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[REVIEW] Super Mario 3D World + Bowser’s Fury – Um Port Nervoso

Lançado em 2013 para Wii U e com pouco alcance por causa do console, em 2021 – como parte das comemorações do aniversário de 35 anos da franquia Mario – chegou para o Nintendo Switch o Super Mario 3D World, trazendo consigo a adição de uma aventura com o Bowser Furiosíssimo. Porém, será que o jogo é bom após todos esses anos e tendo sido pensado para um console com controles diferentes? Ou será que a Nintendo fez um bom trabalho? Vamos ver nesta análise.


Título: Super Mario 3D World + Bowser’s Fury

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 12/02/2020

Tamanho: 2.9 GB

Desenvolvedora/Publicadora: Nintendo

Jogadores: 1-4 (online ou local)

Em Português: Sim (Português de Portugal)

Gênero: Plataforma

Tempo de Jogo (em média): 12 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre

Preço no Lançamento (BR): R$ 299,00

Preço no Lançamento (US): US$ 59,99


História

A Seguir, vou detalhar a história de cada modo de jogo:

Super Mario 3D World: Uma noite, Mario, Luigi, Peach e Toad estão andando pelos jardins do castelo da Peach e encontram um cano transparente quebrado. Mario e Luigi, como bons encanadores que são, consertam o cano e liberam uma Sprixie (lembra muito uma fadinha) que começa a contar que Bowser tem sequestrado outras Sprixies. Logo após, Bowser surge e a sequestra novamente, entrando pelo cano. Sem pestanejar, os quatro herois partem em uma nova aventura para liberar todas as fadas aprisionadas pelo arqui-inimigo do Mario.

Bowser’s Fury: Um belo dia, enquanto fazia uma leve caminhada, Mario descobre um rastro de um líquido parecendo um petróleo (muito parecida com as manchas de Mario Sunshine). Uma das poças se expande e suga ele para um mundo paralelo em que o Bowser está coberto por esse óleo e, por isso, está fora de si em um estado furiosíssimo. Bowser Jr. então aparece e conta que precisa da sua ajuda para tentar trazer seu pai de volta ao estado normal.

A história do jogo, como de praxe, é bem simples e serve apenas como um chamado para a aventura. Porém, como todo Super Mario, o jogo se destaca não pela história, mas sim por sua jogabilidade. E é ela que vou detalhar a seguir.

Mario 3D World

Ao entrar pelo cano descrito no tópico anterior, você é jogado em um mapa 2D semelhante aos de jogos como Super Mario World e Mario 3, sendo cada fase representada por um ponto. Quando você completa uma fase, uma nova (ou mais de uma) se desbloqueia.  Ao final de cada mapa, você entra no castelo onde enfrenta um chefe para tentar resgatar uma das fadinhas.

Mapa no padrão de jogos do Mario em 2D

Dentro de cada fase, o jogo traz uma câmera isométrica com possibilidade de ajuste do seu campo de visão (mesmo que ainda seja limitado). Algumas vezes, o ajuste da câmera se faz necessário para descobrir itens e passagens secretas no cenário, o que é uma utilização bem legal e favorece a jogabilidade.

Em síntese, o jogo segue a mesma estrutura dos Marios tradicionais, tendo fases com início, meio (com a presença de um checkpoint) e fim (com o famoso mastro no qual você pula para hastear sua bandeira). Além desses estágios “comuns”, você poderá jogar com o Capitão Toad em estágios de puzzle divertidíssimos. Há, ainda, outras fases especiais que dão boa variação de desafio para o jogador (ex: Casa Mistério que são desafios de matar hordas de inimigos em um tempo pré-determinado).

Meio e Final de Fase

Em cada fase você tem que encontrar estrelas verdes que estão escondidas (usadas para liberar estágios extras) e carimbos (usados para decorar o cenário no modo foto).

Para te ajudar na aventura, Mario conta com vários power-ups como, por exemplo, o mega cogumelo, a flor de fogo, a roupa de guaxinim, flor bumerangue e outras. Contudo, o destaque vai mesmo para a roupa de gato que permite que Mario e sua turma consigam escalar paredes e atacarem inimigos com unhadas.

Imagem: Nintendo

Como dito, é possível escolher entre quatro personagens: Mario, Luigi, Toad e Peach. Mario é o mais balanceado de todos; Luigi pula mais e é mais rápido, mas ele desliza ao tentar parar após uma corrida; a Peach é mais lenta, mas flutua caso o jogador segure o botão de pulo; e o Toad pula menos, mas é o mais rápido. Além dos quatro principais, temos a Rosalina que é desbloqueável. Rosalina consegue atacar os inimigos com um poderoso giro.

Super Mario 3D world possui muitas e muitas fases diferenciadas, divididas em 12 mundos (sendo 8 principais e 4 desbloqueáveis).

O multiplayer é um show à parte. Com a adição do modo online, o jogo ganhou possibilidade de ser jogado com amigos ao redor do mundo, mas somente com amigos. O modo online funcionou muito bem e com pouquíssimos momentos de lag (que mesmo ocorrendo, não estragaram a jogatina). O multiplayer de sofá ainda existe e também é extremamente divertido.

Diferenças do jogo para a versão do Wii U

Há algumas diferenças importantes na versão do Switch para a versão do Wii U. Abaixo cito algumas que são mais perceptíveis:

Primeiramente, houve a retirada de funções que só funcionavam por causa do gamepad. Ex: havia, na versão do Wii U, plataformas com ventiladores em que o jogador tinha que soprar no microfone do gamepad para ativá-las. Essas plataformas foram substituídas por outras que se movimentam automaticamente e de forma temporizada.

Além disso, os personagens se movimentam um pouco mais rápido nas fases e no mapa, o que torna o jogo mais ágil. Além disso, o gato consegue escalar mais antes de começar a cair.

Modo Fotografia: uma novidade da versão do Nintendo Switch

O modo fotografia também é outra adição ao jogo. Usando um sistema parecido com o usado no Super Mario Odyssey, este modo permite compartilhar imagens belíssimas de suas aventuras (tanto no jogo normal quanto no Bowser’s Fury). Nele, é possível posicionar o ângulo de visão, zoom, adicionar efeitos e até mesmo utilizar os carimbos coletados durante a jornada (utilizados para decorar pisos e paredes). Porém, quanto aos carimbos, infelizmente o modo de utilização deles ficou bem burocrático e desmotivador (há diversos problemas de controle como, por exemplo, a alternância deles não que não é dedutível e o posicionamento também no cenário é bem confuso), mas ainda assim é uma função legal de gerar imagens para postarmos em redes sociais.

Tem um carimbo de planta piranha perto do Bowser Jr.

Por fim, como o jogo permite jogar no modo dock, as funções de clique na tela para ativar plataformas foram substituídas. Agora, no modo dock, o jogo exige que o jogador clique no botão R para ativar o cursor e o giroscópio do controle para poder “clicar” na tela. Não é uma forma muito confortável de se jogar, mas é uma solução viável.

Bowser’s Fury

Diferentemente do modo principal, esta adição tem foco no single player. É possível jogar em coop local com o segundo jogador controlando o Bowser Jr., porém o foco acaba sendo sempre o Mario, enquanto o filhote do Bowser constantemente fica fora da tela, o que pode atrapalhar a diversão a dois.

Importante ressaltar que este modo pode ser selecionado já no menu principal, não sendo necessário ter um progresso no jogo principal.

O sistema de câmera aqui é livre e você pode girá-la da forma como desejar, ou seja, a câmera com visão isométrica dá lugar a uma câmera 3D. O sistema de mapa do jogo principal também é substituído por um mundo “aberto”, com água por todos os lados e ilhas que formam um arquipélago. A medida que você vai evoluindo no jogo, novas ilhas vão surgindo trazendo consigo novos desafios.

O seu objetivo é coletar os Sóis Felinos para iluminar os faróis e liberar o Bowser de sua possessão furiosa. Cada ilha possui um farol e cinco sóis escondidos. Quando o Bowser surge e começa a te atacar você pode coletar um desses sóis e, ao iluminar o farol, causar um pouco de dano afugentando-o.

Além disso, conforme o jogador vai coletando sóis felinos, Giga Bells são ativados. Ao tocar em um Giga Bell, Mario vira o Mario Felino Gigante e luta de igual para igual com Bowser, no melhor estilo Miaurio vs. Bowserzilla.

Miaurio vs. Bowserzilla

Aqui cabe destacar um grande problema com essa batalha entre seres gigantes: a câmera fica perdida. Há momentos em que o Bowser entra no casco e sai girando pelo cenário tentando acertar o Mario, obrigando o jogador a se desviar de seus ataques. Porém, a câmera busca sempre ficar atrás do personagem, dificultando a visão do jogador tornando impossível saber onde o inimigo está exatamente. Confesso que momentos assim foram bastantes frustrantes.

Gráficos e sons

Uma outra diferença entre a versão do Wii U e do Switch são os gráficos. Eles estão menos borrados e mais bonitos (a versão do Wii U já era lindíssima). Bowser’s Fury também está muito bonito de se ver e de se jogar. Por fim, as músicas do jogo, como de costume, são excelentes e têm o padrão Mario de qualidade. Resumindo: artisticamente este jogo é impecável.

Todavia, em alguns momentos do jogo (principalmente no modo batalha entre gigantes do Bowser’s Fury) o jogo tem uma queda de framerate muito perceptível, dando aquelas gargaladas que acabam atrapalhando a plenitude da experiência do jogador.

Veredito

Super Mario 3D World é um jogo excelente para se jogar sozinho, mas ele fica ainda melhor se jogado em grupo, sendo o fator multiplayer o seu grande ponto positivo. É a segunda vez que o estou jogando (tendo jogado primeiramente no Wii U) e posso dizer que me diverti demais. O modo cooperativo online – incluído nesta versão do Nintendo Switch – contribuiu muito para que essa revisita fosse agradável, trazendo-me novos momentos com amigos em tempos de isolamento social.

Ao longo das minhas partidas eu dei tantas risadas com as situações e com as minhas trapalhadas que acabaram por tornar esses momentos inesquecíveis. E são momentos assim que, muitas vezes, tornam um jogo maravilhoso e inesquecível.

A adição do modo Bowser’s Fury complementa e adiciona uma boa dose de diversão e desafio para o jogador, porém há que se ressaltar que este modo é bastante curto (cerca de 3 horas). As melhorias de jogabilidade são bem vindas para um jogo que já era excelente.

Em resumo, para quem nunca teve contato com a versão do Wii U, digo com toda a certeza que – se você é fã de Mario e gosta dos jogos da franquia – este é um jogo obrigatório e que te divertirá muito. Contudo, para os que já jogaram no Nintendo Wii U e tendo em vista o valor cheio do jogo (atualmente na casa dos R$300,00), cada jogador deverá analisar se essa segunda jogatina compensará o valor gasto.

E você? Interessou? Quer jogar? Já jogou no Wii U? Deixe suas opiniões nos comentários.

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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