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[REVIEW] Beyond Good & Evil HD

Começarei me confessando aqui. Tenho Beyond Good and Evil na minha conta do Xbox há anos, mas nunca sequer o iniciei. Sim, sou culpado – e, possivelmente, um criminoso aos olhos de algumas pessoas. Sabendo que o game é considerado um clássico cult por muitos gamers, decidi jogá-lo pela primeira vez de uma forma especial: através da versão HD, que eu nem sabia que estava saindo até ver um tweet da Ubisoft. Acredito que isso seja uma maneira de criar burburinho em torno da franquia antes que o segundo jogo – possivelmente – veja a luz do dia.


Ficha Técnica

Título: Beyond Good & Evil HD

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 25/06/2024

Tamanho: 8.7 GB

Desenvolvedora: Ubisoft

Publicadora: Ubisoft

Jogadores: 1

Em Português: Não

Gênero: Ação, Aventura

Tempo de Jogo (em média): 15 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: 12 anos

Preço no Lançamento (BR): R$ 99,00

Preço no Lançamento (EUA): US$ 18.43


Jogo com personalidade

A jornalista e dona do orfanato, Jade
A jornalista e dona do orfanato, Jade

Beyond Good and Evil HD é o retorno do jogo original lançado no início dos anos 2000 para o Xbox original e o PlayStation 2. Em termos de história, tudo já começa com um nível insano de bizarrice, apresentando a personagem humana chamado Jade, jornalista e dona de um orfanato, cuja ilha está sendo invadida por criaturas alienígenas. Logo de cara, você é colocado em ação e precisa lidar com a situação entre você e alguns robôs, e depois, lutar contra uma centopeia gigante.

Pey’j, o javali que anda em duas patas, é seu amigo fiel e parceiro durante toda esta jornada, e ele ajudará você em lutas e quebra-cabeças, atacando inimigos com sua chave inglesa e outras artimanhas. Além disso, ele também tem algumas habilidades que funcionam durante esses confrontos e quebra-cabeças, como botas voadoras que o fazem alcançar lugares mais altos; e seu “ataque-com-a-bunda” que faz os inimigos serem lançados para cima e fáceis de serem atingidos pelo seu bastão.

Quebra-cabeças simples e gráficos decentes

Combate é simplório
Combate é simplório

Em termos de quebra-cabeças, o jogo é bastante simples e não lhe dará muito espaço para pensar. Geralmente, você deve interagir com objetos que são visivelmente interativos, como engrenagens que elevam ou descem uma rampa ou uma ponte, para que Pey’j possa atravessar para o outro lado – por exemplo. É o típico game que coloca um companion para você tomar conta, ao mesmo tempo que ele te ajuda. Ah, e ele não será o único parceiro durante a aventura.

Quanto aos equipamentos que você pode comprar para ajudar Jade, existem lojas portáteis aqui e ali nos vários cenários pelos quais você passa, onde você pode parar para fazer uma compra. Os itens variam de consumíveis para reabastecer sua saúde até produtos que garantem um upgrade. Também é possível viajar com o veículo aquático motorizado de Pey’j, que serve para visitarmos outros locais no mapa e até mesmo combater inimigos no mar. Ele também exige alguns upgrades, além de itens consumíveis para seu conserto.

Veículo de Pey'j serve para explorar locais e combate
Veículo de Pey’j serve para explorar locais e combate

E não posso esquecer da câmera fotográfica de Jade, que pode ser usada para tirar fotos de qualquer coisa ao seu redor, como pessoas e diferentes criaturas. Essa funcionalidade permite que você colete dinheiro que pode ser trocado por itens nas lojas portáteis mencionadas anteriormente. É como Pokémon Snap, mas com propósito.

Em relação aos gráficos, a Ubisoft fez um trabalho decente ao melhorar os visuais, tornando tudo mais apresentável, junto a uma taxa de quadros aceitável de 30 fps no Nintendo Switch – contra 60 fps em outras plataformas, como Xbox, PC e PlayStation. Além disso, o jogo original roda a 60 fps no Xbox Series X|S (ambas as versões da geração), graças ao programa Fps Boost da Microsoft.

Uma experiência não impressionante, mas…

Beyond Good and Evil HD é definitivamente a melhor maneira de jogar este clássico cult, embora não vá impressionar você de forma alguma. Não há nada aqui que eu não tenha visto em outros lugares e com qualidade muito maior e um nível de diversão superior. Os quebra-cabeças são muito simples de resolver e não demoram para descobrir o que fazer. As mecânicas de combate, por outro lado, são um pouco mais desafiadoras, mas não posso dizer que essa era a intenção original. Os comandos parecem desajeitados e um pouco lentos, e é isso que definitivamente os torna mais difíceis. Para concluir, é um game bastante decente que não se destaca em praticamente nada – fora a história bizarra. Clássico cult? Me pergunto: para quem?


* Esta análise foi feita utilizando uma chave enviada pelos produtores

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Jason Ming Hong

Gamer desde o 1 ano de idade segundo meus pais. Jogo de tudo, porque o importante pra mim em um jogo é divertir. Gosto de jogos com uma boa história, investimento em gameplay sólido e, se rolar, um co-op de sofá. Também sou UX/UI designer, aquela galera moderninha que faz coisas pensando em quem vai usar. Aliás, agora edito o POWdcast, RÁ!