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[REVIEW] What the Golf? – Golfe é um tédio mesmo, será que dá para ajeitar?

Às vezes o Golfe parece ser meio chato né!? Meio parado, tem que pensar muito antes de fazer uma jogada, a quantidade de variáveis é imensa, e por aí vai. Porém, e se o esporte for subvertido, mexendo com as expectativas e quebrando padrões, será que fica mais legal? É essa a proposta de What the Golf?, mas o jogo cumpre o prometido?


Ficha Técnica

Título: What the Golf?

Plataforma: Nintendo Switch

Data de lançamento: 21/05/2020

Tamanho: 689MB

Desenvolvedora/Publicadora: Triband ApS/Triband Productions

Jogadores: 1-2

Em Português: Sim

Save na nuvem: Sim

Gênero: Arcade/Party/Puzzle

Classificação: 10 Anos

Preço no Lançamento (US): US$ 19,99

Preço no Lançamento (BR): R$ 105,00

Tempo de Jogo (média): 6 horas


Um jogo de golfe que não se trata de golfe

Sabe quando você está em um grupo de amigos que fazem uma piada e essa piada dura muito, muito tempo, esmiuçando cada detalhezinho para prolongar a piada até não ter fim, ficando assim cada vez mais engraçada? Essa é a sensação de jogar What the Golf?. Mas não é aquela piada cansativa, forçada, é algo que se renova constantemente e me faz pensar em somente uma palavra: subversão.

A subversão é algo que foge dos mais primordiais padrões, é imune à intuição e aos instintos e se aproveita de um fato inerente ao ser humano como um todo: a adaptação não instantânea de padrões.

Ok, falei um pouco difícil, mas é melhor exemplificar com o próprio jogo. Sem esperar muito desse jogo, além de ser só mais um jogo do esporte, o jogador passa por situações que fogem totalmente dos padrões. Contudo, quando algo foge do normal por muito tempo acaba se torna o novo padrão.  Entretanto, não é isso que acontece com What the golf?, pois ele constantemente se inova na imprevisibilidade, gerando muitos momentos de humor.

Mais que Mire e Atire

O jogo não possui uma história, nem se propõe a ter. Na verdade, é apenas um grande Hub que libera fases novas conforme você passa as anteriores. Cada nova tela possui uma temática que é explorada aos poucos e vai se tornando cada vez mais engraçada, subvertendo as coisas como já as conhecemos e gerando momentos de uma incrível satisfação por ter sido enganado. Não vou detalhar aqui para que a sua experiência não seja perdida, pois ela fica melhor quando não se tem ideia de como isso acontece.

A jogabilidade explora o que já vimos em muitos outros jogos, sejam do gênero ou não, pois é basicamente a jogabilidade de um minigolfe. Enquanto a bolinha é arremessada vários metros para cima no Golf normal, no Minigolfe ela nunca sai do chão, sendo bem mais fácil para iniciantes tanto no esporte real como nos jogos. E assim é What the Golf?, simples e intuitivo. É um conjunto de mini-games que utiliza mecânica de golfe, fazendo isso das formas mais variadas e inimagináveis possíveis. Além disso, para completar, ele faz inúmeras referências a muitos outros jogos, dos mais clássico até dos mais polêmicos, subvertendo o que entendemos de minigolfe e até dos próprios jogos por ele referenciados.

Sua dificuldade é bem balanceada. Cada fase possui três níveis, sendo cada um mais difícil que o outro, sendo que somente o primeiro nível é requisito para avançar no jogo. Mas são no segundo e terceiro nível de cada fase que estão as principais surpresas do jogo. Ao final de cada área você tem a possibilidade de enfrentar o chefe, que é um computador que traz mini-games bem divertidos, e avançar para o próximo estágio.

Veredito

What the Golf? surpreende pela forma simples de subverter os padrões mais firmes que temos, gerando ótimos momentos de humor, sendo perfeito para uma jogatina rápida e descompromissada. Seu design agrada sem causar nenhuma estranheza, pois não é necessário muito para o que o jogo propõe.

Recomendo-o para quem quer algo para jogar em momentos curtos do dia e para quem gosta de gênero de minigolfe. Quem gosta de puzzles e jogos de humor também se divertirá muito com ele. Mas não recomendo para quem prefere jogos com mais ação e efeitos, pois ele é bem casual e simples nessas questões.


Trailer


* Esta análise foi escrita usando uma chave fornecida pelos produtores. 

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Kiefer Kawakami

Sobre mim: Amante dos games, acredito que eles podem mudar a vida das pessoas e fazê-las mais felizes, bem como aconteceu comigo. Possuo um amor incondicional pela Nintendo desde Donkey Kong Country e Super Metroid. Sou multidisciplinar e sei pouco sobre muita coisa, mas o suficiente para relacionar assuntos distintos. Além disso, quero divulgar os games para que as pessoas vejam a maravilha que são e podem ser.