Genesis and Atari Do What Nintendon’t
No POWdcast #38 sobre Console Wars nós mencionamos as propagandas dos anos 90 e como as empresas se alfinetavam naquela época. Uma dessas propagandas era o “Genesis does what Nintendon’t”. E parece que a história se repete neste ano de 2017, com a briga entre os consoles retrô.
NEStalgia e seus efeitos
Já expliquei em um post anterior o motivo pelo qual a nostalgia vende e pode ser um ótimo negócio. Entretanto, vender emulação de hardware não é nada novo no mercado, muito pelo contrário, é algo antigo e conhecido. No Brasil, há anos e anos, já temos a TecToy com uma edição Master System com vários jogos na memória, e no mundo todo temos versões de emuladores (alguns oficiais e vários outros do Jack Sparrow) sendo vendidas em lojas, portanto essa prática é muito antiga.
Quando o NES Classic foi lançado foi um verdadeiro frisson, pessoas desejaram o console mesmo com as suas inconvenientes limitações. A Nintendo optou por não dar opção nenhuma de upgrade na biblioteca de jogos (nem via e-shop nem por mídia física). Não demorou muito para a comunidade “cobrar”, e demorou muito menos para a Nintendo ignorar toda e qualquer cobrança com relação ao assunto.
E para piorar, mais uma vez os preços no Brasil foram impeditivos. O fato é que o NES Classic ganhou tanta notoriedade no mundo inteiro que as empresas começaram a olhar um mercado promissor.
Essa atenção foi tão grande que a Tectoy relançou nesse meio tempo o Mega Drive com 22 jogos na memória, porém com as ausências importantes de grandes jogos como o do Sonic (provavelmente por uma restrição da própria Sega à TecToy). Estretanto, diferentemente do NES Classic, trouxe opção para expansão de sua biblioteca, caso você esteja disposto a pagar um rim por um cartucho original do mega (lembrando que o console tem trava de região). Cobraram 400 reais pelo console e foi criticado por fatores como ausência de HDMI.
2017 – uma nova briga entre gigantes
Nintendo
A Big N veio com o SNES Mini, ignorando as críticas dos compradores e lançando o console de forma idêntica à do lançamento do NES Classic: pacote fechado, com 21 títulos sendo um deles o inédito Star Fox 2. Confesso que cogitei a hipótese de comprá-lo, mas o valor cobrado por ele e a impossibilidade de expandir a biblioteca de jogos me fizeram desistir da compra.
Parando para pensar, vinte e um títulos é algo irrisório, e isso é um fato. Muitos fãs alegam que há restrições envolvidas com a publicação de jogos antigos, mas se pegarmos a biblioteca de jogos de SNES disponível no Virtual Console do Wii U percebemos que a Nintendo está oferecendo é muito aquém do que poderíamos esperar e, principalmente, do que gostaríamos de receber.
Não vou nem adentrar no tópico “preço ridiculamente abusivo, fora da realidade e totalmente sem sentido” que é o SNES Mini no Brasil. O valor exorbitante de R$1.000,00 (sim, mil reais) já fala por si só. Lá fora o console tem o valor oficial de 80 dólares.
Atari
A Atari fez dois anúncios: Atari Flashback e Atari Retro Handheld. O Flashback é um console de mesa inspirado na primeira versão do console, com 101 jogos na memória e chega ao Brasil produzido pela TecToy. A versão Retro Handheld foi uma das que mais me chamou a atenção, pois é um console portátil e que pode ser ligado na TV e utilizado como console de mesa.
Sega
A Sega anunciou o lançamento do Mega Drive – dessa vez lançado pela própria SEGA – com 85 jogos na memória, incluindo Sonic, e conta com entrada para cartuchos. Controles sem fio também acompanham o produto.
Saliento os 85 jogos na memória e expansão por cartucho. Oitenta e cinco! Fiz questão de escrever por extenso, pois é o quadruplo de jogos que o SNES Mini oferece. É o quadruplo de jogos, possibilidade de colocar cartuchos, controles sem fio, tudo isso por 70 dólares (10 dólares a menos que o rival). São essas coisas que nós, consumidores e amantes de games, queremos receber pelo produto.
Não encontrei preço oficial do console no Brasil. Acredito que, como há o Mega Drive da TecToy por aqui, o console não chegará oficialmente às terras Tupiniquins.
O Futuro
É meus amigos, acho que hoje em dia a propaganda “Genesis Does What Nintendon’t” está mais que atual, talvez com a atualização “Genesis e Atari do what Nintendon’t”. O fato é que não estou nem um pouco animado para comprar um SNES Mini, pois acho muito dinheiro gasto para pouca coisa.
No entanto, se você comprou o SNES Mini também não foi um investimento ruim! Qualquer investimento na sua felicidade sempre vale a pena. Eu tenho vários amiibos, eles valem a pena? Pra mim vale! Percebe como essas escolhas são pessoais?
No futuro, espero que no Nintendo 64 Mini tenhamos uma mudança de pensamento da Big N e ela resolva escutar os anseios de seus consumidores. Mais jogos, entrada para cartuchos e outras limitações precisam ser resolvidas. Porém, conhecendo as atitudes da Nintendo, acredito que ela já ignorou as críticas na mesma velocidade com que você leu este post.
Resta-nos aguardar as cenas dos próximos capítulos. Enquanto aguardamos, deixe nos comentários as suas opiniões e até o próximo post!
Nossa sabia disso da SEGA não, legal. Realmente estão tentando dar um preço para nossas emoções antigas, isso vai movimentar tudo, agora se bom ou ruim…
Rsrsrsrs. Torcemos pqra que seja bom