Nintendo Mobile: Apenas o hype é o suficiente?
Muitos que acompanham a Nintendo desde sempre e que ainda apostam muitas fichas nela, mesmo quando “fracassa”, mantém esse carinho pela empresa por tão grande são alguns de seus feitos e pela facilidade em sempre estar criando algo duradouro, atemporal e inovador. Os tempos mudaram, já não é tão fácil ignorar o mercado e ver, sem fazer nada, seu console vender tão abaixo das expectativas, a alternativa foi a entrada nos smartphones, mas será que foi um passo maior do que a própria perna?
Outra Nintendo?
Atualmente temos 5 apps já confirmados nessa nova fase da Big N (como Poké Shuffle também existe para 3DS, deixamos de fora dessa lista), Animal Crossing e Fire Emblem são prometidos até Março de 2017, Super Mario Run teve sua data de lançamento revelada para iOS (15 de Dezembro, por 10 dólares pelo game completo) e os que já estão instalados em telefones pelo mundo, Miitomo e Pokémon GO – não é propriamente da Nintendo, mas sabemos que não se pode falar de Pokémon sem lembrarmos dela.
Mesmo com propostas e franquias totalmente diferentes, os dois primeiros aplicativos lançados para celulares têm algo em comum: o hype não foi suficiente para manter todos os jogadores por muito tempo, e parece que Super Mario Run pode seguir o mesmo caminho. Conseguir manipular o tempo em que seus produtos estão em alta para então lançar algo novo não é uma estratégia ruim, até porque muita gente usa, mas não tem a cara da Nintendo e pode não ser uma decisão muito sábia para aquilo que ela representa.
Mobile vs Console
Uma das maiores franquias presentes nos portáteis Nintendo vive um divisão em plataformas diferentes pela primeira vez na história, em pleno hype por Pokemon Sun & Moon e todas as novidades que o jogo traz para franquia, a série “GO”, que foi um estouro nos smartphones no lançamento, busca recuperar seu espaço com funcionalidades básicas que poderiam vir no Day One do app. Esse conflito deve se repetir com diversas propriedades Nintendo, já que o Switch promete integrar alguns jogos do 3DS (pela mídia de cartucho) e seria interessante ter uma conexão com celulares.
Mesmo sendo apenas ideias avulsas que teorizamos (já que a Big N não confirma nada), considerar essa possibilidade não parece um bom caminho para as pretensões da empresa, tornando suas franquias tão valiosas em nomes que não conseguiram se atualizar com o tempo, como Sonic e Pac-Man. Uma alternativa para transformar esse risco da popularização de seus jogos em algo bom em todas as plataformas é a forma como eles irão conversar – se isso realmente ocorrer – e quão vantajoso será ter Mario, Zelda e Pokémon nos consoles Nintendo sem deixar a experiência vazia nos Smartphones.
Mais do mesmo
Entrar em um mercado já saturado e com o conservadorismo da Nintendo não traz muita esperança para quem sonha em vê-la como uma das gigantes também nos celulares, a expectativa criada por esse momento vem acompanhada pela ilusão de muitos que achavam que teríamos a Nintendo que quebra paradigmas no mercado de games atuando da mesma forma nos smartphones. Já vimos que é possível uma mudança até social (como foi com Pokémon GO) quando se trata de jogos Nintendo acessíveis para a maioria, porém isso não é o suficiente para uma relação duradoura com a empresa, não há jogo capado que resista ao tempo.
Apesar de toda a negatividade quanto a participação da Big N nesse nicho, ainda há diversas maneiras para essa ideia dar certo e não é todo ruim a estratégia que ela adotou em seus primeiros aplicativos, testando a força de suas franquias com aqueles que não são tão fãs quanto nós. Esperamos ver algo mais completo nos próximos desenvolvimentos, talvez um Virtual Console, funcionalidades com o 3DS e o Switch ou até dispositivos, integrando hardware e software, que simulem um Game Boy e jogos antigos (por favor Nintendo, faça isso).
O que você espera da Nintendo nos Smartphones? Ainda prioriza seu 3DS ao invés do celular? Conte nos comentários!