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[REVIEW] Team Sonic Racing – Precisamos mesmo de mais um jogo “tipo Mario Kart?”

Team Sonic Racing (TSR) chegou sem muito alarde ou empolgação dos jogadores ao redor do mundo, mas com a responsabilidade de superar seu antecessor, o competente Sonic & Sega All-star Racing Transformed.

Será que o novo jogo de corrida do ouriço azul conseguiu fazer jus ao personagem título e disparar na frente dos outros jogos do gênero ou acabou ficando sem combustível e caindo na vala comum dos jogos de corridas de kart genéricos?

Vem descobrir com a gente nesse Review!


Ficha técnica

Título: Team Sonic Racing

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho: 6.6 GB

Desenvolvedora/Publicadora: Sumo Digital / Sega

Jogadores: 4

Em Português: Não

Gênero: Corrida

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre


Em sua essência, TSR é um jogo de Kart com todas as mecânicas já apresentadas em diversos outros jogos do mesmo estilo no passado.

Personagens carismáticos, variedade de pistas, diversos Power Ups e diversão garantida jogando com a galera Online ou Offline. Tudo isso está presente em TSR.

O diferencial e grande destaque do jogo fica por conta da inovadora mecânica de corridas em times, que ajuda inclusive a dar nome ao jogo.

Em TSR não basta apenas vencer uma corrida. Todo os corredores do seu time precisam conseguir boas colocações para que no final seu time consiga uma boa quantidade de pontos e assim possam vencer os Grand Prix.

Trabalhar em equipe é fundamental para ter sucesso em TSR. Existem 3 movimentos de equipes que podem ser executados por você ou seus companheiros durante uma corrida, que garantem pontos de equipe.

Para acumular pontos de equipe seu personagem pode: tentar seguir o rastro deixado pelo primeiro colocado do seu time percorrendo uma espécie de trilho, pegar o vácuo de outro integrante da sua equipe ou mesmo trocar itens com seus companheiros durante as corridas.

Rastro deixado por integrante do seu time

Além de conseguir pequenos Boosts, os pontos de equipe se acumulam em uma barra especial que, quando preenchida, pode liberar o movimento chamado Ultimate Team. Ele garante uma velocidade absurda por um determinado período de tempo e pode definir os rumos de uma corrida. Saber o momento certo de usar o Ultimate é a chave do sucesso.

Graficamente TSR é lindo. Os personagens são bem modelados, as texturas estão bem definidas e as fases são muito bonitas contendo diversos detalhes e animações por todos os circuitos.

A trilha sonora, como já esperado para qualquer jogo do Sonic, é o ponto alto. As músicas são empolgantes e muito bem executadas. As trilhas melhoram a experiência passando ao jogador a sensação de velocidade e urgência esperada para jogos de corrida.

Ponto positivo também para a dublagem. As vozes dos personagens foram muito bem escolhidas e não causam estranhamento quando ouvidas no modo história ou mesmo durante as corridas, nas interações entre os personagens.

A observação negativa fica por conta da falta do nosso idioma. Não temos dublagem e nem mesmo legendas em português.

Ao todo temos 15 personagens selecionáveis distribuídos em 3 categorias diferentes: Velocidade, Técnico e Poder. Todos os personagens importantes da franquia estão presentes. Não senti a falta de nenhum personagem que tenha ficado de fora.

São 21 pistas disponíveis para o jogador e todas estão liberadas desde o começo. O número não é baixo, mas falta personalidade. Nenhuma delas é muito marcante e muitas inclusive são parecidas, o que acaba contribuindo para que a sensação de repetição aumente.

Whale Lagoon – Uma das poucas pistas marcantes

O ponto positivo fica por conta da estrutura dos circuitos que possuem caminhos alternativos com diversos atalhos para serem explorados, o que sem dúvida nenhuma deixa no jogador a vontade de explorar cada canto e descobrir quais são os caminhos mais vantajosos.

Em contrapartida, algumas pistas são confusas e o caminho que devemos seguir nem sempre é muito claro. Tem muita coisa sendo exibida na tela e não foram poucas as vezes em que saí da pista simplesmente por não conseguir enxergar onde eu deveria ter feito a curva ou qual traçado o jogo esperava que eu fizesse.

Os Power Ups disponíveis são baseados nos pequenos Wisps, aqueles pequenos alienígenas que foram introduzidos em Sonic Colors. A ideia é boa, mas na prática não funciona muito bem. Todos os Wisps têm um desenho parecido e fica difícil diferenciar um do outro olhando rapidamente no meio da ação das corridas. Não foram poucas as vezes em que confundi os itens usando-os de maneiras indevidas.

A criatividade para os Power Ups também foi deixada de lado. Todos os Wisps são arremedos piorados do que temos em Mario Kart. Não tem absolutamente nenhum item que inova ou que tenha uma proposta diferente do que já foi apresentado.

Contudo, todos os pontos analisados até agora se tornam irrelevantes se não falarmos sobre a jogabilidade. Precisamos discutir nesse momento se as novas mecânicas implementadas por TSR funcionam e são divertidas.

O Drift está presente

Algumas poucas mas bem-vindas novidades estão presentes, como o sistema de manobras. A cada salto que acontece de maneira automática ao passar em alta velocidade por uma rampa, podemos fazer manobras utilizando o analógico direito. São piruetas frontais e laterais que quando são bem executadas podem garantir um pequeno Boost na aterrissagem.

A mecânica traz um elemento de desafio ao Gameplay, uma vez que caso a manobra seja executada fora do tempo e o carro aterrisse de cabeça para baixo o jogador é punido com perda de velocidade e de anéis.

Os anéis funcionam exatamente como as moedas em Mario Kart. Quanto mais anéis coletados maior a velocidade final que seu carro pode alcançar e, como em qualquer jogo do Sonic, ao ser atingido todos os anéis são perdidos.

Ao fim de cada corrida o jogador recebe Mod Pods, que são as moedas do jogo e podem ser usadas no modo Garage para conseguir partes adicionais para os veículos, alterando assim algumas características como velocidade, dirigibilidade, peso etc.

A parte ruim é que o sistema para conseguir os Upgrades é através de Loot Boxes, o que torna as trocas aleatórias e muitas vezes inúteis, já que cada personagem tem seu Set próprio de equipamentos. Em contrapartida, vale a pena salientar que não temos, pelo menos até agora, microtransações com dinheiro real.

Customizando o veículo

As cores e até mesmo as texturas dos veículos podem ser alteradas sem nenhum custo adicional. Basta escolher qual parte do carro deseja alterar, escolher o tipo de material que vai definir a textura e aplicar a nova cor. Simples assim!

Já a principal novidade, a corrida em equipes, não funciona como deveria, pelo menos não se estamos jogando sozinhos e dependendo da inteligência artificial para controlar outros membros do nosso time. A impressão que passa é de que o jogo é totalmente desbalanceado.

Se estamos jogando na dificuldade normal quase não temos desafios. É possível terminar em primeiro lugar com certa facilidade em todas corridas e certamente seus companheiros de time terminarão em segundo e terceiro lugares.

Quando jogamos no difícil temos um desafio agradável e tudo se torna mais divertido, entretanto é praticamente impossível ter algum sucesso, uma vez que os membros da sua equipe ficarão sempre nas posições mais baixas. Como isso independe da habilidade do jogador, o resultado aleatório é simplesmente frustrante.

Em contrapartida, se estamos jogando com amigos online ou localmente, a diversão é garantida e o conceito dos times funciona muito bem. É possível vivenciar corridas épicas e vibrantes quando jogamos em times com amigos. A estratégia também é muito importante, com a troca de itens sendo fundamental para que o grupo consiga um bom resultado.

A boa notícia é que temos diversos modos de jogos, como o modo chamado Standard, em que o conceito de times é simplesmente abandonado e podemos experimentar partidas no modo tradicional. Minha experiência com esse modo foi sem dúvida nenhuma muito melhor e o jogo se apresentou mais competente.

E por falar em modos de jogo, temos os clássicos Grand Prix e Quick Race, além do Time Trial Online Casual e Ranqueado, que, apesar de demorar um pouco para encontrar jogadores e iniciar a partida, funcionam bem e sem Lags. Por último, temos também o inédito modo Adventure.

O Adventure funciona como uma campanha solo, algo parecido com um modo história. A trama é bobinha e não prende o jogador. Temos alguns desafios solos, em time e algumas missões esporádicas para serem cumpridas, como por exemplo atingir uma determinada pontuação executando Drifts pelo cenário ou coletar um determinado número de moedas em uma volta pela pista.

Seleção de fases do modo aventura

Fiquei com a sensação de que esse modo aventura acabou entrando no jogo às pressas e de maneira incompleta, apenas para fazer volume. Não temos animações ou Cutscenes. As interações entre os personagens acontecem apenas por imagens estáticas na tela com balões de diálogos e a voz dos personagens. Nada que mereça algum destaque.


Veredito

TSR possui pontos altos e baixos. Definitivamente a mecânica de times não funciona para os modos Single Players mas são uma boa adição e diversão garantida para partidas com amigos.

Para jogadores que preferem partidas individuais, minha recomendação é seguir para corridas com a opção de modo Standard, evitando frustrações com a IA em partidas de times.

TSR só não é um jogo melhor pela falta de personalidade própria e algumas decisões erradas de Level Design, que resultaram em algumas pistas confusas.

Vale a pena pela curiosidade, mas infelizmente não consegue superar ou mesmo se equiparar a seus antecessores da série Sonic & Sega All-Star Racing.


Trailer do Jogo

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Rodrigo Reche

Oi, eu sou o Rodrigo Reche. Roreche para os íntimos! Sou completamente apaixonado por Videogames. Ganhei meu primeiro console, um Atari 2600, do meu pai em 1984 quando eu ainda tinha 3 anos de idade. Foi paixão a primeira jogada. Nintendista de coração e fã inveterado dos Engenheiros do Hawaii, passei por diversos consoles de todas as gerações, mas ainda guardo um carinho especial pelos consoles antigos.

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