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[REVIEW] Hotshot Racing – Uma Curva que desce quadrada

Hotshot Racing é um jogo sobre curvas em altas velocidades, drifts muito loucos e poucos polígonos. Porém, será que o jogo é bom ou será que ele derrapa e capota na curva? Vamos ver nesta análise.


Ficha Técnica

Título: Hotshot Racing

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 10/09/2020

Tamanho: 3.0 GB

Desenvolvedoras: Lucky Mountain Games, SUMO Digital

Publicadora: Curve Digital

Jogadores: até 4 (local) ou até 8 (online)

Em Português: Sim

Save na nuvem: Sim

Gênero: Corrida, Arcade

Classificação: Livre

Preço no Lançamento (US): US$ 19.99

Tempo de Jogo (média): 1 hora


Jogabilidade

Este é um jogo muito inspirado em clássicos antigos, e é inegável a sua inspiração em Virtua Racing (também presente no Nintendo Switch) ou até mesmo do Daytona USA (que joguei muito em meu Sega Saturn).

Basicamente os comandos são acelerar, frear, trocar de marcha. Frear em curvas causam derrapadas e permitem você utilizar o drift. E é nestas derrapadas que o jogo busca basear sua jogabilidade.

Saber quando usar o drift e executá-lo com perfeição é a chave do sucesso para vencer as corridas. E o jogo está constantemente recompensando o jogador que entra em curvas em alta velocidade, pois quanto mais o carro derrapa, mais a barra de nitro se enche e mais vezes o jogador poderá utilizar o turbo do carro.

Curvando em alta velocidade

As corridas são tão dinâmicas e as trocas de posições tão frequentes que mal dá tempo de respirar. Por isso, ter um nitro sobrando naquela reta final pode ser crucial para te deixar no topo do pódio ou fora dele.

Por falar em pódio, é interessante como o jogo recompensa cada corrida, pois são adquiridas moedas que podem ser utilizadas para desbloquear skins de carros e de pilotos, ou seja, todos os itens desbloqueáveis são meramente estéticos.

Sistema de recompensa

O jogo ainda conta com multiplayer online e local, que pode deixá-lo ainda mais divertido se jogado com amigos.

Modos de Jogo

O Modo Grand Prix

O grande prêmio é a principal modalidade do jogo. São quatro campeonatos com quatro pistas distintas, o que totaliza 16 autódromos no jogo.

Nele é possível selecionar um conjunto de grandes prêmios (cada um com suas pistas específicas) e a dificuldade de jogo (normal, hard e expert).

Como todo jogo de corrida que se preze, o jogador correrá pelas quatro pistas do campeonato selecionado e será considerado campeão caso acumule mais pontos que os adversários.

O Modo Polícia e Ladrão

Este modo de jogo te coloca na pele ou da polícia ou dos bandidos. Aparentemente, essa escolha é aleatória, o que é uma pena.

Nesta partida, eu fui a polícia.

Aqui o papel do policial é simples: destruir todos os carros da corrida, batendo neles de forma a causar dano. A do bandido é chegar ao final da corrida sem ser explodido.

O Modo de Acelerar Para Não Explodir

Neste modo de jogo, o objetivo é permanecer a uma velocidade mínima e passar pelos diversos checkpoints. Cada checkpoint aumenta um pouco a velocidade que o jogador deverá permanecer. Se ficar mais lento do que o mínimo exigido, receberá um pouco de dano no seu carro. Se a vida chegar ao fim, game over. Contudo, cada checkpoint alcançado restaura um pouco de sua “saúde”.

Me senti no filme “Velocidade Máxima”

Gráficos e Músicas

Graficamente o jogo é muito bem feito, quando falamos da corrida em si. Apesar do visual com poucos polígonos, são utilizados cores vibrantes e visual “atualizado” para não causar a estranheza que vários jogos da era 32-bit nos causam hoje em dia.

Com relação à parte musical e sonora, achei o jogo bem competente e conta com músicas bem divertidas.

Problemas

Infelizmente, durante as minhas partidas, senti que o drift do carro é bem confuso. Você não percebe uma sutileza no carro ao iniciar o drift. Sabe aquela curva mais suave? Não existe aqui. Acaba parecendo que o piloto mais quer fazer um cavalo de pau do que propriamente fazer uma curva derrapando o carro. O sistema de derrapagem do Mario Kart 8, por exemplo, é um sistema muito mais natural e gratificante do que o apresentado por Hotshot Racing.

Outro exemplo de jogos que costumam usar bem este recurso são os de rally. Quando vejo algum game com tal mecânica, percebo que a de Hotshot Racing está bem abaixo. Contudo, ressalto que o sistema não é ruim a ponto de torná-lo “injogável”, mas demandará um tempo para que o jogador se acostume com os comandos que deveriam ser mais naturais e menos bruscos.

Um outro aspecto é a questão da alternância de velocidade dos oponentes. Os desenvolvedores “aceleram” artificialmente os carros que estão atrás para garantir que o primeiro lugar  sempre esteja pressionado. Isso pode acarretar um pouco de frustração, pois torna a corrida definida muito mais pela reta final do que pela habilidade do jogador em executar as curvas perfeitamente.

Os oponentes sempre estão colados em você

Um outro aspecto a se ponderar são os elementos informativos na tela (HUD). O posicionamento e a forma de enchimento da barra do Nitro são confusos e achei bem difícil a consulta rápida de informações, dada a velocidade de reflexos que o jogo constantemente te exige.

Veredito

Hotshot Racing é um jogo que fala muito com uma geração de jogadores da época dos 32-bit. Entretanto, fique atento somente aos problemas que mencionei no texto, pois eles podem prejudicar um pouco a experiência do jogador.

Se você leu sobre os problemas, gosta dessas corridas mais velozes (e, por consequência, menos cadenciadas) e sente falta de jogos nesse estilo mais retrô, Hotshot Racing com certeza deverá te divertir. Além disso, o jogo está inteiramente em português, apesar de vir configurado com o idioma inglês.

E você? Já jogou? Ficou com vontade de jogar? Deixe suas opiniões nos comentários.


Trailer do Jogo


*Esta análise foi escrita utilizando uma chave fornecida pelos produtores.

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Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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