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Brasil Game Show 2016: Só faltou a Nintendo!

A maior feira de games da América Latina e uma das maiores do mundo não poderia ficar de fora do nosso calendário de eventos que valem a pena trocar por uma boa jogatina. A NL esteve na Brasil Game Show e conta pra você os destaques do evento e analisa como seria se a Nintendo participasse.

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Organização? No Brasil? Sim, é possível!

O costume do Brasileiro e sua rotina de sempre se dar mal acaba nos espantando quando as coisas funcionam como deveriam, a BGS não parecia levar o “B” de Brasil de tantas informações, ônibus nos horários e falta de imensas filas para a entrada, claro que haviam alguns problemas, a maioria das próprias donas dos estandes, mas nada que tirasse a empolgação que o evento trouxe.

Na primeira vez da feira no São Paulo Expo, o espaço não decepcionou, gente para todo lado e a circulação tranquila, filas grandes, mas fluindo normalmente (ficamos 2h para jogar For Honor, a fila mais demorada) e alguns palcos para eventos e campeonatos da Brasil Game Cup. Comer, recarregar celular, apenas circular pela feira ou ficar vendo gamplays, todo mundo conseguiu aproveitar a experiência ao máximo.

Jogos e mais jogos!

A variedade de jogos foi um ponto a favor da BGS, muitas estações, opções e novidades quentíssimas, era difícil escolher em qual você iria gastar o seu tempo, que acabou sendo pouco, para se divertir. A parte Indie estava recheada de criatividade, como Pipa Combat e Guts, os mais conhecidos também marcaram presença como Chroma Squad; os Mobiles também apareceram no evento, mas apenas com Summoner Wars, foi muito pouco se compararmos isso com o tanto de gente que joga nos celulares.

As gigantes eram as mais visitadas e concorridas na hora do gameplay, Ubisoft com For Honor, Sony com Horizon e Microsoft com Gears of War 4 foram as que chamaram mais atenção, a aventura de Aloy, aliás, que chega apenas para PS4 só em Fevereiro de 2017, foi o que mais nos impressionou. Outras novidades que merecem destaques são FIFA 17 (o jogo que, talvez, tinha mais estações espalhadas pela feira) e Call of Duty: Infinity Ward, esses prometem vender muito por aqui, considerando a base de fãs fieis.

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FIFA 17: um dos jogos mais jogados na feira

Se a Sony trouxe o melhor game da BGS 2016, a Microsoft deu uma lição de como se monta um estande e faz uma feira de sucesso por aqui, como se Recore, Forza Horizon 3 e Dead Rising 4 já não fossem o suficiente para chamar a atenção dos gamers. Além do Xbox One, era possível testar os jogos no Windows 10, excelente para quem tinha curiosidade em comparar as versões, as filas passavam rápidas porque o palco montado trouxe diversos eventos e gameplays, se não eram interessantes, dava pra dar boas risadas; a Sony acabou pecando ao reservar quase metade de seu espaço para o Playstation VR (que nem foi muito usado), sendo obrigado a fechar as filas diversas vezes para manter a organização, tivemos que contar com a sorte, já no final do dia, para jogar Horizon Zero Dawn.

Alguns games fizeram falta, The Last Guardian, Scalebound e Battlefield 1 poderiam aparecer na feira com uma demo de 5 minutos, vê-los próximo do resultado final já seria o suficiente, mas deram lugar até a games que sairão depois. A grande decepção foi não conseguir testar o VR, poucas empresas trouxeram o dispositivo e fecharam as atividades cedo, a Warner, que levou Batman VR, criou diversas ações de Marketing apenas para fazer a maioria da galera perder tempo de testar outras coisas, com certeza ano que vem teremos mais opções para experimentar a Realidade Virtual.

Resident Evil 7: uma casa foi montada para dar imersão à experiência, mas sem VR
Resident Evil 7: uma casa foi montada para dar imersão à experiência, mas sem VR

E a Nintendo?

Era inevitável andar pelos estandes e não querer a Nintendo por ali e não parecia que éramos os únicos a desejar isso, em todo lugar você via havia um pouco da Big N, camisetas, bonés, cosplayers, etc, até nas lojas era possível encontrar algo de Mario, Zelda ou Pokémon. É impossível falar em Games sem pensar na gigante japonesa, é um elo que jamais vai se separar, mas a teimosia da empresa e alguns princípios orientais que não dá pra entender (olha a Sony aí) são empecilhos para uma experiência mais completa dos fãs brasileiros.

Como amamos a Big N mesmo quando ela faz tudo errado, ainda temos esperança de vermos ela lado a lado das grandes empresas aqui no Brasil também e há uma grande chance disso acontecer na próxima BGS. O NX está prestes a ser mostrado, seu lançamento está marcado para Março de 2017 e esperamos que ele venda bem, será que o Brasil não é um mercado com potencial para alavancar essas vendas? Além do novo console e uma boa oportunidade para a empresa voltar pra cá (produzindo aqui, uma filial, recrutar funcionários BR…), já é perceptivo a mudança de rumo da empresa, que está tentando conquistar um público que não é acostumado com a Nintendo.

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Quem disse que a Nintendo não esteve na BGS?

A grande vencedora

É normal tendenciarmos para indicar os melhores em cada categoria quando acontece uma feira desse porte, mas toda a Comunidade Gamer, aqueles que não ficam com haterismo por marca ou estilo de jogo, sai ganhando quando um evento como esse ocorre. Muita gente foi pra aproveitar, curtir o clima, ver aquele Youtuber ou time de eSports famoso, muitas famílias, crianças, Cosplayers incríveis e a maioria com um êxtase fora do normal ao terminar sua experiência em cada estação de jogo.

Uma feira para comemorar!
Uma feira para comemorar!

O salto que essa edição da Brasil Game Show dá, junto com as empresas participantes, coloca ela em outro patamar, claro que não há comparação com a E3 ou a Gamescom – talvez nunca chegaremos perto – mas a nossa feira está começando a criar a sua identidade, com todo esse hype, excelentes atrações, acessível a todos e, esse ano, com uma organização de se aplaudir, assim só tende a crescer, atraindo pessoas de países vizinhos e se tornando uma referência na América Latina e unindo, independente de cor, idade, nacionalidade ou personalidade, cada vez mais pessoas com esse gosto em comum.

Você foi na BGS 2016? Então comente o que achou e o que espera da edição do ano vem!

 

 

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Jonatas Marques

De RPG japonês até Candy Crush genérico, se me prende a atenção, estou jogando! Essa paixão transcendeu para a internet, onde escrevo sobre games na NL e no Medium.

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