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Miitomo: a porta de entrada para a volta da Nintendo ao Brasil

Quem imaginaria, 10 anos atrás, uma Nintendo tão diferente como nos dias de hoje, abusando das DLCs, procurando se adaptar à concorrência e até entrando no mercado Mobile, uma mudança que agradou grande maioria dos fãs, mas nós, brasileiros, ainda estamos muito distantes de ter uma experiência plena com a Big N, mesmo provando que a parceria Nintendo e Brasil pode dar muito certo.

Ficar de fora da primeira leva de países que receberam o Miitomo não foi problema para os brasileiros, que não se deram por vencidos e, daquele “jeitinho”, conseguiram acesso ao aplicativo, rapidamente essa “epidemia” se espalhou entre os fãs que não aguentaram a espera por um jogo que muita gente criticou (até aqueles que agora estão viciados). Alguns pontos desse ocorrido são interessantes e precisam de uma análise profunda pra entender os motivos pelo qual a gigante japonesa ainda não voltou para o Brasil e quais as chances disso acontecer.

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É possível editar imagens com seu Mii

Números

Por não estar oficialmente nas lojas brasileiras de apps, não tem como mensurar o resultado desse hype da estréia da Nintendo em Mobiles, mas, segunda a empresa, o aplicativo chegou a marca de 3 milhões de usuários ativos em poucos dias (17/03 foi lançado no Japão, 31/03 em alguns países da América e Europa), mesmo que em partes do mundo, não só no Brasil, ele ainda não funcione – pelo menos não deveria.

Errado ou não, o Miitomo já virou sucesso por aqui e com o lançamento oficial, facilitando para aqueles que não seguem a empresa de tão perto, com certeza estará no topo de downloads no país, já que esse tipo de game Mobile vem crescendo muito entre os dispositivos móveis.

A cara do Brasil

Que brasileiros gostam de Redes Sociais e “frequentam” esse espaço mais que muitas outras nações no mundo, todos nós sabemos, menos nossa querida empresa que às vezes toma atitudes que nunca entenderemos. Uma pequena pesquisa de mercado resolveria esse problema, mas será que a Nintendo queria o verdadeiro resultado dessa pesquisa?

No Miitomo você consegue interagir com mensagens curtas (Twitter), curiar a vida do seu aMiigo (Facebook), trocar/comprar/favoritar/combinar roupas (Pinterest) e responder perguntas sobre sua vida (Ask.fm), além do Miitomo Drop, um minigame que lembra um pouco os joguinhos do Pou, app que foi sucesso por aqui.

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Cumprimentos BR BR

A resposta ao abandono da Big N

O brasileiro tem a fama de se esquecer rápido das coisas, maior prova disso é o nosso momento político, mas o que realmente torna os BR um público muito diferente do americano, europeu e oriental é sua paixão pela marca ou por alguma empresa, mesmo quando ela é criticada pela maioria.

O Nintendista de verdade (não o fanboy) sempre dá um jeito de se manter atualizado em tudo que a empresa faz (mesmo que um jogo esteja valendo um rim por aqui) e essa fidelidade fez com que o Miitomo explodisse entre os brasileiros, invadindo a Internet com as divertidas montagens que são feitas no aplicativo e respostas hilárias que só os BRs são capaz.

Mas o importante de todo esse retorno é que deixa bem claro que Big N pode ter um por lucro investindo nas terras tupiniquins e com o Miitomo e a entrada no mundo dos celulares a situação pode, enfim, mudar para os brasileiros, pois uma mina de ouro espera pela Big N, caso não faça nenhuma cagada, no mercado dos dispositivos móveis, então pagar um imposto um tanto exorbitante não seria problemas para Kimishima.

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Contando pra galera que a Nintendo tá voltando pro Brasil

 

Uma relação complicada, mas tem solução

Há muita gente que pede a volta da nossa querida Nintendo para o Brasil, mas não tem ideia do que mudaria nessa vinda oficial pra cá, talvez as coisas ficariam do mesmo jeito e assim a empresa perderia credibilidade, parecendo que depende apenas dela para o preço dos jogos caírem, ser criada uma eshop do Wii U por aqui, e etc.

A pirataria também é um problemão que a Nintendo precisa resolver antes de se estabelecer aqui e é aí que os fãs (ou nem tanto) ajudam a afastar a empresa do Brasil. Por mais que esse assunto seja discutido sem fim por todas as gerações quando o falamos de entretenimento, sempre haverá usuários utilizando esse meio para Games e, na maioria dos casos, esse usuário não se importa se isso é certo ou errado. A nova estratégia de mercado, com o uma boa plataforma de recompensas, pode ajudar a diminuir os danos dessa questão.

A ideia de ter a empresa de volta ao Brasil, com um representante oficial ou até uma fábrica por aqui (imagina uma Nintendo Store na Paulista, seria épico) deve ser muito bem pensada antes de acontecer, caso a empresa se convença que os brasileiros merecem a atenção ($$) da Big N. Algo parecido com o que acontece nos EUA, com várias lojas com produtos Nintendo, muitos Nintendo Zone’s, eventos importantes no país, é inimaginável para nós, mas um sinal de uma Nintendo mais presente em território nacional, já seria de grande valia.

Para nós, o amor pela Big N não vai acabar só porque temos que suar para comprar os jogos ou porque gastamos mais quando somos taxados em importações do que em amiibos e acessórios, mas ver a empresa aqui, lançado seus jogos para o mercado nacional, dando suporte oficial aos fãs brasileiros e colocando o Brasil entre os primeiros países a receber as novidades do mundo Nintendo, nos deixaria ainda mais felizes; Para a Nintendo, temos a dizer que tá na hora de nos dar o valor que merecemos, perdoa nossa mania em tentar dar um jeito em tudo e vamos reatar esse casamento que todo mundo pode sair ganhando <3.

 

 

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Jonatas Marques

De RPG japonês até Candy Crush genérico, se me prende a atenção, estou jogando! Essa paixão transcendeu para a internet, onde escrevo sobre games na NL e no Medium.

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