Gênero: Aventura, Ação
Tempo de Jogo (em média): 8 horas
Save na Nuvem: Sim
Classificação: 10 anos
Preço no Lançamento (BR): R$ 299,00
Preço no Lançamento (EUA): US$ 59,99
História
A trama mantém a essência da série principal, com Aloy embarcando em uma nova missão para salvar o mundo de uma inteligência artificial hostil e um culto de adoradores do sol. O humor típico dos jogos LEGO está presente, tornando a narrativa leve e acessível.
Apesar disso, a história peca por falta de coesão com as fases. Por vários momentos senti falta de um objetivo no jogo, algo que me dissesse que o caminho que eu estava trilhando tinha a ver com a história sendo contada. A história acabou ficando muito como “pano de fundo”. o que é uma pena.
A dublagem original, tanto em inglês quanto em português, é um ponto alto, com destaque para Ashly Burch como Aloy. Porém, a ausência de Lance Reddick na voz de Silens, substituído devido ao falecimento do ator, deixa um ar de tristeza pela perda do ator. As vozes em português também estão fieis à obra original, visto que também foram chamados os mesmos dubladores.
Jogabilidade
A jogabilidade de LEGO Horizon Adventures combina elementos familiares da série Horizon com a abordagem simplificada e acessível dos jogos LEGO. O combate é um dos principais destaques, com Aloy usando seu icônico arco e flechas. As variações de flechas — que incluem efeitos elementais como fogo, gelo e choque — são essenciais para explorar os pontos fracos das máquinas, mantendo a estratégia característica da franquia. No entanto, o jogo falha em oferecer informações detalhadas sobre os inimigos e suas vulnerabilidades de pontos fracos, o que poderia ser resolvido com um bestiário e isso somente enriqueceria a experiência. Por vários momentos eu usei flechas de fogo em alguns inimigos específicos somente pelo fato de ter jogado os dois jogos da franquia principal e ter lembrado que tinham tal vulnerabilidade, mas imagino que quem nunca teve contato com a franquia vai acabar ficando perdido sem um guia para seguir.
Além do arco, Aloy conta com armadilhas e equipamentos únicos, como dispositivos que congelam áreas ou criam saltos duplos. Esses aparatos adicionam uma camada estratégica ao combate, incentivando a experimentação. O Foco, outro elemento icônico de Horizon, retorna como uma ferramenta para escanear máquinas e identificar seus pontos fracos. No entanto, sua função é mais visual do que tática, o que reduz sua relevância durante o gameplay.
Um ponto a se destacar é a ausência da lança de Aloy no jogo, o que limita o combate com a personagem a meros ataques à distância. Porém, o jogo teve a inclusão de outros personagens jogáveis, como Varl, Erend e Teersa, que suprem essa necessidade de variedade.
Já o sistema de progressão é um dos pontos mais fracos do jogo. Embora Aloy possa desbloquear habilidades básicas que aumentam o dano ou sua eficiência, a personalização é mínima, o que pode frustrar jogadores acostumados com as possibilidades oferecidas pela série principal. Porém, acredito que esta seja justamente a proposta do jogo: simplificar para dar maior inclusão de público e apresentar a série para um público mais jovem. Contudo, mesmo com essa justificativa em vista, a ausência de opções de evolução, ainda que fossem somente um pouco mais robustas, faz com que o avanço na campanha pareça pouco recompensador.
Por outro lado, um dos grandes pontos altos da franquia principal, os Caldeirões – que combinam puzzles simplificados e combates intensos, têm momentos divertidos – chegam ao mundo de LEGO, mas sofrem com o design repetitivo. As batalhas contra chefes, por outro lado, são um destaque, recriando máquinas icônicas como o Tirânico em versões LEGO. Os combates são intensos uma vez que o jogador deve ficar atento aos ataques massivos do chefe e dos ataques das hordas de inimigos humanos e máquinas menores que adicionam uma boa dose desafio ao combate.
Por fim, o hub central do jogo permite personalizar cenários e trajes, além de oferecer prêmios por missões específicas. Alguns puzzles até são resolvidos com a personalização e utilização de algumas construções, sendo eles – apesar de bem simples e triviais – são bastantes divertidos. Contudo, colocando esses quebra-cabeças à parte, a mecânica de personalização do hub acaba sendo muito mais estético do que funcional, o que poderia ter sido melhor explorado.
Um outro ponto a se destacar é uma diferença crucial em relação aos outros jogos LEGO em que o jogador contava com puzzles dentro de cada fase. Por exemplo: destruir objetos muitas vezes criavam elementos que, juntos, podiam formar uma nova estrutura LEGO para alcançar áreas ocultas ou obter colecionáveis. No LEGO Horizon Adventures isso não ocorre e há que se lamentar essa perda de uma funcionalidade tão recompensadora. Os baús que encontramos no caminho são somente “dinheirinhos” para comprar itens cosméticos, o que não valem o esforço de tentar localizá-los.
Gráficos e Sons
Os visuais do jogo são um espetáculo à parte, com um mundo inteiramente construído em peças de LEGO que recria o ambiente natural e as icônicas máquinas de Horizon. Apesar de ser uma mudança radical em relação aos gráficos realistas da série principal, o estilo funciona muito bem e ajuda na imersão e fazer com que o jogador pense que está em uma imensa brincadeira com as peças de LEGO.
Com relação à parte sonora, as dublagens são fiéis às originais e mantêm o alto padrão da franquia. A trilha sonora, embora não comprometa, carece de momentos marcantes, servindo mais como um pano de fundo funcional.
Veredito
LEGO Horizon Adventures é uma adaptação que traz o espírito da franquia Horizon com o estilo descontraído dos jogos LEGO. Visualmente impressionante e acessível para todas as idades, o jogo é ideal para famílias e fãs casuais. No entanto, os jogadores que buscam profundidade e liberdade, características das franquias principais que formam este jogo, podem se decepcionar com a linearidade da narrativa, a progressão limitada e a repetitividade das fases.
Para os fãs de longa data da franquia LEGO, pode ser uma mudança muito brusca uma vez que a “essência” da franquia nos videogames foi modificada, não tendo neste novo jogo as famosas construções de objetos para resolução de puzzles ou até mesmo a utilização de personagens específicos para acessarmos uma área oculta do jogo.
Para os fãs da franquia Horizon, o jogo perde ao não ter uma evolução mais consistente, no bestiário e nas possibilidade de utilização de armadilhas para quem prefere algo mais stealth.
Resumindo: É um título divertido, mas que carece de maior inovação para manter o interesse em longas sessões. Ao tirar funções essenciais de ambas as franquias, o jogo ficou mais “genérico” e acabou desperdiçando o que poderia ser um jogo pra entrar no hall da fama dos jogos da franquia LEGO.
Trailer do Jogo
* Esta análise foi escrita utilizando uma chave fornecida pela Nuuvem.