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[REVIEW] Mindseize – Transfira sua mente a um robô e salve o Universo

Muitos metroidvanias vêm, muitos vão. Poucos ficam. Mas, e se ele for tipo um Megaman com elementos de metroidvania? Esse é o sentimento que os desenvolvedores de Mindseize querem causar. Acompanhem essa análise para ver se eles conseguiram.


Ficha Técnica

Título: Mindseize

Plataforma: Nintendo Switch

Data de Lançamento: 29/Set/2020

Tamanho: 2.8Gb

Desenvolvedora/Publicadora: Kamina Dimension/First Press Games

Jogadores: 1

Save na nuvem: Sim

Em português: Não

Gênero: Aventura, Plataforma, Ação

Preço no Lançamento (US): USD $ 23,99


 

Mais que uma vingança

Mindseize não é, no geral, um jogo ambicioso. Seu foco está em trazer um jogo competente que possa divertir enquanto conta uma boa história. Fazer isso pode ser difícil para muitos jogos mas, aqui, seu enredo entretém enquanto cria um mistério que é resolvido aos poucos.

Enquanto um cientista chamado M.C. Fox faz algumas pesquisas que envolvem transferência de mente para robôs, duas entidades, de uma organização secreta chamada The Ascended, surgem querendo roubar a mente de seres sencientes. Eles, sabendo do potencial da filha de M.C. Fox, roubam sua mente enquanto atacam seu pai, deixando-o paraplégico.

Buscando vingança, o cientista obtém sucesso na transferência de mente, controlando um robô capaz de muitos poderes. Assim, juntamente com sua equipe, eles partem para vários planetas para investigar o paradeiro dos The Ascended, mas descobrem que estão envolvidos em algo muito maior do que apenas uma vingança.

Assim, durante as visitas aos planetas, os personagens vão desvendando aos poucos o mistério dessas criaturas que se dizem superiores, além de aprofundar um pouco os personagens e suas relações.

Uma mistura que surpreende

Mindseize não possui a mais original das jogabilidades. Assim como muitos metroidvanias, ele tenta correr no seguro. Não chega a ser mais do mesmo, não inova, mas arrisca um pouco.

Lembrando muito a jogabilidade de Mega Man, o robô, que é de um tipo chamado MAG (algo como Equipamento de Ação Mental, do inglês Mind-Action-Gear), possui as ações de atirar, atacar e pular. Entretanto, conforme o avanço, o jogador vai coletando alguns equipamentos que aumentam as capacidades de movimentação do MAG, bem como seu ataque e defesa.

Por falar em ataque, o robô atira com uma arma de fogo e pode utilizar uma arma branca para seu ataque corpo a corpo. Existem várias opções, que são adquiridas conforme a exploração do jogo acontece. Porém, infelizmente, não são tão adaptáveis a diferentes formas de jogabilidade, pois uma nova arma encontrada é sempre melhor que a anterior, não dando opções ao jogador caso prefira diferentes formas de projéteis ou armas brancas.

O jogo é dividido em planetas, que são separados por áreas diferentes, sendo necessário alguma nova habilidade para avançar. E o avanço não é sempre para um novo planeta, pois determinadas habilidades dão acesso a novos lugares em locais antigos, essenciais para prosseguir no jogo. Seu mapa, assim como muitos jogos do gênero, vai sendo completado conforme o jogador avança, mas é meio precário por faltar muitas informações.

Conforme o jogador explora, ele é premiado com habilidades não essenciais, mas facilitadoras, novas armas e evoluções para seu traje, como uma melhor eficiência dos nano robôs de cura. Nada que seja crucial para o jogo, mas que ajuda e beneficia o jogador, caso esteja em dificuldades superiores.

Os inimigos são muito mais do que parecem, pois seus ataques causam um bom dano e são resistentes, sendo necessário conhecer cada inimigo para se dar bem no jogo. Eles têm bastante precisão nos projéteis e também podem atacar corpo a corpo. O problema está nos momentos em que vários inimigos aparecem na tela, sendo necessária muita atenção. Não há uma mecânica de esquiva ou contra ataque, então desviar dos projéteis depende principalmente das habilidades do jogador.

Por fim, assim como muitos jogos de ação, os confrontos com chefes são maravilhosos. As batalhas são vivas e épicas, muitas vezes precisando de várias tentativas para se obter sucesso devido ao amplo padrão de ataque que eles possuem.

Visual e Som

Mindseize, infelizmente, não é um primor artístico. Suas músicas são genéricas, com um loop bem perceptível, pois em muitos momentos ela simplesmente para, recomeçando logo em seguida. Os efeitos sonoros são competentes, mas dão uma sensação opaca que não faz jus aos cenários, que são selvagens e aberto em sua grande maioria.

Os desenhos nos momentos que a história está sendo contada possuem alguns traços tortos e tremidos, mas têm seus méritos, pois é perceptível que foram feitos a mão. O pixel art e a movimentação dos personagens humanóides causam uma certa estranheza, dando uma sensação de que faltou polimento.

Entretanto, o mérito está nos inimigos, pois possuem uma variedade muito grande, com ataques diferentes, além de terem recebido uma atenção maior em seu design. Os chefes então, são fantásticos, cada um é único e esbanjam criatividade.

Veredito

Em Mindseize, percebe-se que sua jogabilidade é algo entre um metroidvania e jogos do Mega Man. Em questões de gameplay, ele conseguiu capturar bem a essência de ambos, tendo ação, backtracking e avanço com novas habilidades, ao mesmo tempo em que se enfrenta criaturas com armas brancas e de fogo, como um plataforma de ação.

Sua história também é ótima, não sendo somente uma vingança, é algo que possui proporções bem maiores. Ela é curta, dando espaço pra jogabilidade, mas é boa o suficiente para prender alguns jogadores. O mesmo não pode ser dito em seu visual e sua trilha sonora, pois eles pecam pela falta de polimento.

Recomendo para quem gosta de plataformas de ação, de metroidvanias, ou de jogos com mecha, também para quem está procurando uma história para se entreter durante alguns desafios de jogabilidade. Mas não recomendo para quem quer algo mais artístico.

E aí, se interessou? Pareceu um jogo interessante? Deixe suas opiniões nos comentários.


Trailer do jogo


* Esta análise foi escrita usando uma chave fornecida pelos desenvolvedores.

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Kiefer Kawakami

Sobre mim: Amante dos games, acredito que eles podem mudar a vida das pessoas e fazê-las mais felizes, bem como aconteceu comigo. Possuo um amor incondicional pela Nintendo desde Donkey Kong Country e Super Metroid. Sou multidisciplinar e sei pouco sobre muita coisa, mas o suficiente para relacionar assuntos distintos. Além disso, quero divulgar os games para que as pessoas vejam a maravilha que são e podem ser.

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