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[REVIEW] O Escudeiro Valente (The Plucky Squire)

O Escudeiro Valente (The Plucky Squire), desenvolvido pela All Possible Futures e publicado pela Devolver Digital, é um jogo que explora a fusão entre uma narrativa infantil encantadora e uma jogabilidade criativa, proporcionando uma experiência envolvente e marcante.


Ficha Técnica

Título:O Escudeiro Valente

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 17/09/2024

Tamanho: 10.3 GB

Desenvolvedora: All Possible Futures

Publicadora: Devolver Digital

Jogadores: 1

Em Português: Sim (Dublagem e Legendas)

Gênero:Aventura, Ação, Plataforma, Puzzle

Tempo de Jogo (em média): 9 horas

Save na Nuvem: Sim

Classificação: Livre

Preço no Lançamento (BR): R$ 88,99

Preço no Lançamento (EUA): US$ 29.99


Uma Narrativa Leve e Cativante

No coração da história, temos Pontinho, um escudeiro que vive nas páginas de um livro infantil. Porém, ao longo da aventura, ele descobre que pode sair desse universo bidimensional para o mundo tridimensional ao seu redor (o mundo real).

O vilão da história, Enfezaldo, é movido por sentimentos de ciúmes e frustração pelo fato de não ser o herói do livro, e – assim – busca escrever sua própria história em um livro dedicado a ele.

A trama, embora simples, possui um charme gigantesco, reforçado pela estética de conto infantil. A leveza da história e o tom acessível faz com que este jogo possa ser usufruído por pessoas de todas as idades. A presença de um narrador carismático, dublado em português pelo conhecido dublador do personagem Shrek, o que acrescenta uma camada extra de humor e familiaridade ao contar os eventos, criando um vínculo emocional com o jogador desde os primeiros momentos de jogatina.

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A história contada por um livro [Fonte: Divulgação]

Uma Mistura Brilhante de 2D e 3D

O principal destaque de O Escudeiro Valente é sua mecânica de transição entre os mundos 2D e 3D. Essa dualidade é explorada de maneira inteligente, com o jogo brincando constantemente com as expectativas do jogador. No modo 2D, o jogo apresenta uma jogabilidade de que varia momentos de Top Down (lembrando jogos como Zelda) e de plataforma tradicional, com Pontinho navegando pelas páginas do livro e tendo que lidar com diversas situações de puzzle, combate ou desafios de plataforma. No entanto, ao sair do livro e entrar no mundo tridimensional, o jogador é transportado para um ambiente de exploração mais amplo e mais rico, já que estamos dentro de um quarto de uma criança.

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O quarto onde se passam as aventuras 3D [Fonte: Divulgação]
Neste cenário 3D interagimos com objetos e com outras ilustrações nas quais podemos entrar para dar continuidade na gameplay. O design de todas as cenas 3D deste jogo é impecável, trazendo uma sensação de escala que é fascinante.

Variedade Mecânica e Desafios Criativos

Apesar de sua estética simples e acessível, O Escudeiro Valente não economiza em variedade de jogabilidade. Ao longo da aventura, Pontinho adquire novas habilidades, além das básicas como pular, rolar e atacar. Todos os movimentos de pontinho podem e são utilizados em combates e resolução de puzzles, o que dá a fantástica sensação de descoberta a todo momento. Interessante observar como o jogo consegue misturar vários elementos ao longo das suas 8 horas, como combate variado, chefes com mecânicas de combate próprias, puzzles inventivos e até furtividade, com fases que exigem do jogador um bom senso de timing e estratégia.

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Um dos momentos de variação de gameplay. [Fonte: Divulgação]

Personagens Cativantes e Humor Inteligente

Os personagens de O Escudeiro Valente são, sem dúvida, outro ponto forte. Além do heróico Pontinho e do ciumento Enfezaldo, somos apresentados a uma gama de figuras únicas e carismáticas, como Violeta, Batera e o adorável ratinho Pipu. Cada um desses personagens tem sua própria personalidade e traz algo especial para a narrativa e para as fases em que aparecem.

Aspectos Técnicos e Apresentação

Visualmente, O Escudeiro Valente é um deleite para os olhos. O estilo artístico é vibrante e colorido, evocando a sensação de estar folheando um livro ilustrado. A transição entre o estilo desenhado das seções 2D e o mundo mais realista do 3D é feita de maneira suave, mantendo a coesão estética do jogo. A trilha sonora, embora não revolucionária, complementa bem o estilo leve e mágico do jogo, adicionando uma camada extra de imersão.

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Fonte: Divulgação

No entanto, nem tudo é perfeito. A versão para o Nintendo Switch apresentou problemas notáveis, como gráficos embaçados em algumas áreas e quedas de FPS, o que pode prejudicar a experiência para alguns jogadores. Problemas semelhantes, embora menos graves, também foram relatados em outras plataformas. Ainda assim, esses pequenos problemas técnicos não tiram o brilho do jogo como um todo.

Considerações Finais

No geral, O Escudeiro Valente é uma obra que consegue equilibrar simplicidade e inovação de maneira exemplar. Com uma história encantadora, personagens memoráveis, e uma jogabilidade que constantemente surpreende e diverte, o jogo se posiciona como um dos títulos mais criativos e divertidos deste ano. Embora sofra com alguns problemas técnicos, principalmente na versão para o Switch, sua proposta de misturar ambiente 2D e 3D, combinada com um mundo vibrante e cheio de imaginação, faz de O Escudeiro Valente uma recomendação clara para fãs de jogos de plataforma e ação.


Trailer

* Esta análise foi escrita utilizando uma chave fornecida pela Devolver Digital.

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.