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Post do Player 2 – Super Mario Odyssey, seja bem vindo à minha lista de replay!!!

Me lembro de 1995 quando comprei uma revista que falava do que viria a ser o primeiro console de 64 bits do mundo, o Nintendo Ultra 64. O console além do poder que teria, trazia um controle inovador e a possibilidade de utilizar 4 controles simultâneos. Mas o que me impressionou naquela matéria nem foi o console em si, mas o jogo que sairia no seu lançamento: Super Mario 64.

Os conceitos de gameplay citados naquela matéria me deixavam impressionado, e sonhando com aquilo que seria o jogo. Um jogo do Mario em 3D, com um controle completamente novo. Não havia vídeos de gameplay, apenas imagens e um texto que tentava descrever o que veríamos no jogo, criando uma grande expectativa sobre o que teríamos.

Quando o jogo foi lançado no Brasil, eu vi que tudo aquilo que eu já tinha lido era muito pouco perto do que o jogo trazia. Um castelo onde você andava livremente para escolher sua fase, e entrava nas fases através dos quadros nas paredes do castelo. Além disso as fases possuíam várias missões no mesmo mapa. Aquele jogo literalmente ensinou à minha geração sobre o que deveria ser um jogo 3D de verdade, e como utilizar um direcional analógico.

Depois do Mario 64 levou anos até que a Nintendo lançasse algo parecido, mas por várias circunstâncias, não joguei Game Cube, e muito menos o Mario Sunshine. Só fui jogar algo semelhante vindo da Nintendo no Mario Galaxy, e posteriormente no Mario 3D World. Esses, apesar de serem grandiosos e divertidos, não tinham a mesma pegada do Mario 64. O Mario Galaxy era um pouco mais linear devido a seu conceito de planetinhas, e o Mario 3D World foi uma genial transposição da experiência 2D para 3D. Ambos não tinham a mesma liberdade das fases abertas de Mario 64, por isso mesmo continuei jogando Mario 64 por muitas e muitas vezes.

Quando foi anunciado o Nintendo Switch, também foi anunciado o Super Mario Odyssey. Um jogo de conceito esquisito, no qual Mario usaria seu chapéu como arma ou ferramenta e viveria entre humanos. Devido a estes conceitos os comentários foram no sentido de “o Mario menos Mario de todos”. Para minha surpresa e alegria, estávamos todos errados.

Mario Odyssey é uma glória, uma obra prima desenvolvida em cada detalhe apenas para divertir. O jogo segue a mesma pegada de Mario 64: mesma noção de mundo aberto, câmera com posicionamento semelhante e mapas abertos com diversos desafios, objetivos e passagens secretas.

O jogo homenageia os outros jogos da franquia, trazendo além das missões inspiradas em Mario 64, outras inspiradas em Mario Galaxy, Mario World e até mesmo Super Mario de NES. Nesse último ponto inclusive a Nintendo deu uma grandiosa sacada: o jogo mescla de forma fluida e direta uma jogatina 3D com mapas em 2D. O jogador entra por um cano e imediatamente Mario é transformado num personagem 2D pixelizado. Suas roupas temáticas também são transpostas para 2D e a música espetacular também se transforma em uma música em 8 bits, mostrando o cuidado com o qual o jogo foi feito.

No quesito das roupas do Mario, elas não estão ali como meros artefatos decorativos, elas fazem parte dos objetivos das fases. Em alguns momentos, por exemplo, o ex-encanador precisa de estar vestido à caráter para entrar numa festa. Essas roupas e outros objetos são adquiridos com moedas especiais de cada fase, obrigando o jogador a conseguir todas as moedas especiais caso queira fazer os 100%,

A mecânica do uso do chapéu – que também é um personagem chamado Cappy – trouxe ao jogos novas possibilidades, se tornando parte crucial do gameplay tanto para que Mario consiga chegar a determinadas partes do cenário, pegue moedas ou itens especiais, ou mesmo para controle inimigos e NPCs. Tudo isso expandido pelas possibilidades do uso de controles de movimento. O jogo se tornou tão diverso e inteligente que podemos criar uma analogia na qual Mario 64 é um jogo de damas, e Mario Odyssey um jogo de Xadrez.

Não estamos falando de mais um jogo do Mario com alguns novos detalhes, ou do velho clichê de “mais do mesmo”, mas de um jogo com diversas inovações e possibilidades, mantendo o espírito do jogo clássico que ensinou ao mundo como jogar com um controle analógico. É um jogo feito para agradar aos novos jogadores, mas principalmente para satisfazer aos fãs mais saudosistas.

A felicidade de jogar Mario Odyssey pela primeira vez foi a mesma que tive ao jogar Super Mario World ou Super Mario 64. Há pelo menos 10 anos não jogo nada tão bom, e acho que pelos próximos 10 anos não haverá nada melhor. Bem vindo à minha lista de replay, Super Mario Odyssey!!!


Este post foi escrito por nosso ouvinte/leitor Felipe Stanzani (@FelipeStanzani)!

Ele já participou de um POWdcast sobre a apresentação do Nintendo Switch.

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2 thoughts on “Post do Player 2 – Super Mario Odyssey, seja bem vindo à minha lista de replay!!!

  • Rubens Mateus Padoveze

    “Tudo isso expandido pelas possibilidades do uso de controles de movimento. O jogo se tornou tão diverso e inteligente que podemos criar uma analogia na qual Mario 64 é um jogo de damas, e Mario Odyssey um jogo de Xadrez.” Hum

    “…mantendo o espírito do jogo clássico que ensinou ao mundo como jogar com um controle analógico.” quem sabe esse é um dos que vai ensinar a usar controle de movimento.

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    • NintendoLovers

      Pode ser que esse jogo não ensine COMO utilizar o controle por movimento, mas sim QUANDO utilizar o controle por movimento. As inserções do controle por movimento são perfeitas!

      Resposta

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