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[REVIEW] LEGO Star Wars: The Skywalker Saga – Espadinhas e muito Pew Pew Pew

Star Wars chega em mais um jogo Lego, prometendo recontar a história dos filmes de uma maneira leve, engraçada e divertida. Mas será que a força está com esse jogo? Ou será que é um jogo a ser esquecido? Venha conhecer esse jogo nesta análise.


Ficha Técnica

Título: LEGO Star Wars: The Skywalker Saga

Plataforma: Nintendo Switch

Data de Lançamento: 05/04/2022

Tamanho: 14.1GB

Desenvolvedores: TT Games

Publicadora: WB Games

Jogadores: até 2 jogadores

Save na nuvem: Sim

Em português: Sim (Textos e Dublagem)

Gênero: Ação

Preço no Lançamento (BR): US$ 229,90

Preço no Lançamento (US): US$ 59,99


Sobre o Jogo

LEGO Star Wars: The Skywalker Saga é uma homenagem a uma das maiores franquias do entretenimento, e qualquer coisa lançada a respeito gera uma quantidade de expectativa gigantesca. E os jogos LEGO já são velhos conhecidos do público geral, por serem jogos leves, bem humorados e muito divertidos, e com este título não é diferente. Porém, este jogo comete – mesmo com os seus vários acertos – algumas falhas (que serão abordadas ao longo desta análise).

Nele você poderá viajar e (re)ver a história contada ao longo dos nove capítulos das três principais trilogias, mas agora de uma maneira diferente, sendo apresentada pelos bonequinhos dos famosos brinquedos que são o sonho de muitas crianças (e a falência de muitos pais).

Inicialmente estão disponíveis para seleção do jogador os episódios iniciais de cada trilogia (episódios 1, 4 e 7). A partir do momento em que esses capítulos são concluídos, os subsequentes são liberados.

Seleção de episódios

Além disso, à medida em que a aventura vai se desenrolando, novos personagens icônicos dos filmes são disponibilizados para os jogadores poderem se divertir, bem como são desbloqueadas novas naves e mundos.

E como já é tradicional de qualquer jogo da franquia LEGO, após completar um determinado trecho da história, é possível revisitar aquela área em busca de colecionáveis que antes dependiam de um determinado personagem para serem obtidos (puzzles que dependem de habilidades específicas). Além disso, entre um capítulo e outro, o jogador está livre para explorar um mundo aberto, também cheio de itens para serem descobertos.

Um dos personagens consegue traduzir o que esse NPC fala

Ainda falando sobre a jogabilidade, o combate é bem divertido e competente, contando com combates à distância ou corpo a corpo, podendo ter a combinação de vários golpes a fim de formar um combo. Aqui dou um destaque especial ao combate à distância, pois os tiros tem impactos diferentes a depender da área do corpo em que ele atinge, ou seja, por diversos momentos eu somente queria atirar na perna de um inimigo para vê-lo pulando de dor.

Um outro ponto a se destacar é que há diversos trechos em que você pilota as naves clássicas dos filmes em combates estelares, o que dá uma dinâmica divertida e foge do simples correr, pular, dar espadada ou atirar em Stormtroopers ruins de mira.

O Problema do Ritmo do Jogo

Um dos maiores problemas desse jogo, na minha opinião, é o ritmo. A trilogia inicial, por exemplo, é cheia de momentos em que você somente anda, anda e anda até o próximo trecho da história, sem ter nenhum combate sequer. E quando o jogador chega ao objetivo e acha que finalmente terá ação, ele terá que andar, andar e andar novamente até o próximo ponto de controle. Isso dá uma sensação de monotonia para o jogo que não me agradou nada. Contudo, nas trilogias seguintes, o problema de ritmo foi amenizado, apesar de ainda existir.

Além disso, são mais de 1000 Kyber Bricks para coletar, sendo três deles obtidos coletando um número determinado de moedinhas em cada fase. Para quem nunca jogou nenhum jogo da franquia, essas moedinhas são obtidas ao completar quebra-cabeças, ao destruir o cenário ou ao eliminar inimigos. Acontece que em outros jogos LEGO, essa coleção de moedas era muito mais fácil de se fazer, o que gerava um efeito de constantemente ser recompensado pelo jogo. Aqui, ao ver que eu não consegui atingir um dos três níveis, me deu desânimo de retornar à fase somente para poder completá-la.

Outro aspecto a se mencionar é que, apesar do número gigantesco de Kyber Bricks para encontrar, demorou demais para que eu pudesse começar a obtê-los e o sentimento que imperou foi o de “agonia” por estar deixando tanta coisa pra trás. Todo bloquinho azul que eu via no cenário eu não conseguia pegar por me faltar uma habilidade de algum personagem e isso acabou me desmotivando a procurar. Um balanceamento melhor entre “poder” e “não poder” obter os blocos seria necessário para manter o meu interesse na busca pelos segredos que o jogo tem a oferecer.

Além disso, há que se ressaltar que esses esses Kyber Bricks não são meros colecionáveis, uma vez que eles são utilizados para evolução dos personagens (sim, há uma árvore de habilidades).

Árvore de habilidades

Gráficos e sons

No portátil o jogo está rodando muito bem, apresentando alguns problemas de performance pontuais, mas nada que tenha atrapalhado a minha jogatina. Porém, no modo dock o jogo está utilizando bastante efeito de desfoque para esconder serrilhados e mascarar outros problemas vindos de um downgrade tão grande, se comparado com versões de nova geração e até da geração anterior.

Quanto a trilha sonora, este game tem todas as trilhas sonoras da franquia, então, se você é fã, vai gostar muito. Quanto aos efeitos sonoros, são bem competentes.

Vale lembrar que o jogo está inteiramente em português (inclusive com dublagem), o que é interessante para aqueles que tem dificuldades em acompanhar a história em outros idiomas.

Veredito

Como admirador dos jogos LEGO, tendo alguns títulos já jogados em meu acervo, eu tinha grande expectativa neste aqui. Contudo, tenho que ressaltar que fiquei um pouco decepcionado com o jogo em si. Não, ele não é um jogo ruim, tendo até bastantes méritos em sua jogabilidade, mas o ritmo do jogo e a falta de ação por longos trechos me deixou muito entediado. Nos outros títulos da franquia LEGO eu percebia um ritmo muito mais equilibrado de combate, exploração e narrativa, me sentindo mais recompensado e entretido ao longo da aventura.

Além disso, tive que reiniciar o jogo por diversas vezes por erros de software que simplesmente me fizeram perder trechos grandes de exploração, e isso comprometeu demais a minha experiência. Porém, tenho que ressaltar que isso é corrigível com uma atualização (que até o momento da publicação desta análise ainda não foi lançada).

Por fim, este título conta com cerca de 18 horas de campanha, mas, para aqueles que gostam de usufruir de tudo que o jogo tem a oferecer, a quantidade de horas pode chegar a quase 100.


Trailer


* Esta análise foi escrita utilizando uma chave fornecida pelos produtores do jogo.

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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